24 de jul. de 2012

Um Plano das Sombras


Tão logo derrotaram Sonja e quebraram o domínio sobre Ehtur, o grupo subiu para o convés do navio, onde viu que a tripulação havia se revelado também demoníaca. Estes, no entanto, foram derrotados sem maiores dificuldades, inclusive por Samwise "olhos de águia" e sua flechada certeira, que avariou a vela, mas conseguiu derrubar vários demônios no mar. No entanto, ao final de tudo aquilo deram-se conta que ninguém sabia como comandar o navio rio acima.
Além disso, Ehtur sentia-se fraco, como se uma maldição lhe drenasse os músculos. Ele tinha dificuldade para lembrar das coisas enquanto esteve dominado. Daphne conversou com ele longamente tentando acalmar as preocupações de seu amigo guardião, mas aquele incidente perturbou um tanto Telcontar. Bibiana tentou restaurar-lhe as forças, mas isso mostrou-se insuficiente para vencer o problema. Ela tentou, então, remover a maldição, mas o poder maléfico era forte demais. Ela precisaria orar para Corellon no meio da noite para pedir por poderes ainda mais puros para livrar o homem do oeste daquele mal terrível deixado pela serva de Orcus.
Sem muitas alternativas e cercados pela noite, resolveram ancorar o navio e descansar para terem melhores chances com a chegada do dia. Assim o fizeram, tomando cuidado de zelar pelo ainda enfraquecido Rock. Foi uma noite sem lua, sem estrelas, sem sonhos, mas ao menos, sem novas ameaças.
No dia seguinte, Daphne tentou comunicar-se com os animais do rio em busca de ajuda. O que descobriu foram aberrações monstruosas e deformadas levando desequilíbrio à fauna daquelas águas. Todos os animais que ela conseguia chamar a atenção acabavam logo sendo devorados pelos seres mutantes, que eram como grandes serpentes deformadas e pequeno tubarões distorcidos. Isso perturbou a druida e lembrou-a de quantas corrupções da natureza seus olhos encontravam nessas terras ermas do leste.
Sem terem como ter ajuda das criaturas aquáticas, o grupo teve de se reunir e coordenar suas inteligências paras fazer a navegação. Com os conhecimentos da natureza e dos ventos de Ehtur, as leituras de Leila "você tem fogo" Diniz e Francisco Xavier, os conhecimentos gerais de Yorgói e a eloquente liderança de Sirius Black puderam por o navio em frente, ainda que a muito custo e certamente aquém da real capacidade da embarcação. A druida, em sua forma de águia, ia voando e mantendo-se alerta das cercanias.
Foi ela quem algum tempo depois avistou o dragão. As asas eram curtas demais para o tamanho gigantesco da criatura e o vôo era um tanto desengonçado, o que denunciou tratar-se de um dragão de presas, como o que haviam enfrentando nos subterrâneos sob Brasillis. O problema é que o primeiro era largo como um cavalo, ainda jovem e inexperiente, enquanto este é imenso como um prédio, provavelmente com mais de 5 séculos de existência. Daphne resolveu voltar, mas ainda teve tempo de ver a comitiva de beholders que vinha após o dragão. O dragão era extremamente rápido, mas ainda estava a alguns quilômetros de distância. Enquanto retornava, ela teve certeza de que não haveria opção outra que não a fuga e para tanto, precisariam de um transporte. A serva da natureza fez uma curva para o norte e rumou para as colinas onde conseguia avistar alguns grifos.
Quando Daphne chegou com os quatro animais mágicos no navio e alertou seus camaradas, todos logo entenderam que deviam fugir o mais rápido possível. Acomodaram-se todos nas costas dos quatro grifos da melhor forma possível. Apenas Sirius ficou para trás garantindo aos demais que poderia se teleportar pelas sombras até as colinas quando eles chegassem lá. O grupo partiu montado nos grifos, enquanto Daphne seguia em forma de águia.
Eles cruzaram o céu por alguns segundo até perceberem que a direção do dragão passou a mudar lentamente na direção deles. Sirius Black deu-se conta disso antes e vendo naufragar o plano inicial, passou para um plano alternativo.  Pegou seu baralho de ilusões e começou a atirar cartas, que invocavam ilusões que ele nunca sabiam quais eram. Conjurou um lich, um ettin, um trio de clérigos de Azuth e um gigantes das neblinas, antes de ver surgir a gigantesca ilusão de um dragão vermelho. Isso fez o dragão de presas voltar a rumar para o navio.
Enquanto o grupo escondia-se em uma caverna, viam Sirius Black proceder a um teatro com suas quimeras. Para sua infelicidade, o dragão logo percebeu o truque barato e desfazendo tudo aquilo, dirigiu-se ao servo de Máscara.
- Acha mesmo que pode me enganar, ladrão.
- Não custa tentar. Foi só uma maneira de estabelecer uma conversa honesta e proveitosa com vossa excelência.
- Prometeram-me que um poderoso grupo invadia minhas terras oferecendo ameaça aos meus domínios. Mas é você tudo o que resta desse batalhão? Eu sou Nartheling, filho de Yuirling, e meu poder conhece o verbo primordial e não tenho tempo a perder com leviandades.
- Veja bem que feliz coincidência, meu nobre governante ocupado. Quem quiser que tenha sido tal incompetente que merece ser alvo de toda a sua fúria e que o desencaminhou com mentira tão desmesurada, aqui não está, assim como não há grupo que seja aqui para ser seu alvo. Não sendo eu mesmo de qualquer vali nesse processo, desfaz-se toda e qualquer necessidade de prolongarmos o debate. Foi um privilégio raro desfrutar de tão nobre comp... - O gigantesco dragão arrancou o mastro do navio como se fosse um graveto, destruindo o navio e fazendo Sirius ter de se agarrar pra não cair na água.
- Onde está sua graça agora, mortal? - Com a outra garra, Nartheling agarrou Sirius e drenou parte de seu vigor e sua vida.


