10 de jan. de 2014

Termina 1375, o ano da Ascenção dos Elfos. Que venha 1376, o ano da Lâmina Torta


Tendo aprisionado a alma de Szaas Tam, os heróis resolveram que deveriam buscar pela peça que poderia resguardar sua alma caso escapasse da gema de sangue em que o milagre de Selune o havia aprisionado. De posse da alma do arquimago morto-vivo que governara Thay, foi fácil para John Falkiner, o escolhido de Bibiana, invocar uma benção de achar o caminho até o objeto, o que quer que ele fosse.
- Ele está para sudeste... muito longe daqui. Se estiverem prontos, posso nos teleportar para as proximidades.
- Nós devemos retornar para meu reino, meu amado e escolhido.. - disse Selune para Sirius Black. - Há muito o que fazer lá. Já auxiliamos seus camaradas, mas não podemos mais perder tempo.
- Se é o que deseja, minha deusa. Eu os verei depois, pessoal.
O dançarino das sombras partiu para o reino de Selune com a deusa da lua. Uma vez a sós, embora ele percebesse que já haviam almas dos seguidores que iam chegando ao reino da dama da esperança, Sirius Black recebeu parte da essência divina da mulher que já fora a mortal Kiriani, mas que agora era a deusa da lua Selune. Ele tornou-se seu escolhido, um mortal com uma parte da essência da deusa da lua dentro de si. Depois disso, ele pediu à deusa que o devolvesse à companhia de seus aliados, de modo a poder a levar ao mundo a esperança que ela representava. Selune concordou, desde que ele descansasse ali antes de partir.
Assim como seus colegas, Sirius Black ao dormir, sonhou. Ele viu Annia Evalandriel, a elfa a quem jurara amor em Evereska. Era lá que ela estava, nos aposentos de Rhange Hesystance Sorrowleaf, onde eles haviam consumado a volúpia da paixão. A elfa conversava com nenhum outro se não o estranho arquimago elfo, que Sirius julgava morto.
Ryolith Fox também sonhou com uma mulher, a mesma mulher com quem sonhava desde a batalha diante dos muros de Suzail. Palas Atenas. Mas dessa vez, a paladina cormyriana não estava diante de Fzoul Chembril, escolhido do deus da tirania, mas sim diante do próprio Bane, que a torturava com sua manopla negra.
Ehtur Telcontar sonhou com Alissah Eagle. Ela pegava a mão grande e desajeitada do guardião de Miellikki para junto de sua barriga. Ehtur sentia o sabor salgado das lágrimas ante a alegria de sentir que um filho seu crescia ali.
John Falkiner sonhou com o cetro de Bibiana. O artefato redimido por sua deusa estava nas mãos de um colossal dracolich deitado sobre um mar de ouro e gemas preciosas. A energia negativa parecia intensa naquele lugar profano e o dragão morto-vivo parecia interessado em perturbar a benção que redimira o artefato.
Rock dos Lobos sonhou mais uma vez com o abismo. Ele via Malkizid, seu senhor e mártir, comandando um grande ritual, onde milhares de almas eram reunidas e onde infindáveis demônios entregavam-se a uma orgia de matança e devassidão. Aquilo parecia concentrar todas as hordas abissais num único esforço.
Úrsula Suarzineguer sonhou com um velho gnomo sozinho e abandonado. Lhe pareceu que aquele era um ancião que esperava pela morte. Foi então que ela reconheceu Gaerl Ourobrilhante, pai de todos os gnomos. Assim, como ele, os demais deuses dos gnomos pareciam a ela desesperançados e senis.
Quando Sirius retornou, os outros já haviam terminado de recolher os espólios da batalha e preparavam-se para partir. Rock dos Lobos teleportou a todos para sudeste conforme a indicação de John Falkiner. Eles surgiram em um deserto de areia fina e amarelada. Não havia nenhum ponto de referência entre a dunas douradas sob o sol escaldante. O clérigo de Bibiana sentia que ainda faltava uma certa distância até o local correto. No entanto o que mais lhes chamou a atenção, foi que toda a areia daquele lugar parecia mágica perturbando suas detecções mágicas. Para piorar, do solo abaixo deles, emergiu um verme púrpura colossal, a maior criatura que seus olhos jamais haviam visto. Conseguiram matar o mega verme púrpura, percebendo que ali só podia ser o Deserto Púrpura, famoso por seus vermes gigantes.
Sem perder mais tempo, optaram por um novo teleporte em direção a montanhas que avistaram para o sul ao voarem na batalha com o verme. Surgiram na periferia do deserto e John Falkiner soube que o deserto perturbava realmente sua detecção, pois agora sentia que o item deveria estar para o noroeste, mas estaria muito longe dali. Antes que soubessem o que fazer, uma colossal sombra os cobriu e eles viram o dragão dourado que desceu das montanhas.


Ele os alertou para os perigos do Culto do Dragão e seus dracolichs, mas não sabia nada sobre o filactério de Szaas Tam. Despediram-se com alertas mútuos de prudência. Os heróis perceberam que o arquimago da necromancia de Thay se preparara bem para a eventualidade de sua destruição. Usaram de um novo teleporte para uma cidade próxima a norte dali onde poderiam comercializar alguns itens antes de voltar pra casa.
Ao chegarem em Zindalankh, uma cidade próspera do extremo leste de Faerun, voltada para as ricas terras do oriente de Kara Tur, encontraram um mundo que não parecia conhecer as perturbações rotineiras das outras terras de Faerun. Encontraram bons itens, assim como compradores interessados, muito embora, quando retiraram as gemas de sangue da bolsa mágica, tenham percebido que todas estavam contaminadas por almas, como se Szaas Tam tivesse as corrompido também com sua essência maligna. Ehtur Telcontar as devolveu à bolsa e optaram por manter todas guardadas.


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