Se afastando das tumultuadas torres e dos tumultuosos elfos, o hobbit Rufus Lightfoot se pôs novamente a explorar as cidades de Myth Drannor. Era a primeira vez que circulava com calma desde a total regeneração da cidade graças ao poder do mythal. Resolveu ir para sul em direção ao graande lago, mas foi outra coisa que chamou sua atenção. Ele viu um grupo de duas dezenas de hobbits. Os mais adiantados eram furtivos, mas não furtivos o suficiente para escapar aos olhos dele.
Dois desses hobbits furtivos começaram a se esgueirar para o interior da cidade élfica. Quando o primeiro passou perto de Rufus, ele o surpreendeu:
- Procurando alguma coisa? O amigão da vizinhança?
- Que isso? Quem é você?
- Eu sou o hobbit-aranha!
- Hobbit-aranha? O que diabos é um hobbit-aranha?
- Eu!.. Nada de diabo... hobbit-aranha, hobbit-aranha.. sempre bate, nunca apanha.. ele desce pela parede... é capaz de qualquer façanha... hobbit-aranha, hobbit-aranha... - Com uma pirueta, Rufus se postou ao lado do ladino. - E você, quem é?
- Eu sou... err.. o Frodo... Frodo Monteiro...
- Você não parece sincero.. - insistiu Rufus.
- Err.. Coiote..
- E quem está com você?
- Eu tô sozinho... - se apressou Coiote em responder.
- E aquele?.. E aquele? Aqueles lá? - Apontou o hobbit-aranha.
- Ah tá.. err... não conheço... - mas como Rufus fez cara de "fala logo", Chacal prosseguiu.. - Somos refugiados.. estamos procurando as ruínas de Myth Drannor.
- Quantos vocês são?
- Cinco.
- Cara, eu tô vendo vinte.
- Somos vinte.
- Mais gente?
- Não... err... sim.. fora da floresta.
- Pois vocês acharam Myth Drannor.. quer dizer.. não são mais ruínas, agora é cidade de Myth Drannor.. aconteceram algumas coisas sabe... por que vocês tão vindo pra cá?
- Err.. é uma looonga história... - tentou enrolar Coiote.. - Mas você deve ser muito poderoso. Você reconstruiu tudo isso...
- Vamos lá encontrar seus amigos logo então pra eu explicar isso só uma vez... - disse Rufus um tanto impaciente.
Primeiro, eles surpreenderam Garibaldo Livre, o outro hobbit que avançara furtivamente pelo outro lado do parque da cidade.
- Chacal, você está indo pro rumo errado..
- Eu não tô sozinho, Garibaldo..
- Como assim? - Foi quando ele viu Rufus sair da invisibilidade. - Um drow? Estamos perdidos... eles já chegaram aqui!
- Calma, rapaz.. eu sou o incrível hobbit-aranha.. nada de drow.. como disse pro seu amigo Chacal, vocês chegaram a Myth Drannor, que está reconstruída.
- Lince Pintado vai gostar de saber.. - disse Garibaldo aliviado...
- Vamos lá conversar com seus amigos... - disse Rufus levando os dois.
Quando se reuniram aos outros 18 hobbits. depois que Garibaldo e Chacal fizeram sinal para baixarem as fundas e bestas, Rufus Lightfoot rapidamente viu quem era o líder, um bárbaro vestindo peles encantadas de animais e com pinturas de guerra. Era o maior e mais forte entre os ali presentes.
- Eu sou Lince Pintado, poderoso hobbit-aranha. Mim desejar trazer povo sua cidade.
- Incrível hobbit-aranha. Mas o que os trouxe pra cá? - Disse Rufus usando o poder mágico de seu chapéu para ficar maior.
- Clériga de Yondalla, Maristela Vestrela ter sonho. Ela ver terra livre. Livre dos drows. Drows devastar florestas. Destruir toda floresta. Destruir oeste com mortos. Velhos não acreditar. Poucos acreditar. Nós que acreditar fugir...
- Quanto vocês são?
- Nós ser muitos... - disse Lince Pintado.
- Cerca de 120 com as mulheres e crianças... - disse Garibaldo Livre.
- Pois sejam bem-vindos a Myth Drannor.. vão buscar o povo. Meus aliados que governam essa cidade os receberão sob a proteção do mythal mágico... - disse Rufus satisfeito em estar com hobbits novamente depois de todos esses meses.
Ainda nas torres de Myth Drannor, a killorien Mari'bel tentava manter sua mente concentrada, mesmo com o barulheira do bardo Sérgio Reis, do monge Braad, da barda Volcana Boaventura e os outros na outra torre. Ela buscou comungar com as forças da natureza que a habitaram e partiram para o reino de Silvanus, deus da natureza.
- Descanse seu coração, aspecto dos antigos. Seu jovem deus e de todas as fadas está à salvo, assim como as boas energias da Primeira Floresta, a Grande Floresta. Com o tempo, o zelo do Pai e a candura da Mãe terminarão de recuperá-lo da enfermidade e ele pisará o solo, respirará o ar e beberá da água viva. Sois abençoada por seu papel e sua determinação em tudo isso. As sementes em ti germinarão em breve - soou a voz de Silvanus durante um curto transe, como os que teve enquanto as forças a integraram à floresta de Cormanthor que cercam Myth Drannor.
O transe dela foi interrompido pela mensagem mágica que chegou:
- Filha da natureza, sou Heráclito de Cormanthor, druida dessa floresta. Minhas palavras vão com o vento guiado por Silvanus que nos diz que és quem pode nos salvar...