- Não tenho tempo para suas bravatas, humano. Eu não governo as terras entre Thay e Anglarond antes mesmo de haver Thay ou Anglarond para se ludibriado por um verme insignificante como você. Simplifiquemos as coisas para que sua mente pequena e subdesenvolvida consiga entender o que acontece aqui. Eu fui avisado que há entre vocês uma mulher com poderes únicos.
- Poderes? É um termo um tanto vago e...
- Poderes mágicos mais do que especiais. Poderes grandiosos e terríveis.. poderes que não deviam pertencer a humanos, não fosse a estranha simpatia dos deuses pelas raças inferiores. Entregue-me a mulher, homenzinho e eu o deixarei viver.
- Claro, claro.. - disse Sirius Black tentando ganhar algum espaço entre aquelas garras apertadas. - Se me permite explicar então.. mais uma vez acredito que está sendo mal abastecido de informações. Além disso, com a graça de Máscara, não posso permitir que drene minha pobre vidinha de mortal desse corpo que me pertence. Além de reafirmar meu total desconhecimento de qualquer mulher com tais características... - O servo de Máscara deslizou pelas sombras entre os dedos do dragão, navegando pelo plano das sombras e surgindo diante dos colegas a centenas de metros dali.
A felicidade de todos ao vê-lo emergir das sombras foi diminuída pelo urro de raiva do dragão que ressoou como um trovão, lembrando-os que o problema esteva longe de ter sido resolvido.
- Precisamos partir rapidamente pessoal.. o dragão está furioso, descontrolado e ele quer a Leila Diniz.
- Eu?!?
- Sim e não tá muito disposto a conversar. Ele quer seu poderes mágicos.. e essa caverna não vai manter ninguém à salvo...
- Nós teremos a vantagem do espaço restrito.. - disse Ehtur preocupado com uma estratégia para resistir.
- A gente não vai dar nem pro começo, Ehtur. Temos que sair daqui e rápido...
- Os grifos serão alcançados.. - ponderou Daphne.
- Um teleporte não nos levará a todos.. - completou Yorgói.
- Eu posso nos levar pelo plano das sombras. - disse Sirius com orgulho. - Mais uma vez, de maneira abnegada e solícita, mesmo sem ser o líder deste grupo, eu me predisponho a garantir a vossa segurança.
- Todos nós? - surpreendeu-se o gnomo.
- Sim. Salvarei cada um de vocês, inclusive os animais, todos de uma vez.. basta que se agarrem em mim.
- Maravilha. O que estamos esperando? - disse Francisco. - Vamos logo com isso, Sirius Black. Realmente és um grande líder para esse grupo...
- Quero deixar claro para todos que é a sombra vigilante de Máscara que nos colocará em segurança. A penumbra reconfortante de quem não está ocupado com o mal, mas sim com o nosso bem estar. Viajaremos por algumas horas e saíremos do outro lado das montanhas.
- Não é perigoso? - preocupou-se Yorgói.
- De forma alguma, você estarão em segurança presos a mim. Graças a mim, não correrão perigo algum.
- Você pode nos soltar e nos perdermos para sempre no plano das sombras. - ponderou Yorgói. - Podemos ser atacados pelas criaturas de lá.. seres das trevas.
- Eu nunca faria isso, não é mesmo meu velho amigo? Eu os protegerei. - E como essa questão, todos tocaram Sirius se fundindo às sombras e vendo-se presos ao ladrão.



