Após eliminar os monstruosos trolls, o grupo não demorou a encontrar a entrada da caverna que servia de covil aos monstros. O lugar era enorme e estava tomado pelo cheiro de carne podre. A atenção do grupo foi atraída pela pilha de objetos num canto e pelos pedaços de corpos devorados na direção oposta. Ehtur identificou pelo menos sete indivíduos entre humanos, orcs e gnolls. Restava pouco além de pés, mãos e pedaços de crânio.. o resto estava devorado. Pelas manchas de sangue na pedra e a quantidade de larvas e moscas, haviam sido dúzias de vítimas nas últimas semanas.
Daphne foi a única que preferiu permanecer do lado de fora, em sua tradicional forma de águia, vigiando o perímetro. Enquanto ela avistava o chapadão de pedras que formava o horizonte leste, para além das águas vastas do lago de onde nascia o rio que haviam percorrido, seus companheiro reuniram todo as peças de cobre, prata e ouro que os monstros haviam acumulado. Além disso, uma detecção revelou a presença de numerosos itens mágicos.
Yorgói se prontificou a identificá-los, o que demandaria muitas horas, enquanto os demais descansavam, pois poderia viajar em cima de David durante o dia. Quando Daphne retornou, contando sobre pequenos bandos de mortos-vivos e uma estrada, Ehtur e ela concordaram que poderiam dividir toda a vigília, deixando os demais recuperarem suas magias e poderes com descanso para que pudessem partir o mais rápido possível. Arranjaram como camuflar a entrada para evitar convidados desagradáveis e indesejados.
Assim passou a maior parte daquela noite, que ainda não assistira ao retorno da lua ou das estrelas ao céu. Quando Daphne despertou, Yorgói lhe informou que já havia identificado 5 dos itens, uma lança que dava choques e evitava quedas, luvas que aumentavam a perícia do arqueiro que as usasse, uma adaga que drenava a energia do inimigo em favor de quem a empunhava e botas capazes de aumentar a velocidade de quem as calçasse. A jovem druida achou graça da dedicação do mestre gnomo, ainda que não se importasse muito com nenhum daqueles objetos, lamentando muito mais as vidas que haviam sido perdidas por conta de tais materialismos mágicos.
Ela avisou Ehtur que deitou-se, enquanto ela, assumindo a forma de um humanoide-morcego, se pôs a vigiar escondida e atenta aos arredores sem despertar suspeitas. Lá dentro, no entanto, assim que o guardião enfim descansou, Sirius Black foi despertado.por um estranho, mas um estranho muito familiar. A mescla entre ele e as sombras denunciava sua origem, ainda que as estranhas roupas púrpuras não colaborassem com a furtividade.
- Olá, Sirius Black..
- Quem é você?
- É um prazer conhecê-lo, meu caro. Meu nome é Radamanthys Notivago. Fui enviado por Máscara para agradecer e parabenizá-lo pela execução de sua missão...
- Missão? Que missão?
- Nós precisávamos da clériga elfa e do pequenino.. graças ao seu auxílio, poderemos levá-los em segurança. - Pondo-se de pé e olhando em volta, Sirius deu pela falta de Bibiana, Yorgói e Daphne. Vendo Ehtur por ali, imaginou que Daphne estava de guarda do lado de fora.
- Claro, claro.. mas pra que você precisa deles?
- Precisamos completar um ritual que poderá permitir ao Senhor de Todos os Ladrões criar mais abençoados como nós.. você precisa vir a Telflaam qualquer dia desses, meu caro. Uma cidade com as riquezas do Oriente e sombras largas. Nós controlamos cada metro.. cada negócio.. cada lucro.
- Yorgói?!? - ambos ouviram Daphne chamar lá de fora, uma vez que não escutava mais o gnomo cantarolar a magia.
- Nos procure em Telflaam quando terminar sua viagem...
- Devo informá-lo que está levando o pequenino errado.. - interviu Sirius tentando ganhar tempo. - Vocês desejam o hobbit e não o gnomo - ele indicou Samwise.
- Não me tome por bobo, meu amigo.
- Eu garanto.. por Máscara.
- Que seja.. levemos os dois então..
- Vocês não devolverão o gnomo? Eu preciso dele em minha missão..
