31 de mai. de 2014

O inimigo do meu inimigo é um drow...

Tendo pulado intrepidamente no buraco com Azuzu II, Rufus Lightfoot aproveitou-se da urgência dos drows para chegar ao solo desapercebido, enquanto a dupla de sentinelas corria para alertar seus camaradas. O hobbit preferiu recuar alguns passos e esconder-se nas sombras, junto ao fundo da caverna irregular com seu cão de montaria. Ele viu que haviam por ali outros quatro drows, todos homens, sentados ao redor de uma mesa, enquanto o sinal do alarme ecoava pelo desfiladeiro que havia após o fim da caverna. Reunido, o sexteto retornou em direção à corda que conduziria ao aposento acima onde estavam os demais heróis da superfície.
A arqueira Mari´bel, que aproximava-se da passagem no chão, de arco em punho, percebeu a aproximação dos inimigos. Estes logo a alvejaram com suas setas envenenadas. As palavras da fada foram de alerta, enquanto seu corpo resistia ao veneno de aranha. Derdeil Óphodda preferiu posicionar-se em local mais seguro, enquanto os drows já manobravam para atacar.  Foi só então que Rufus avistou o mais estranho e ameaçador dos inimigos. Ele era um drow, mas não como os demais. Seu corpo não possuía a pele negra dos outros elfos das profundezas, via-se perfeitamente a carne exposta, os músculos e ligamentos movendo-se, certamente um profano morto-vivo, que era rápido e tomou a dianteira do ataque. Novas setas voaram colidindo sem efeito contra a armadura completa do paladino Jorge da Capadócia, ao mesmo tempo que a monstruosidade morta-viva subia pela corda e recebeu ataques oportunos. O paladino de Tyr invocou o poder da justiça para esmagar aquele mal profano, contando com o auxílio dos golpes do monge Braad e de Mari´bel. 
Um nível abaixo, Lightfoot e Azuzu viam que apenas um dos drows, o mais bem armadurado deles, ficara próximo à mesa. Dois outros preparavam-se para subir depois do zumbi, enquanto dois ficariam disparando suas bestas. O último drow sacou uma varinha e se posicionou.
Braad não perdeu tempo e deu uma sequência de golpes na criatura sem pele, que expelia uma gosma verde e ácida. Chuck Norris veio em carga, ainda em forma de leopardo, cortando com as garras. O bardo Sérgio também escolheu atacar usando seu arco, mas seu tiro errou o alvo. Jorge da Capadócia, no entanto, descarregou sua fúria justiceira sobre o cadáver animado por energia negativa, que mesmo tão fustigado, resistia. O mago Derdeil recuou, enquanto a arqueira killorien disparou uma flecha certeira que partiu a corda e derrubou o morto-vivo. Ela recuou e abriu espaço para os demais.
A queda de quase 10 metros feriu ainda mais a criatura morta-viva, mas não a destruiu. Os guerreiros que aguardavam abaixo desviaram e, tão logo seu serviçal zumbi se pôs de pé, estes levitaram até o nível superior, já chegando e atacando. O primeiro guerreiro atingiu o paladino, enquanto o morto-vivo foi vitimado pelo monge bêbado, após receber um ataque oportuno. O líder dos drows deixou a retaguarda e se posicionou ao lado dos atiradores, que dispararam contra o mestre da bebedeira já muito ferido. O mago inimigo bebeu uma poção e se movimentou como uma aranha grudado à parede e depois ao teto, esperando ainda pelo momento ideal.
Na passagem, Sérgio tornou a tentar um disparo com seu arco, com novo insucesso. Jorge da Capadócia teve mais sorte em atacar o elfo negro à sua frente, embora já não tivesse o mesmo impacto que contra o morto-vivo. A fada arqueira escalou a parede com os efeitos aracnídeos da poção que tomara e disparou contra os drows. Derdeil Óphoda, que se resguardara até então, disparou um míssil mágico contra o inimigo mais próximo.
Os guerreiros drows atacaram sem se intimidar. O primeiro se movimentou e feriu Jorge da Capadócia, que também recebia as setas envenenadas, sem trespassar sua armadura. O segundo guerreiro, com um golpe preciso, vitimou Braad. Com o caminho aberto, o mago drow escalou até a entrada do túnel e disparou um relâmpago de sua varinha contra o paladino, que desviou um tanto, mas foi ferido gravemente. O líder dos drows também levitou até o nível superior, deixando apenas os sentinelas com bestas lá embaixo, mas o druida investiu contra ele em carga.
Foi nesse momento, que os olhos de Rufus viram um novo vulto emergir do abismo ao fundo. Se tratava de mais um drow, mas dessa vez uma mulher, ela trazia na mão esquerda uma varinha. O hobbit também começou a escutar a cantoria de Sérgio Reis lá em cima, que vinha para animar os camaradas na batalha.