A sensação era a mais terrível que qualquer um ali jamais sentira. Era como se o ar fosse uma água gélida que congelava seus pulmões.. era como se uma chuva de navalhas lambesse seus corpos e o sangue se perdesse livremente.. era como se cada partícula de seus seres se desfizesse em cinzas.. era como se suas almas se extinguissem e restasse apenas a antítese negativa de suas existências. Todos sentiam-se virados do avesso e drenados naquele lugar que era um sombra pálida do plano material.. não um lugar concreto, mas uma representação nebulosa e distorcida relegada às frestas planares mais escuras e esquecidas. Embora a geografia sombria fosse similar à do plano material, Sirius deslizava por tudo aquilo rapidamente, como se fosse um elemental da água no mar. Viram que haviam outras criaturas, embora tudo ali nunca conseguisse ser percebido como mais do que vultos.
Para Daphne era ainda pior. Ela não só sentiu sua luz externa desfeita, como sentiu seu íntimo invadido e violado. A druida se via um inverso de si mesma. Se antes estava ali a serva da natureza e das causas positivas, agora estava um sombra fria e negativa. Percebeu que realmente deviam haver coisas muito piores do que a morte, pois aquilo era uma delas foi o que pensou. O desalento era tamanho que sequer as palavras de uma prece se formavam em sua mente para horar aos deuses, pois era como se ali ela estivesse além do alcance deles. Nada de bom poderia se dar em um lugar como aquele.
Depois de 12 horas de viagem, ou ao menos foi o que Sirius lhes informou, pois para todos foi como se a viagem durasse semanas, eles foram expulsos das sombras, caindo, mas a tempo de serem salvos da queda pelas magias de Rock e Francisco. Sirius emergiu tranquilamente como fazia sempre. 
Estavam aos pés das montanhas, que agora cobriam o horizonte no oeste. O terreno era mais árido do outro lado. Já era noite e sentiam-se esgotados. Mesmo assim, não tiveram tempo para descansar, pois pouco depois os monstros desceram correndo pela encosta da montanha. Eram quatro imensos gigantes grotescos de duas cabeças. Trolls de duas cabeças nem mesmo Ehtur e Daphne, com seu amplo conhecimento de criaturas, conheciam, mas já haviam ouvido falar a respeito. 
Francisco Xavier prontamente conjurou uma muralha de força, impedindo os monstros de avançar, mas cuidando de deixar espaço para que as pernas deles pudessem ser atingidas. Bibiana lançou contra eles seu poder divino, assim como Leila e Rock os fustigaram com bolas de fogo. Samwise e Úrsula lançaram uma revoada de flechas, enquanto Ehtur e Sirius, invisíveis, lançaram-se ao ataque. Daphne fez-se um urso polar também avançando, tudo isso enquanto Yorgói embalava o ritmo da batalha. Mesmo sendo inimigos ferozes e roubando algum sangue daquela comitiva de aventureiros, os trolls não tardaram a tombar e perderem suas vidas.



14 comentários:

  1. Borges, não viaja, eu N Ã O sou nem disse ser o líder do grupo. Apesar de já ter sido, eu N Ã O sou mais, e vivo repetindo isso: que N Ã O sou! Mesmo que eu tenha salvado o grupo inteiro, eu N Ã O sou o líder. Mesmo que a realidade dos fatos me indique, eu N Ã O sou e nem disse ser.

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  2. Po... A idéia da vela foi ótima! Derrubou 3 bichos de uma vez! Esse Samwise e wise mesmo!!!

    Sem acento no iPad, desculpem!

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  3. Só uma pergunta: Um líder deve ser alguém confiável? ;P

    Ass.: Leila "Você tem fogo?" Diniz

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  4. O que é um líder pra você, Leila "o sétimo mau elemento" Diniz?

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  5. 1. Ehtur 2. Francisco Xavier 3. Somos uma diretoria colegiada 4. Meu objetivo principal é salvar Alissah Eagle, mas no momento é resgatar o Tomo de Mystra. 5. Excesso de testosterona. 6. Estamos certos e perseveramos. 7. Rock ou a Leila, depende da criatura mega poderosa que nos ataca. 8. Temos Gaerl Glitergold, Corellon Larethian, os deuses da natureza, Morpheus (esteja onde estiver), Selune... Mask? 9. Shar, Orcus, Homem Putrefacto, Phaerimms, Neonethereses. 10. A única coisa capaz de fazer o estômago de um phaerimm parecer um lugar agradável.