- Considere-o um bônus nosso.. - disse Radamanthys deslizando pela sombra e indo até o pequenino arqueiro. Antes que o tragasse para as sombras, ainda teve tempo de dizer.. - Saiba sempre o seu lado, Sirius Black, pois o mundo sempre está acabando e alguém sempre está "salvando" tudo. Enquanto isso, somos nós que faturamos... - ele já punha as mãos no hobbit, mas Sirius interviu.
- Deixe que eu mesmo levo este.. eu vou com vocês... - e dito isso, Radamanthys concordou e sorriu, sumindo simplesmente no plano das sombras. Sirius fez o mesmo, mas deixou para trás o hobbit Samwise, no mesmo momento em que Daphne entrava na caverna e despertava todos com um grito aflito ao ver a falta de tantos de seus amigos.
Ao mesmo tempo que muita coisa acontecia no plano material, muito também se passava em outros planos. Rock, tão logo cerrou os olhos, viu-se novamente no plano das sombras. Ele pode ver-se numa versão tenebrosa da caverna onde havia se deitado. Ele vagou por algum tempo até conseguir localizar-se e entender aquele ambiente alienígena. Tudo ali, por mais que existisse, não parecia passar de uma cópia distorcida do plano material. Uma sombra. Com o passar do tempo, ele percebeu alguns vultos que correspondiam aos seus companheiros deitados, mas o que realmente chamou sua atenção foi a grande criatura feita de trevas, que tinha olhos vermelhos brilhantes e vinha em sua direção. Não tardou a perceber que tratava-se de uma versão distorcida e corrompida dele mesmo.
- Eu sou Kcor! - gritou a criatura. O urro e a força negativa que vinha dele atingiram Rock simultaneamente ao grito de Daphne, trazendo a consciência do jovem Bárbaro de volta ao mundo material.
Leila "o segredo de Mystra" Diniz, por sua vez, sonhava outra vez, mesmo que ninguém mais no mundo o fizesse. Ela viu uma cena inusitada em seus pensamentos. Ela mesma era uma bela mulher em trajes de uma feiticeira, mas muito distintos dos seus. Seus cabelos também eram escuros e havia algo de arrojado em sua postura. Ela exalava uma confiança que a própria sonhadora desconhecia. Diante dela estava um belo homem, alto e forte, de cabelos escuros como o dela, mas vestindo uma bela armadura prateada. Ele a olhava com uma paixão devotada e profunda, como se pudesse morrer por ela. Por trás dele surgiu um homem franzino e furtivo, de aparência mesquinha e desagradável, portando uma grande espada que fincou nas costas do belo cavaleiro. Leila viu a vida esvair-se daquele olhar apaixonado, ao mesmo tempo que o som da voz de Daphne a tragou para a realidade.
No plano das Sombras, Sirius Black além de ver as formas sombrias dos servos de Máscara que zarpavam navegando as sombras, deparou-se também com a figura sinistra e musculosa de Rock. Sem entender a origem daquilo, o escolhido de Máscara teve apenas tempo de marcar a direção dos ladinos e retirar suas adagas antes da aproximação do monstro. Sirius com sua agilidade costumeira conseguiu cortar as trevas que compunham a criatura várias vezes, mas isso não pareceu causar-lhe verdadeiro mal. Enfurecido, o ser das trevas urrou como fazia o jovem bárbaro Rock, liberando espectros sombrios do plano das sombras. Quando estes atingiram Sirius Black, além de paralisado, ele foi assaltado pelas visões do passado. Sirius viu o momento em que carregou Rock e os demais para o plano das sombras.. ele viu quando a sombra de Rock descolou-se do bárbaro.. descolou-se e ganhou vida própria. O susto foi suficiente para Black escapulir e reaparecer em seu plano natal, ainda que desprevenido.
Todos levantaram-se com os clamores de Daphne, logo descobrindo que Sirius, Bibiana e Yorgói estavam desaparecidos. Sem demora sucederam-se duas linhas de pensamento, uma que definia Sirius como culpado pelo desaparecimento e outra que temia algo maligno que tivesse alcançado aos três aliados. Enquanto ainda discutiam, viram Sirius surgir do nada e cair no chão aturdido. Daphne e os outros acudiram em sua direção recebendo-o com cuidado, mas também com desconfiança.
- Cade a Bibiana e o Yorgói, Sirius? - adiantou-se Rock.
- Eles foram levados.. aparentemente a clériga e o pequenino não nos contaram tudo sobre o passado deles... - ele falou isso olhando diretamente para Samwise "olhos ligeiros", que parecia mais confuso do que qualquer outra coisa.
- Nós não escondemos nada de vocês...