O paladino de Tyr não saiu da linha de frente, mantendo seus ataques sobre o guerreiro drow. Mari´bel disparou nova flecha certeira e matou o elfo negro ferido por Jorge. O servo de Azuth sacrificou sua vitalidade e invocou um desnortear mágico, mas não teve a concentração necessária.
O guerreiro drow que restara investiu em carga contra o bardo, enquanto o mago saiu do buraco, se posicionou e conjurou novo relâmpago da varinha sobre o paladino, que esquivou-se como pode, mas já se aproximava do limite de suas forças, e Óphoda, que recebeu todo o dano. O líder dos elfos negros movimentou-se e libertou-se do leopardo. Os drows do nível inferior tornaram a disparar as bestas contra o paladino na esperança de derrubá-lo, mas a armadura tornou a resistir. O druida tornou a agarrar o líder, mantendo-o ocupado.
Rufus Lightfoot e Azuzu permaneciam atentos e viram que a drow recém-chegada avançava furtiva e tinha na sua mira os outros drows. Quando ela ativou a varinha e disparou um raio de luz, ele aproveitou para atirar com seu pequeno arco no mesmo alvo. Pego desprevenido, o besteiro drow ficou aturdido e ofuscado, percebendo apenas a drow como inimiga. porém, Rufus havia se dando conta de que aquela drow, que usava da luz e não das trevas, sacrificava o vigor para usar da magia, ao contrário dos outros elfos negros.
Sérgio Reis continuou cantando e recuou um passo para disparar contra o drow que o ameaçava, mas teve sucesso apenas na canção. Jorge da Capadócia investiu contra o mago, que, no entanto, apesar de ferido, não arrefeceu. A arqueira killorien pretendeu matar o mago, mas atrapalhou-se com o arco, escorregando pela parede de volta ao nível do chão. Derdeil Óphoda insistiu na mesma magia, sacrificou seu vigor, o que funcionou, mas não venceu a resistência mágica do drow.
Por sua vez, o líder dos drows não conseguia se soltar do ardiloso leopardo, mas sacou de uma adaga com a qual o cortou no ventre. O mago recuou e com novo relâmpago atingiu o paladino, a arqueira e o mago de Halruaa. Jorge mal mantinha-se de pé, Derdeil também sentia a constituição faltar-lhe. Chuck Norris, mesmo ferido, rasgava a carne do inimigo sem piedade.
Lá embaixo, os dois drows se posicionaram de costas para Rufus e dispararam contra a elfa negra. O hobbit aproveitou-se para outro ataque soturno, que em conjunção com um novo disparo luminoso da elfa negra serviu para matar um dos antagonistas, enquanto o outro finalmente percebeu que estava cercado.
Jorge da Capadócia moveu-se para o flanco do mago para ser o único alvo, atingindo-o mais uma vez com sua espada longa. Mari´bel subiu pelas paredes novamente e terminou o serviço com uma flecha certeira na cabeça do mago drow. Derdeil lançou um míssil mágico contra o o guerreiro que restara, mas este preferiu partir em carga contra o paladino, sem sucesso. O líder dos drows tentou soltar-se, mas estava bem agarrado dessa vez e optou, então, por uma escuridão mágica. Chuck seguiu atacando, mesmo sem ver nada.
A elfa negra se posicionara próxima da mesa, mas o drow restante, que trocara a besta pela rapier avançou e a cortou tentando impedir o uso da varinha de luz. A elfa negra sacou uma adaga com a outra mão e passou a flanqueá-lo com o hobbit e seu cão que vieram em carga.
Enquanto o bardo Sérgio Reis ainda cantava e errava suas flechas, o paladino ofereceu uma chance de rendição ao guerreiro drow restante na língua dos elfos, curando-se com a graça do poder de Tyr paralelamente. Sem esperar, no entanto, Mari´bel tornou a disparar contra o inimigo, matando-o também.
- Acalma-te, lady Mari´bel, pois este poderia ser nosso prisioneiro - gritou o paladino.
O clérigo Derdeil avançou para realizar os primeiro socorros no monge caído, mesmo que ainda restasse o líder na escuridão com o druida. Este feriu Chuck mais uma vez, mas foi o druida de Silvanus que o vitimou desfazendo a escuridão mágica.
O último dos drows tentou matar a traidora elfa negra, mas foram Rufus e Azuzu que o atingiram, lançando o inimigo pelo abismo. Para surpresa deles, uma gargântica pata de aranha agarrou o drow. Eles puderam então perceber a aranha, grande como um dragão, colada à parede do abismo recoberta em sua teia, parecendo apenas esperar por uma presa.
Lá em cima, Sérgio Reis passou a pilhar o cadáver do drow mais próximo, Derdeil aproximou-se avaliado os inimigos tombados. Jorge usou as bençãos de Tyr para curar o monge ainda caído. Chuck desceu com um salto felino pelo buraco para ver como as coisas estavam lá embaixo. Ao deparar-se com a drow, foi necessário o alerta de Rufus de que ela não estava contra eles.
