13 de nov. de 2011

Possibilidades primeiras...



Ehtur Telcontar caminhava errante pelas planícies frias do norte próximo à Grande Floresta e ao rio. Um caminho mediano, paralelo a ambas as referências anteriores, também à meio caminho de um lugar e um destino qualquer.. já longe demais para voltar, perto o suficiente para não esquecer. Ehtur sabia que essas terras eram repletas de orcs, quando não de algum troll. Ainda que a floresta fosse bem protegida pelos druidas e elfos e que cidades de bom tamanho não estivessem longe, esses malditos seres imprevisíveis nas maldades tinham de dar vazão ao mal. Pois bem, o senhor Telcontar também era imprevisível e caminhava atento a possíveis problemas.
Isso o fez ver dois homens que andavam mais próximos da floresta em direção contrária à sua. Eles não pareciam nada preocupados com as imediações. Um deles gesticulava e falava um tanto alto sobre como estava certo sobre alguma coisa.. o outro parecia entediado. Vestiam bom equipamento, mas eram nitidamente indivíduos urbanos. A observação, no entanto, foi interrompida pelo assovio que seguiu-se, anunciando a chegada do meteoro. Pelo visto, a vida também é imprevisível.
A grande bola de fogo explodiu contra o chão, abrindo uma enorme cratera e lançando calor e terra em ambas as direções. Não fossem os reflexos ligeiros de Ehtur e ele já estaria em uma cova. Ele desceu incerto e duvidoso pela cratera em direção à uma pedra metálica que jazia no fundo. Logo os dois homens que ele avistara surgiram na beira da cratera e reinvidicaram a pedra, que ele trazia envolta em panos (ainda que não estivesse quente de forma alguma). Daí seguiu uma curta perseguição, mas um guardião bem sabe usar uma floresta em proveito próprio. Precisou de pouco tempo para despistar seus perseguidores e refugiar-se no alto das árvores observando melhor o que o destino lhe deu. Tempo suficiente, no entanto, para a chegada de um eclipse não-usual que ele percebera pouco antes...

Arnoux Xuazineguer e Úrsula são um casal de gnomos mambembes em busca de construir uma vida juntos. Waterdeep, segundo Arnoux, era a jóia do norte e tudo que eles precisavam. Uma cidade cosmopolita e cheia de possibilidades. Não intolerantes de mentes pequenas com seus truques baratos. Eles seguiriam vivendo de amor e do que mais as mãos dele pudessem proporcionar...
Ainda assim, nem mesmo Arnoux estava preparado para o que encontraram. A cidade estava um caos naquele fim de tarde. As ruas estavam tomadas por humanos em sua maioria, mas também anões e elfos, todos muito agitados. Era nítido que algo preocupava a todos ali e que o tempo parecia urgir. Arnoux abordou um guarda que o alertou para o eclipse próximo e os problemas que ele causava. Logo, aquelas ruas estariam tomadas de ladinos inescrupulosos e por isso, ele indicou uma estalagem próxima para o descanço do casal.
Foi na entrada da estalagem que Arnoux trombou com a perna de Syrius Black, um tipo um tanto sinistro, mas que logo veio com palavras simpáticas se desculpando antes de seguir em frente. Foi apenas ao procurar por seu dinheiro, que Arnoux se deu conta que uma das sacolas havia sido levada. Sem desejar preocupar a companheira, ele a acomodou no quarto e foi informar-se de como encontrar os aposentos do sr. Black. Que notícia boa não foi saber pelo estalajadeiro qual era o quarto dele por algumas moedas, ao mesmo tempo que o eclipse principiava lá fora...

Daphne Amkathra acariciava o pelo grosso do pescoço de David, seu lobo. Ambos mantinham os sentindos aguçados para as imediações da Grande Floresta. Seus sentidos aguçados lhe permitiam perceber as corujas de seu colega druida Sting, que não devia estar longe dali. Ela sabia que o eclipse próximo traria problemas, ela que desde a juventude aprendeu a enfrentar os problemas de frente.
Logo a possibilidade de problemas se confirmou. Primeiro, ela viu as tochas.. depois viu que eram 6.. 6 orcs. O cheiro da maldade deles misturado à madeira queimada das tochas fez Davi se animar. Um aviso rápido na língua dos druidas para Sting e ela rumou para a batalha, justo quando o eclipse principiava...

Rock encontrou uma cidade muito mais confusa do que esperava. E chamavam o seu povo de bárbaro. As ruas estavam apinhadas de gente correndo para todos os lados como se uma guerra estivesse prestes a começar. Ante a antipatia demonstrada pela guarda, foi preciso intimidar uma das autoridades, para que ele explicasse que logo um eclipse traria problemas mil e que a rua não era um bom lugar. Ele indicou-lhe uma estalagem.
Foi apenas na estalagem que Rock deu-se conta de que fora roubado. Não podendo fazer nada, subiu para o quarto e ao abrir a janela do quarto, viu, ao menos, que se o destino tira com uma mão, dá com a outra. Do outro lado da rua havia um prédio onde lia-se: Alfarrábios e Afins - Guilda Mágica e Escola de Magia. Ele achara um lugar para cumprir o seu propósito ao deixar seu povo, entender a magia que o envolvia. Entender os sonhos e as visões que o acompanhavam. Entender a si mesmo, que não era como seus irmãos e irmãs. Pela janela, ele também pode ver o eclipse que começava...

Em Suzail, capital do honrado reino de Cormyr, Rhyolith Fox guiava seus tutelados numa patrulha em auxílio às forças de vigilância local. O eclipse que se aproximava tiraria os ladinos das sombras para perturbar a ordem das boas famílias dessa grande cidade.
Foi, portanto, sem surpresas que se encontraram com um grupo de elite, os Dragões Púrpuras, força máxima de proteção do povo de Cormyr. O capitão saudou-os e requisitou ajuda para uma perseguição que se apresentava. Eles correram para a estalagem mais próxima, justo quando o eclipse se iniciava...

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