- Pois os caras que pegaram a Bibiana e o Yorgói queriam levar você também e a treta deles com vocês era muito mais complexa do que qualquer coisa que vocês tenham nos contado. O que você tem a dizer sobre Telflaam?
- Nós viajamos até a froteira de Thesk com Thay para resgatar o irmão de Guideon.. achamos o lugar vazio e fomos atacados por uma tal Radamanthys Notivago e seus comparsas. Eles mataram Guideon e Willhelm, o druida que nos acompanhava. Segundo Bibiana, nós dois só escapamos graças a um milagre de Corellon Larethian. Os ataques e os inimigos.. bem.. eles vinham das trevas.. assim como você!
- Você conversou com eles, Sirius? - escandalizaram-se Rock e Ehtur.
- Claro.. ora.. como não? Não fosse minha intervenção abnegada e altruísta e teriam carregado também o pobre e indefeso Samwise. Não pude salvar Bibiana e Yorgoi, mas isso por culpa sua! - Sirius apontou para Rock - Ou melhor, conte para eles sobre a entidade de trevas malévolas malignas do mal que você deixou no plano das sombras...
- Isso foi culpa sua!.. - enfureceu-se Rock - Quando você nos arrastou para aquele lugar terrível..
- Arrastei?!? Eu salvei vocês!!!
- Amigos, vamos deixar disso.. nossos colegas são a nossa preocupação agora e.. - Daphne tentou acalmá-los, mas o jovem bárbaro já explodia em fúria e liberava seus espectros que acabaram por atingir e afetar todos, com exceção de Leila Diniz. Quando todos recuperaram-se, encontraram a feiticeira conversando com ele e mantendo-o mais calmo.
- Nós precisamos decidir como vamos salvar nossos amigos.. - disse Daphne ainda zonza, mas também interpondo-se entre os brigões. - Para onde eles foram, Sirius?
- Eles foram levados pra Telflaam, eu acho.. eu sei a direção.. posso alcançá-los com meus poderes e...
- Seus poderes? - disse Daphne receosa com a lembrança das piores horas de sua existência.
- Nós temos que ir para Eltabbar e encontrar o livro! - interviu Francisco Xavier.
- Eltabbar? A capital de Thay?
- Sim.. é lá que o livro está. Fui informado pela Fortaleza da Vela. É para lá que eu e Leila vamos.. é essa nossa missão.
- Podemos nos teleportar para lá depois.. - ponderou Rock.
- Não, as proteções mágicas nos impediriam. Não podemos perder mais tempo.
- É preciso salvar, Yorgói.. - interviu Ehtur.
- Eu posso ir atrás dele e da clériga.
- Eu vou com você. - falou Úrsula.
- Eu também - completou Samwise.
- Enquanto isso eu e Rock seguimos com os magos.. - disse Daphne buscando conciliar os interesses e mantendo-se atenta às intenções de Francisco Xavier.
- Eu irei com vocês também.. - disse Ehtur olhando para Daphne. Depois, voltou-se para Sirius e olhando-o no fundo dos olhos falou - Espero que eu não tenha que ir atrás de você por causa disso!
- Não me venha com essa conversinha, Ehtur.. - debochou o ladino, mas o guardião nem lhe dava mais atenção. Todos necessitavam de algum descanso ainda e acabaram esperando até o amanhecer. Quando o dia chegou e Sirius já se sentia minimamente recuperado, não esperou pelos demais, mergulhou no plano das sombras e partiu sozinho, deixando para trás apenas uma carta com doces palavras destinadas a Daphne.
Sirius viajou sozinho por várias horas e quando seus poderes acabaram retornou ao plano material próximo a uma estrada. Com agilidade e furtividade, usou o quinhão de poder que lhe restava para refugiar-se em segurança entre as carroças de uma caravana que seguia para o norte.
O restante do grupo não lamentou nem surpreendeu-se verdadeiramente com a atitude de Sirius, embora Samwise tenha ficado preocupado com a sorte da gentil Bibiana, a quem já considerava uma amiga. Eles partiram o mais cedo possível e caminharam por todo o dia, tomando o cuidado de evitar a estrada onde Daphne via as numerosas caravanas que passavam. A druida em forma de um abutre ficou horrorizada com a grande quantidade de escravos que avistava entre os humanos, gnolls e orcs, o que fez seu sangue ferver. Mesmo assim, ela manteve o autocontrole e continuou orientando seus amigos pelo rumo mais tranquilo. Ficou preocupada com o homem tatuado de manto vermelho montado em um grifo que sobrevoava vigilante a estrada, mas que não percebeu o grupo viajando sob a proteção da invisibilidade. Com a proximidade da noite, margeando já o grande lago e avistando ao longe as luzes de uma cidade, o grupo deparou-se com alguns gnolls desgarrados que não tiveram qualquer dificuldade em vencer.