Logo, quando estavam todos reunidos, algumas explicações começaram a ser dadas:
- Quem é você? - Interrogou o paladino em tom inquisitorial.
- Eu sou Dzariah T´sarran, filha de Irinea T´sarran, herdeira da casa T´sarran, serva de Kiaransalee.
- Eu vejo que você serve a uma divindade menor dos drows.. - comentou Sérgio Reis, deixando de lado os corpos caídos dos drows, onde apenas Derdeil permaneceu.
- Kiaransalee é a senhora da morte e dos mortos! - Afirmou a drow com convicção.
- Por que deveríamos confiar em você, serva da morte? - Indagou o paladino de Tyr ainda duvidoso.
- Ela lutou contra nossos inimigos - interviu Rufus.
- Estes drows, servos da rainha das aranhas, que vocês combatem destruíram minha família e tomaram nosso entreposto comercial de Szith Morcane. Eu desejo vingança.
- Um bom motivo como qualquer outro - ponderou Rufus.
- A ajuda seria bem vinda... - considerou Mari´bel.
- Eu sinto o mal em você, mulher! - Afirmou Jorge usando de sua fé para sentir o mal que havia nela.
- O que há lá embaixo? - Quis saber Sérgio curioso.
- Uma aranha beeeeeem grande - disse Rufus.
- Ela é capaz de detectar qualquer não drow que caminhe pelo abismo e tocar suas teias. Ela o devorará imediatamente. Além disso, o entreposto se distribui ao longo do abismo. - A serva de Kiaransalee fez um desenho no chão com sua adaga. Aqui está a área das tropas, aqui a academia arcana. Ao centro está o mercado. Por esses dois lados entra-se nas cavernas dos camponeses e escravos. No final, há a antiga residência de minha família, agora ocupadas pelos malditos.
- Ainda não tenho certeza se devemos confiar nela.. - resmungou o paladino. - Você sabe de uma elfa.. Kaliandra Boaventura?
- Não sei nada de elfa. Estava reclusa em uma caverna secreta desde o ataque.
- Por que os drows conseguem fazer uso da magia? - Quis saber Sérgio Reis mostrando alguns dos itens mágicos que recolhera.
- Nem todos.. você não.. - observou Rufus.
- Kiaransalee já não responde minhas preces... mas os servos da senhora das aranhas tem alguma estranha vantagem... ou algum profano sacrifício que alimenta suas magias... - disse Dzariah em tom de desgosto.
- Eu sonhei com os deuses.. Tyr, Silvanus, Chauntea, Bibiana, todos presos na teia da Senhora dos Drows. Talvez isso explique alguma coisa... - refletiu o paladino em voz alta.
- Debemos seguir adelante... - disse Braad que vigiava o buraco.
- Rauuu... - concordou Chuck ainda em forma de leopardo.
- Nós podemos seguir.. - disse Derdeil que chegava limpando sangue de sua adaga, vindo do meio dos drows. - Não há porque sacrificar mais tempo aqui, se Kaliandra espera por nós entre os drows, criaturas vis...



17 de mai. de 2014

Alarmes profundos


Aproveitando as roupas, mantos e acessórios drows que haviam encontrado, os aventureiros aproveitaram para se disfarçar como aqueles que enfrentavam. A killoren Mari'bel, auxiliada pelos talentos na maquiagem de Sérgio Reis, ficou uma drow perfeita, assim como ele próprio e Derdeil Óphoda passavam bem pelos inimigos. O pequenino Rufus Lightfoot passou bem por uma criança drow. O paladino Jorge da Capadócia e Braad permaneceram como estavam, passando a ser levados como se fossem prisioneiros.
O mago clérigo Derdeil aproveitou o tempo para investigar o pergaminho mágico, que estava em branco. Deixando o outro, que continha três magias de mensagem com o bardo. Uma magia de compreensão mágica fez com que as palavras na língua dos drows surgissem no papel, fazendo sentido para o homem de Halruaa, que sentia seu vigor se esvair pelo esforço da magia.
Senhora Morcane,
   O entreposto de Szith Morcane está sob ataques de tropas leais e hordas de mortos-vivos. Embora as atividades locais sigam, o sítio deve mostrar-se efetivo em pouco tempo. Há considerável número de escravos e a situação mágica é agora facilitada e favorável. Logo será a vez da superfície e da Grande Floresta. Todos sentiram a força de Lolth, rainha das aranhas.
Adielle Chumavh
- Trata-se de uma carta avisando que estamos sobre um entreposto comercial chamado Szith Morcane, que está sendo atacado por drows... - Derdeil explicou aos demais, enquanto se encaminhavam de volta pelos túneis, a fim de tomarem o o rumo que passava pelo mortuário dos anões. Mari'bel aproveitou para beber uma das poções que haviam recolhido, que a permitia escalar como uma aranha.