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  6. Eu só estava lá pq Chico - O Xavier, estava!

    faíscas,

    Leila Diniz - A protegida do Mago. ;P

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  7. Alguém q, no mínimo tenha as pericécias e gentilezas q vc tem, Yorgoi. > Isso foi só um exemplo, posso citar alguns outros exemplos de desbrabavores e linhas-de-fogo por ae... Mas mantenho-me perplexa ainda com esse mundo cadunco e inabitável das Sombras. Sou incauta e se de qq deus eu precisar, é à vc, Mystra, q recorrerei. Cuide-me, estou aflita e perseguida. Resvala-me com sua maternidade! Não sou mais sua peça, tenho o meu vigor! Aceite-me! Ou foda-se.


    Leila "Encara?" Diniz.

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  8. Salve!

    ... Já q vc curtiu, tenho outros 347 epítetos para corroborar nosso jogo, só mais tarde. rs



    Para o próximo jogo vocês devem me mandar (quem quiser pode postar, mas quem quiser sigilo pode mandar por email): 1. Quem você mais confia no grupo? 2. Quem você menos confia no grupo? 3. Quem é o líder do grupo? 4. Qual seu objetivo principal no momento? 5. Qual o maior problema do grupo? 6. Qual a maior virtude do grupo? 7. Quem é o mais poderoso do grupo? 8. Que deuses e/ou entidades você acha que estão do lado de vocês? 9. Que deuses e/ou entidades você acha que estão contra vocês? 10. Defina o Plano das sombras em uma frase.
    1 - Yorgoi
    2 - Samwise
    3 - Ethur
    4 - Me alocar sabiamente e, claro, prazenteiramente dentre a guerra pela sobrevivência do grupo.
    5 - Disputa de quem tem a tora maior.
    6 - Romantismo
    7 - Eu mesma
    8 - Mystra sempre!
    9 - Aqueles q desejam governar o minha vida, tomando-me à guisa de uma cinzelada nas costas, aqueles que tem a verdadeira chama escarlate - O Segredo de Mystra - Eu mesma mais uma vez. (Quiçá Máscara? Presumo uma perda de paciência nesse caso).
    10 - É justo cmg, que já nem sei se nada sei...Aa porra ficou séria. ... Quero ópio! Preciso!!!Meu guardião, Chico, ajuda eu?!

    Leila "Um drink antes?" Diniz

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  9. Quero fazer uma correção indiscutível: O líder do grupo é Franciso Xavier - O Xavier.

    Leila

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  10. O Jorge e a Daphne foram os únicos q me entenderam. Mto amor.

    Leila

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  11. O Necromante Branco vota no Ehtur para evitar que ele entre com a atitude "vou para a floresta" e tenhamos uma dinâmica melhor. A única exigência seria ele fazer um pedido formal de desculpas para Black, afinal de contas não é por que ele é Évil que a gente pode ter um tratamento rude com ele. Acho até que ele é muuuuuito mais good que Évil, mas para manter a marra diz que é neutral. =D

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  12. respondendo pela Ursula e pelo Arnoux.
    1- Ehtur
    2- Syrius
    3- Sério? É lógico que é o Ehtur!
    4- Ressuscitar o Arnoux.
    5- O Guilherme sempre atrapalha. Falta de um Clerigo.
    6- em branco
    7- Bem equilibrado
    8- Celuni
    9- Shar maldita
    10- Só passo lá quando não tenho escolha.

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  13. O Necromante Branco declara que:
    1.É em Syrius Black que ele confia naquele grupo, embora ele tenha seu lado negro a forma despreendida que enfrenta a morte o faz confiável;
    2.Ehtur com sua sede de poder me amedronta, embora o objetivo comum nos faça caminhar para o mesmo lado;
    3.O mesmo Ethtur é quem melhor consegue coordenar o grupo embora acredite que Syrius Black seja outra força motriz dos valorosos aventureiros;
    4.Minha missão é uma e somente uma, proteger Leila Diniz, a força mágica em pessoa. Não acredito que haja outra coisa mais importante do que salvar a magia pura que ela representa;
    5.Nossas desavenças representam um grande risco, aliadas a falta de prudência nos momentos de luta;
    6.Por sorte temos algum amalgama que nos une, talvez Yorgoi, mas vejo que o sentimento de grupo ainda é maior e que nossos objetivos estão alinhados, embora não seja exatamente os mesmos;
    7.Não podemos menosprezar o poder de Syrius e Leila, ambos agraciados com poderes divinos;
    8.Mystra e Ogma estão a nosso lado, Mystra mais desesperadamente enquanto Ogma vem junto a mim por toda a jornada;
    9.Acho que não devemos confiar em nenhuma divindade que possa querer sacar os poderes de Mystra, Shar é um risco mais acentuado, mas não conseguirá jamais rivalizar com os poderes mágicos a nosso lado e;
    10.O plano das sombras é a divisão entre a harmonia da vida e a mansidão da morte, é a dor plena onde o medo invade os as mentes menos preparadas para a morte.

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