Muitos dias antes, muito longe dali, Ryolith surgira próximo a Arabel, a segunda maior cidade de Cormyr. Trata-se de uma cidade grande e tradicional, que fica na porção nordeste do reino. O paladino não teve dificuldades para chegar à estrada, onde muita gente passava. Chegando aos portões da cidade, logo identificou-se e foi conduzido até o Templo de Tyr. Lá foi recebido por Palas Atenas e seu fiel acompanhante e protetor Miguel. Foi dela que recebeu notícias atualizadas de tudo que se passava em sua nação.
Os servos das trevas que habitavam a cidade voadora haviam aniquilado Tilverton, uma pequena cidade na fronteira de Cormyr, no extremo norte. Essa região ficava próxima ao Anauroch, o Grande Deserto, que agora era reclamada pelos malignos como uma Nova Netheril, seu reino. Além de atiçar os goblins, orcs e gnolls da região contra Cormyr, os sombrios inimigos tinham poder suficiente para levar o terror até o coração do pobre povo de Cormyr.
Os Dragões Púrpuras e a Ordem de Tyr estavam empenhadas em proteger o povo e as terras do reino, mas os poderes dos inimigos eram especialmente nocivos e estranhos ao conhecimento dos arcanos cormyrianos. A regente e o jovem rei estavam presos num emaranhado de intrigas políticas na capital do reino, Suzail, uma vez que além da pressão no norte, a confederação de Sembia, ao leste, vinha desestabilizando as linhas comerciais que abasteciam Cormyr. Os ventos vindos do norte também eram inesperadamente frios para aquela época, prejudicando as colheitas, que ficaram aquém do esperado. Na visão de algumas familias nobres oportunistas da capital, tudo isso era sinal da fraqueza e inoperância de Alusair Obarskyr, filha do falecido rei Azoun IV, e mãe do atual rei Azoun V, que ocupava o posto de regente. Tyr e a justiça estavam ao lado da regente, embora uma facção da ordem de Tyr começasse a questionar algumas das decisões dela, requisitando que se buscasse apoio em Waterdeep. Além de tudo isso, ainda haviam aumentado muito os casos de bandoleiros oportunistas sequestrando pessoas para serem vendidas como escravos em outras terras.
Palas afirmou sua confiança em Alusair e tentou mostrar ao querido Ryolith que ainda havia esperança. Ela apresentou Ryolith Fox a Volcana Boaventura, governante de Arabel. Tratava-se de uma elfa vivida e experiente, viuva do antigo governante, Armil Boaventura, e representante da aliança entre os elfos do norte e a dinastia humana que fundou o reino de Cormyr. Ela lidera toda a organização das tropas no norte do reino, com auxilio da capitã Palas, do monge Miguel e do capitão das tropas Friederich Nietzsche, um estranho homem de feições rústicas, que diziam ter sangue de elementais da terra e era grosseirão e pouco amistoso. A região do conflito se estendia principalmente das ruínas sombrias de Tilverton até a fronteira com o deserto do Anauroch, região conhecida como Terras de Pedra. Apesar da cordilheira de montanhas chamada de Picos da Tempestade formar uma barreira natural, ela é povoada por orcs e trolls que estão muito mais ousados e organizados desde a chegada dos neonethereses. Os goblins e gnolls das Terras de Pedra também se bandiaram para o lado inimigo.
O paladino sentiu-se deslocado no princípio, mas logo o frenesi dos problemas dominaram sua atenção. Nos dias que se sucederam, Ryolith entregou-se ao serviço de combater os novos nethereses e suas tropas de orcs, gnolls e goblins. Também havia muito serviço com o deslocamento populacional do norte para o sul e com a manutenção das rotas comerciais vindas das Terras dos Vales a noroeste, as únicas que abasteciam o reino agora de vários produtos essenciais.
Ainda se lembrava de seus colegas, mas tinha pouco tempo para se ocupar disso. O tempo em que não estava lutando ou se deslocando, dedicava às orações. Quase não comia e dormia muito pouco agora que os alimentos estavam sendo racionados. Esmagar o mal trazia algum ânimo, mas o sofrimento geral fazia-o sempre pensar sobre a sombra que se abatia sobre sua terra e seu povo.