Optaram por enviar uma mensagem mágica do outro pergaminho que encontraram para Kaliandra Boaventura. O bardo Sérgio Reis leu o pergaminho e falou na língua das fadas, conhecida dos elfos, mas estranha para os drows:
- Kaliandra, somos nós, o valente grupo desmesurado, estamos indo em seu resgate. Quantos são os inimigos e onde está?
Não houve resposta, o que podia significar que ela nem sequer tenha recebido a resposta ou que outros a tivessem escutado. Avançaram. Quando adentraram o aposento, puderam ver as gavetas incontáveis que ocupavam as paredes. Algumas estavam rompidas e violadas, dando sinais que o descanso de alguns dos mortos havia sido perturbado. No centro do aposento havia uma grande estátua com a forma de um humanóide-inseto feito de pedra. Braad lembrou-se imediatamente de seu sonho e sentiu a boca salivar pensando na bebidaa nã, certamente mais forte que o xarope dos drows. Os que entendiam de religião como Derdeil, Jorge e Sérgio souberam tratar-se de uma imagem ancestral do primeiro deus da morte, Jergal, guardião dos mortos.


O monge avançou para averiguar a estátua, enquanto Rufus seguia escondido sobre Azuzu próximo das paredes. Os demais vinham mais atrás, mantendo a formação planejada. Bastou, no entanto, tocar a base da estátua para essa animar-se e atacá-lo diretamente. Jorge partiu em carga para auxiliar o camarada, enquanto os demais sacaram suas armas e Sérgio passou a cantar.  Chuck Norris virou um leopardo, enquanto Derdeil recuou estrategicamente.
O hobbit, deixando o aposento e passando ao corredor seguinte, que logo se bifurcava, percebeu um vulto hominídeo, mas logo viu seis esqueletos de anões surgirem do aposento da esquerda. Azuzu recuou para o ponto mais estreito do corredor onde poderiam se defender melhor. Os ataques de ambos, entretanto, eram pouco efetivos contra os corpos sem carne dos esqueletos. 
O restante do grupo tinha dificuldade em vencer as defesas da estátua, mas aos poucos, somaram dano suficiente para demolí-la. Avançaram, então, em socorro a Rufus Lightfoot. Venceram os últimos esqueletos e avançando para o aposento, encontraram o que parecia ser mais um morto-vivo, um carniçal. O monstro tentou dialogar com eles, que perceberam não ser próprio de um morto-vivo ainda débil. Jorge percebeu o mal extraplanar do monstro e avançou para esmagar aquele mal infernal. O monstro ficou invisível e tentou escapar, mas foi detido e destruído.
Encontraram ali mais cinco cadáveres entre drows e aventureiros humano, além de um gnoll. Recolheram as armaduras, armas e tudo que podiam aproveitar que fosse mágico. Derdeil identificou cada uma das coisas da melhor forma. Aproveitando os itens dos drows, que funcionavam sem exigir sacrifício de constituição, terminaram de inspecionar o aposento, retornaram ao caminho e seguiram.
Acabaram deparando-se com dois guardas drows e uma aranha espectral. A aranha morta-viva atacou, enquanto os vigias fugiram, pulando pela corda diante deles, sendo seguidos pelo furtivo Rufus, enquanto os demais deram conta da aranha. Sérgio usou uma explosão sonora para desestabilzar a aranha, que conseguiu envenenar Chuck Norris.
Lá embaixo, enquanto se escondia sorrateiramente, Rufus via os outros seis drows que respondiam ao chamado dos dois vigias.


10 de mai. de 2014

O desaparecimento de Kaliandra Boaventura


O monge Braad se juntou ao mago Derdeil para interrogar o drow que restara. Como nenhum dos dois falava a língua profana do elfo negro, optaram por amarrá-lo e levá-lo com eles, assim como o paladino Jorge resolvera que deviam levar a clériga da deusa dos drows, ainda viva, apesar de muito ferida, já que todos deviam responder por seus crimes. O druida Chuck, ainda em forma de carcaju, cavava a parede buscando estabelecer um túnel que os conduzisse dali até a superfície. A curiosidade típica dos hobbits levou o ladino Rufus a ir inspecionar o corredor de onde vinham pegadas e para onde eles ainda não haviam seguido, enquanto os demais tomavam as providências necessárias, bebendo as poções de cura e recolhendo o equipamento dos drows, que curiosamente funcionavam sem requerer qualquer sacrifício em energia vital para a ativação. A guardiã arqueira Mari'bel tentava ver os rastros presentes na sala, mas ainda estava por demais aturdida para conseguir informações verdadeiramente relevantes entre os rastros dos elfos negros e das aranhas.
Cientes de que necessitavam de se recuperar logo, Braad e Derdeil se adiantaram aos demais e atravessaram a parede ilusória que divisava o aposento do caminho por onde chegaram. Ao cruzá-la, no entanto, deram-se conta de que Voronwr e Tercieios haviam desaparecido. Além disso, pelo caminho oposto ao que seguiriam, pelo corredor que não haviam escolhido antes, onde haviam inscrições e sinais funerários em lápides alojadas nas paredes, eles viram os vultos velozes de seis esqueletos pequenos, que pareciam ser de anões, que se aproximavam. Buscaram alcançar o túnel que subia para escaparem escalando, mas os mortos vivos foram céleres e os atacaram. Braad gritou por ajuda e desferiu golpes capazes de dar o descanso eterno aos amaldiçoados. Derdeil lançou um dardo místico, mas já estava por demais exaurido.
O paladino partiu em auxílio a seus camaradas, assim como Mari'bel e o bardo Sérgio, enquanto Chuck, ainda em forma de carcaju, cavava um túnel alternativo, a guerreira Kaliandra vigiava os proisioneiros e Rufus seguia rumo ao interior dos túneis sem que os demais soubessem. Cercados entre a espada justa do paladino de Tyr e os punhos ébrios do mestre da bebedeira, os esqueletos logo pereceram de vez. Braad escalou as paredes, encontrando Popossante e Gabi esperando ali por seus mestres. O monge amarrou uma corda na árvore e passou a içar seus camaradas. Mari'bel preferiu retornar e juntar-se ao seu aliado druida pela rota alternativa, mas ao chegar viu que haviam sumido Kaliandra e os dois prisioneiros drows. Ela rastreou sinais ou quaisquer evidências, percebendo que o par de pés extra e recentes não caminhara, apenas surgira próximo da elfa e sumira, levando consigo Kaliandra e os dois prisioneiros drows. Provavelmente um teleporte, pensou a killoren.
Ela ingressou no buraco apertado e estreito, engatinhando como um animal quadrúpede a fim de alertar Chuck Norris. Logo, Rufus se juntou a eles. O hobbit informou que avançara furtivamente e vira mais dois aposentos, ambos também resguardados por uma parede invisível e por teias de aranha. No primeiro aposento, uma grande aranha se escondia no teto esperando pelo bote. No segundo, haviam caixas e barris, além de duas drows, uma aranha espectral e sinistra, além de outra também escondida no teto. Optaram por seguir e reunir-se aos demais.
Braad, Sérgio, Derdeil e Jorge esperaram ainda por alguns minutos até verem seus colegas emergirem rasgando o solo da Grande Floresta. Já era noite, mas todos sentiam novamente as beneces dos tecido mágico da floresta sagrada abastecendo suas forças. Derdeil usou seus conhecimentos civilizados de primeiros-socorros, muito embora abalado com as notícias do desaparecimento de Kaliandra Boaventura. O mago de Halruaa percebeu em seu coração que se afeiçoara à elfa duma maneira que nunca lhe acontecera antes. Ainda assim, eles se afastaram caminhando por 1 hora em busca de um lugar seguro para que dormissem. Enquanto isso, conversaram:
- Usted sabe quien és Ehtur Telcontar, palada? Yo tengo de achar este vil hombre acá e los servos da natureza podem conocê-lo...
- O monge deseja saber se vocês tem conhecimento sobre Ehtur Telcontar, servos da natureza? 
- Ehtur Telcontar é um guardião da Grande Floresta... um de seus campeões e defensores... - disse Mari'bel.
- Pero este Ehtur lancio una maldiçon sobre uno amigo.. su alma está priesa e tormantada por ele e yo tengo que libertá-lo.
- Eu também tenho que ajudar.. essa alma tá muito atormentada mesmo e acabou resolvendo me atormentar.. - disse Sérgio Reis encolhendo-se entristecido e amuado.
- Acho difícil isso.. Ehtur é um guardião.. não é um mago ou clérigo para amaldiçoar alguém.. - ponderou Chuck Norris.
- Além disso, ele é um defensor da natureza... uma referência entre os protetores da Grande Floresta. Aliado do meu deus, o senhor das fadas, Timothy Hunter, da poderosa druida Daphne, da grande arqueira Úrsula e da boa clériga Deborah.
- Os servos da natureza dizem a verdade, Braad, e não há maldade alguma em nenhum deles, enquanto  que você ainda carrega essas marcas malignas em seu corpo. Talvez a situação precise ser melhor esclarecida pela diplomacia... - julgou o paladino Jorge.
Acabaram por chegar a um local tranquilo, onde puderam enfim descansar. Dividiram-se em turnos, sendo o primeiro do paladino e do monge, que puderam conversar mais sobre a alma amaldiçoada de Francisco Xavier. Os turnos se sucederam de modo que todos pudessem ter as necessárias oito horas de sono, em especial aqueles que lidavam com magia. Quando dormiram, todos sonharam.
Rufus Lightfoot sonhou com uma vila de hobbits sendo coagidos e torturados por malditos orcs. As casas pegavam fogo, enquanto os hobbits escravizados seguiam entre os orcs, como se fossem seus escravos. No céu, pairava o vulto de um imenso lagarto voador.