Pela época atual, o paladino Ryolith Fox foi levado por Palas Atenas, na companhia de Miguel, para conhecer seu pai, Aldebaran Atenas, um dos mais importantes clérigos de Tyr em todo o reino. A fama da sabedoria e rigor do servo do deus da justiça já eram conhecidas do paladino, mas certamente ficou receoso em conhecer o pai de uma moça a quem queria tanto bem. O encontro, no entanto, foi interrompido pelo mensageiro da governadora que convocou-os até o palácio.
Lá foram informados por ela sobre o sequestro do rei Azroun V em Suzial. Além disso, os neonetheres atacaram e ameaçavam uma caravana vinda da Terra dos Vales.
- Tudo está ameaçado... - lamentou Volcana.
- Temos de buscar ajuda em Águas Profundas! - afirmou Aldebaran. - É hora de reconhecer nossa impotência diante de tantas ameaças.
- Você sabe que isso não depende de mim, servo de Tyr.
- E de quem depende, serva de Tymora? Do rei sequestrado? De sua mãe, uma regente vacilante e ferida? Ou da conselheira bruxa do sul que ela aceitou? Estou farto de seus jogos políticos e sua pouca atitude..
- Com licença.. - disse outro mensageiro interrompendo a cena - Mas há um viajante, minha senhora.. um embaixador de Soubar...
- Mande-o entrar, Thiago. Nietzsche pegue as tropas e salve as caravanas, não posso continuar a ver meu povo morrer de fome.
- Mas é isso que eles querem.. a cidade ficará desprotegida! - protestou Aldebaran.
- Não temos opção. Friederich peça a Franz Kafka que cuida das defesas da cidade. Aldebaran, por favor.. nós precisamos..
O velho servo de Tyr não esperou as palavras da governante, saindo dali bufando de raiva, enquanto o clérigo de Kelemvor adentrava o salão. O homem de Soubar nada entendeu, mas a capitã Palas Atenas viu-se obrigada a seguir o pai. Ryolith Fox iria fazer o mesmo, mas o pedido de Volcana o interrompeu:
- Fique, paladino. Por favor..
- Eu não querida interromper..
- Não se preocupe, embaixador.. diga as notícias que trás.
- Meu nome é John Falkiner e neste pergaminho estão as palavras de amizade de Soubar para com Cormyr. Viemos em solidariedade nesse momento difícil e nos dispomos a fazer muito mais como símbolo de amizade entre nossas nações. Nossa governante, Isabeau Sullivan se dispõe a ser uma luz nesse momento de trevas para vós. - e entregou os documentos a Volcana.
- Você é muito bem vindo, embaixador Falkiner. Sinto que nos conheçamos em momento tão nefasto. Ainda assim, sua chegada é em boa hora.. nesse exato momento, senhores, vocês dois são as pessoas em quem mais confio no ninho de cobras que se tornou esse reino. Não há esperanças em vencer esses malditos no jogo deles. Eles nos sufocarão com nossas próprias intrigas.
- E o que você pensa em fazer, governadora Boaventura? - disse Ryolith aflito por se ver envolvido em uma trama além do seu controle mais uma vez.
- Chegaram-me notícias sobre um artefato.. um item que pode mudar nossa sorte nessa guerra. Um exército não teria chance de chegar até ele. Dizem que foi encontrado por beduínos no Anauroch.. um exército não poderia, mas talvez vocês dois possam...
O Sirius não simplesmente foi embora, ele deixou uma cartinha para mim antes de ir!
ResponderExcluirNunca vi essa carta! Até onde sei ela não existe!!
ResponderExcluirComo pode a vida ser algo tão fulgás? A passagem pelas sombras, o morrer em sua forma mais cruel, me fez pensar sobre essa passagem. Como será que é a existência destes incontáveis mortos vivos a quem combatemos dioturnamente nesses tempos de guerra? Será que só podemos abreviar este sofrimento com o fim, ou será que podemos traze-los para a Luz com o poder de Ogma? Amigos, estou reflexivo agora, preciso estudar isso mais profundamente.
ResponderExcluirPow Jorge, vc nem inculiu a parte mais divertida q foi a luta com os Gnolls
ResponderExcluirFalei sim.. eles foram vencidos facilmente...
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