Mari'bel sonhou com a druida Viviane, a sobrinha de Daphne. A jovem druida estava presa e atada a um altar negro em forma de aranha, como se fosse uma vítima preparada para um ritual. Seu rosto estava paralizado em um olhar fixo de puro terror. Um olhar em que a perspectiva de Mari'bel mergulhou como se fosse seu próprio terror.
Chuck Norris sonhou com um incomensurável carvalho antigo. Todas as árvores pareciam diminutas diante dele, como gramíneas verdejantes ao pé de uma árvore imponente. A copa do carvalho parecia se misturar ao próprio céu. Lá do alto, ele viu algo soltar-se e amparou entre seus dedos uma pinha singela, que trouxe um certo conforto, como uma benção divina do Grande Pai.
Derdeil Óphoda sonhou com uma grande esfera prateada encrustada de símbolos élficos, que flutuava e emanava uma energia pulsante. O mythal pairava entre as árvores cercado por diversos seres como um garoto meio-elfo com seu gato, um treant imponente, um centauro, alguns druidas e muitos elfos verdes. Ele sentia que seu destino estava próximo.
Sérgio Reis sonhou que era uma pequena mosca voando numa imensidão escura. Sua visão multifacetada nada via até que percebeu-se grudado em uma teia. Nesse momento, ele sentiu-se grande de novo, como um humano, apenas para ver uma aranha colossal aproximar-se e embalá-lo na teia para o jantar, como se fosse uma mosca.
Jorge da Capadócia também sonhou com uma teia. Uma teia negra e sem fim que pairava acima de um abismo. Presos nela estavam diversos deuses: Tyr, Chauntea, Silvanus, Mielikki, Selune, Bibiana, além de outros, que ele não teve como reconhecer. Os deuses lutavam, mas apenas ficavam mais presos à teia sinistra.
Braad sonhou com o aposento funerário dos anões que havia visto. Seu olhar correu pelas lápides na parede até encontrar uma estátua no centro do aposento. Tinha a forma de um hominídeo gafanhoto. A estátua moveu-se um pouco e sob ela haviam vários pequenos barris de madeira onde lia-se RUM.
Uma vez que estavam todos despertos e o sol já estava brilhando no céu, lançando seus raios entre as densas folhas da Grande Floresta, alguns deles conversaram sobre os sonhos, enquanto Derdeil preferiu guardar para si o que vira. Presságios ou delírios oníricos, não tiveram certeza de nada.


- Pois bem.. devemos retornar até as cavernas agora que estamos recuperados e resgatar a elfa Kaliandra Boaventura.. - disse o paladino pegando as rédeas de Popossante.
- Yo tengo que ir em busca de Ehtur, palada.. - disse Braad.
- Eu também - concordou Sérgio.
- Temos de retornar até os Guardiões da Natureza.. - disse Chuck ainda ansiando pela inserção no círculo druídico e pensando na mensagem onírica enviada por Silvanus.
- A elfa já era, paladino - disse Derdeil. - Passaram-se quase 12 horas, os drows já devem tê-la matado. Devemos seguir.
- Nosso dever para com ela não se encerra assim. Há uma donzela indefesa, apriosionada por ajudar a resgatar Mari'bel. Uma dozela que viajava em sua companhia e que pensei ser sua aliada, mago.
- Ela era - disse o halruniano - mas tenho coisas mais importantes agora. Já perdi meus compatriotas e isso também não me deteve.
- Pois eu vejo o mal que existe em seu coração, Derdeil Óphodda. Mesmo que crimes não tenha cometido, vejo agora que não é um arauto da bondade. Se preferem seguir, que assim seja, mas eu não irei me furtar ao meu dever para com alguém que lutou ao meu lado. 
- Então até mais, Jorge... - disse Derdeil sem se importar e seguindo.
- Hasta la vista.. - disse Braad, que ainda pensava nas bebidas do seu sonho, já que o licor que encontrara com os drows já acabara e não trouxera uma real satisfação, restando a boca seca e o risco de uma certa lucidez.
- Que a justiça de Tyr os guarde.. - disse Jorge da Capadócia tomando o rumo contrário dos demais com seu cavalo.
- Ora, pelas barbas do velho Lightfoot, eu irei com você paladino.. - disse Rufus fazendo sinal para que Azuzu retornasse. - Afinal de contas, estou curioso do que ainda tem lá embaixo, mesmo que nós hobbits odiemos aranhas...
- Eu também irei, já que ela estava lá pra me salvar... - disse Mari'bel pegando o novo arco que fizera durante seu turno.
- Bom.. eu não vou voltar sem você.. - disse Chuck.
- Esta bien, esta bien.. entonces nossotros volvemos e depos seguimos juntos até Ehtur.
Vendo que todos optaram por retornar, até mesmo o mago Derdeil voltou e seguiram todos de volta. Encontraram a passagem criada por Chuck e usaram-na para descer. Deixaram Popossante e Gabi a esperar e seguiram rastejando até o aposento onde Kaliandra desaparecera. Mari'bel viu que os rastros estavam iguais e resolveram tomar o rumo que Rufus inspecionara no dia anterior. Pelo caminho, a fada viu que haviam rastros saindo das cavernas interiores. Chegaram sem maiores dificuldades ao último aposento, visto que até mesmo as teias haviam sido removidas. Ainda assim, tiveram que dar conta das duas grandes aranhas que ficaram para trás guardando as caixas e barris. Ao inspecionarem tudo viram que haviam mantimentos, roupas, braceletes, além de muitos papéis.


2 de mai. de 2014

Sob as profundezas


- Onde está Mari'bel? - Questionou o druida Chuck Norris, quando já estavam todos reunidos e de pé, sentindo falta de sua companheira killoren.
- Azuzu percebeu o rastro dela e dos drows entre as árvores, há uma passagem, um buraco que conduz para as profundezas... - disse o hobbit Rufus Lightfoot. - Os dois drows levaram a clériga drow e a sua amiga...
- Vocês precisam nos ajudar... eu fui enviado com ela pelos guardiões da natureza da Grande Floresta. - disse Chuck preocupado. - Temo que não me aceitem no círculo druídico se a perder.
- Entonces ahora usted quieres nuestra arruda, cabron?! - Disse o monge Braad enquanto procurava por bebida nos corpos dos elfos negros tombados.
- Nós iremos ajudar.. - disse Kaliandra, que usava das poções dos seus companheiros elfos caídos para levantá-los. No entanto, percebeu que dois deles haviam encontrado a morte final. Assim sendo, ela levantou apenas Tercieios, enquanto o mago Derdeil Óphoda usou seus conhecimentos de primeiros-socorros para levantar o bardo elfo Turambar Voronwr.
- Nós estavamos com os viajantes da carroça, mas parece que eles partiram.. - disse o bardo Sérgio Reis, que já não via mais sinal de Dani Ellya e seu companheiro. - E agora vocês querem que ajudemos, sendo que não nos queriam em sua preciosa floresta.. sendo que precisávamos falar com Ehtur...
- Eu posso levá-los até Ehtur depois que resgatarmos a Mari'bel - disse o druida sendo mais diplomático dessa vez.
- Bom, eu tenho meu caminho.. até mais.. - disse Rufus se despedindo.
- Nós temos de ajudar no salvamento da arqueira que acompanhava o druida, Turambar. Ela foi levada pelos malditos drows... - disse Kaliandra levantando seu líder.
- Isso não é problema nosso! Já perdemos tempo demais com esses macacos!!! - Disse o elfo sem disfarçar seu desprezo pelos humanos.
- Não fale assim, Turambar. Eles são nossos anfitriões e estamos do mesmo lado. Perdemos nossos companheiros e...
- Nossa missão é chegar até Evereska. Já perdemos dois servos da rainha. Levaremos a notícia até Secomber como nos foi solicitado e só! Nada de heroísmo tolo por esses subdesenvolvidos peludos, Boaventura. Não fosse o garboso bardo, diria que só perdemos tempo e vidas até aqui.
- Não é assim que se comportam os elfos, Turbambar, com a graça de Bibiana, nós...
- O verdadeiro deus dos elfos é Corellon Larethian. Isso é uma blasf.. - o golpe de Kaliandra nocauteou o falante bardo elfo e o impediu de continuar falando.
- Bem, Tercieios, Turambar e eu iremos ajudá-lo druida e depois cuidaremos dos corpos de nossos irmãos que tombaram em combate pela sagrada ilha dos elfos.
- Nós também iremos, pois resgatar uma donzela indefesa é o dever primeiro de todo e qualquer campeão da justiça! - Proclamou o paladino Jorge da Capadócia. - Pequeno hobbit... caro Rufus Lightfoot!!! - Ele gritou chamando a atenção do hobbit que já se afastava montado em Azuzu II. - Vamos Popossante. Creio que precisamos de você para nos orientar e guiar, mestre Lightfoot. Solicito, em nome da justiça e da honra, que nos acompanhe, com a graça de Tyr...
- Bem.. eu já indiquei o buraco.. tá ali.. bem fácil.. já ajudamos e eu vou indo...
- Eu insisto, Rufus... precisamos de você.. uma jovem indefesa nas mãos de vis elfos negros precisa de você...
- Está bem.. está bem... - disse o hobbit fazendo sinal para que Azuzu retornasse, enquanto os demais cuidavam de se conectar à rede de magia da Grande Floresta. Apenas o bardo Sérgio tinha dificuldades em perceber que a teia mágica era ali abastecida por um mythal, como o mago Derdeil costumava vivenciar em Halaraa, a capital de Halruaa. Um a um, eles se conectaram e viram seus itens mágicos e magias tornarem a funcionar sem maiores sacrifícios. Puderam, desse modo, ativar pergaminhos e poções para recuperar suas vitalidades e constituições.
Eles se concentraram em volta do buraco, onde perceberam que a passagem era pequena e estreita. O paladino precisaria tirar a armadura para passar, enquanto Popossante e Gabi teriam de esperar do lado de fora. Os outros usaram do tempo para explorar os arredores em busca de outra passagem, mas não tiveram sorte. Enquanto isso, lá debaixo, eles percebiam o barulho da dupla de drows que fugia. A descida era grande, mais de vinte metros, e foi Derdeil Óphoda o primeiro a tentar descer. O mago de Halruaa acabou escorregando e caiu. O monge bêbado Braad desceu rápido atrás dele e o encontrou preso em uma pedra da parede apenas escoriado. Colocou-o nas costas e começou a escalar para descer. Os demais preferiram usar a corda de Rufus acrescida de um cipó encontrado por Chuck.
Kaliandra Boaventura teve o cuidado de usar seus truques mágicos para conjurar luz em sua armadura e em itens de cada um dos novos colegas. Depois, a elfa usou das poções de Turambar para levantá-lo novamente e lhe mostrou que não tinham mais como não ajudar, pois até o mago que os acompanhava já havia seguido. Não esperou pelas palavras desagradáveis do líder e foi a primeira a descer pela corda, mas acabou escorregando e queimando suas mãos. Chuck Norris que veio logo depois teve mais sorte, mas também descia mais rápido do que gostaria. Sérgio Reis também foi logo para evitar a aproximação de Turambar.
Lá embaixo, a killoren Mari'bel sentia o aperto do drow que a carregava, pensando ser ela uma pequena elfa verde para sacrificar a deusa dos elfos negros. A arqueira não tinha muita certeza de onde estava ao despertar, mas sabia que estava presa e sendo levada para as profundezas da terra, cada vez mais para longe de sua amada floresta e, certamente, para a morte. Ela gritou por ajuda ouvindo a barulheira distante. Por seus gritos, foi golpeada sem clemência, mas o som serviu para apressar os outros na direção que sabiam ser a certa agora.
O barulho acabou, no entanto, abafado, quando paladino, já sem sua pesada armadura completa, espremeu-se pelo buraco e acabou despencando como uma jaca madura. Não fosse o esforço hercúleo de Kaliandra que aparou o impacto agarrada à ponta da corda e a queda dos quatro teria sido fatal. Por fim, Turambar, Tercieios e Rufus desceram, enquanto a águia Sidhka pairava trazendo o cão Azuzu em suas patas. Lá embaixo, sentiam que já não havia a energia mágica livre como na floresta.
Lá embaixo, o solo era íngrime e havia um longo declive. Ouviram novamente Maribel gritar indicando que o caminho seria o da esquerda, seguiu-se outro grito, de dor, que a silenciou em definitivo. Kaliandra e Jorge não perderam tempo, partindo em carga, mas encontraram uma parede interrompendo o corredor da esquerda. Suas mentes logo perceberam que se tratava de uma ilusão, mas quando atravessaram acabaram presos em uma grande teia de aranha encoberta pela ilusão. Chuck Norris preferiu usar de seus poderes druídicos para tornar-se um feroz carcaju. Ele cavou um buraco por baixo da parede ilusória saindo do outro lado da teia.
Para preocupação do druida metamorfoseado, do outro lado haviam quatro outros elfos negros, além da dupla que trouxera Mari'bel e a clériga drow ainda desacordada. Eles pareciam concentrados em levantar a clériga de Lolth, mas não perderam tempo em atacar os recém-chegados. O carcaju Chuck atacou a teia com suas presas, enquanto o mestre da bebedeira Braad, que também chegou pelo buraco, fez o mesmo, usando uma série de ataques, rompendo a teia e liberando os dois. Sérgio Reis que tentara ajudar, acabou se cortando, mas começou a cantar para motivar os camaradas na batalha.
Do outro lado da parede, Derdeil chegou e atravessou cautelosamente a parede ilusória e lançou alguns dardos mágicos. Turambar e Tercieios permaneceram do outro lado, enquanto o bardo élfico unia sua voz melodiosa à canção de Sérgio, dando mais força aos aliados. Rufus escondeu-se nas sombras, ainda desconfiado dos elfos que não entraram, mantendo Azuzu consigo e vendo a águia Sidhka voar em direção ao seu mestre na batalha.
O combate foi feroz. Os drows conseguiram derrubar o paladino e a guerreira com suas lâminas envenenadas, mas o mestre da bebedeira Braad, o druida Norris e o mago Óphoda deram conta dos inimigos antes que causassem estragos ainda maiores e resgataram Mari'bel. Derdeil conseguiu atordoar o seu nêmesis, enquanto os demais drows encontraram a morte final, juntando-se à sua deusa maligna.