- Venha para Myth Drannor, Heráclito de Cormanthor. Traga o teu círculo druídico, pois Myth Drannor e seu mythal vivem novamente...
- Discutiremos isso com todos acomodados, caro escolhido do deus da magia, Derdeil Óphodda - respondeu a rainha Amídala Ancalimon.
- Claro, majestade - concordou Derdeil com uma leve reverência.
- Vamos, minha rainha. Temos que cuidar do povo de Bibiana - disse Kaliandra Boaventura indicando a todos os elfos que deviam segui-las, mas foi um casal que se destacou da multidão quem falou.
- Com licença, vossa alteza, mas desejo saber se já existem acomodações dignas de nos receber.. - falou a mulher.
- Não me parece que haja responsáveis à altura de tomar tais providências por aqui... - Kaliandra reconheceu que eram Leia Organa e Shei Long os que falavam com a arrogância costumeira.
- As acomodações serão providenciadas para todos os elfos, mestre arqueiro arcano Long... - respondeu a rainha.
- Todos receberão a benção de Bibiana, boa comida e boas camas, nobres... - completou Kaliandra.
- Nos bons tempos de Corellon Larethian não tínhamos de lidar com a inexperiência divina.. - alfinetou Leia Organa.
- Os tempos são outros.. - retrucou Derdeil.
- Tristes tempos em que a magia jaz nas mãos de alguém tão desprezível com Rhange Hesysthance... - provocou Shei Long fustigando Derdeil com os olhos.
- Esse almofadinha elitista carola lutou junto com seu deus e Azrael Sulivan no passado... - avisou a barda Volcana Boaventura pelo elo mental.
- Eu sei que o nobre Shei Long teve a honra de combater ao lado do grande Rhange Hesysthance e sabe que ele lida com o poder como ninguém! - Afirmou decidido o humano de Halruaa.
- Rhange Hesysthance é a verdade e o caminho e Derdeil é seu profeta! - Gritou Edgar, o corvo.
- Eu combati ao lado do grande Azrael Sulivan. O arquimago apenas nos traiu e envergonhou! - Retrucou Shei Long.
- Não temos assuntos com humanos.. - desdenhou Leia seguindo com o marido.
Kaliandra Boaventura não tinha boas lembranças do casal de nobres, mas sabia que tinham muita influência na corte. Ela ficou feliz quando reconheceu uma voz amiga que se destacou da multidão:
- Kaliandra! Kaliandra Boaventura! De embaixadora a capitã e salvadora do povo élfico... - disse uma mulher que vinha trazendo um belo arco.
- Trina Blair - regozijou-se Kaliandra indo abraçar a antiga amiga e iniciada da ordem do arco. - Que bom ver um rosto amigo... - elas se abraçaram, enquanto os milhares de elfos convergiam para as torres.
- Fico feliz em vê-la também, velha amiga... parece que você tem muitas histórias para contar desde que partiu de Encontro Eterno. Confesso que tenho o coração passado desde que vi o triste fim que teve a Grande Floresta, lar de meus ancestrais.
- Terei prazer em contar tudo, minha cara... inclusive da tristeza do que houve por lá, mas devo me apressar e chegar antes nas torres para que tudo esteja preparado como se deve... - disse Boaventura partindo na frente, pois tinha que levantar seu amado Cameron Noites e prepará-lo para como quer que a rainha quisesse julgá-lo.
Lá, como de praxe entre os elfos, os membros das famílias mais importantes foram acomodados nos melhores aposentos das torres, mobiliados pela poderosa magia de Heldalel Evalandriel. Os demais foram acomodados nas construções mais próximas. Kaliandra cuidou disso, depois de deixar Cameron em segurança, já que ele permanecia fraco, mesmo com as magias. Por isso, foi a última a ir descansar.
Rufus Lightfoot manteve a vigília esperando o retorno dos hobbits.
Mari'bel sonhou com a Grande Floresta bela e regenerada, como se nunca tivesse sido devastada. Quando despertou quatro horas depois, foi para sul aguardar junto a Rufus, sentindo a esperança crescer em seu coração.
Derdeil Óphoda sonhou com a um grande círculo de luz:
- Derdeil Óphodda, é chegada a hora de seu retorno ao lar, filho de Halruaa. O Mago maior Zalathorm, o visionário, já não mais governa tendo caído, seu poder se faz necessário em nome da nação.
- Ainda não posso voltar.. tenho que terminar meus deveres para com o deus da magia ant... - mas o pensamento se perdeu ao ver a grande cidade de Halaraa, capital do maior reino mágico de Faerun em ruínas.
Kaliandra Boaventura sonhou com vastas planícies cinzentas. Vagou perdida sem ter qualquer referência que fosse até que um espectro cinzento com uma máscara espelhada no lugar do rosto. Ao se dirigir a ele, ela percebeu uma linda elfa presa em teias de aranha. A elfa foi degolada por uma aranha enorme e seu sangue tingiu a teia de vermelho.
Quando Derdeil Óphodda se levantou, manteve seu lacaio drow ali em segurança, temendo principalmente que os nobres elfos arrogantes pudessem agir contra ele. O escolhido do deus da magia foi logo reunir-se ao clérigo de Bibiana Zoristro Glorien, que deveria levantar a todos os vitimados pelas energias nefastas que assolaram a cidade no dia anterior. Com suas magias preparadas, Derdeil Óphodda, mago e clérigo de Halruaa, derramou todo o poder do fogomágico. Isso engrandeceu o poder do clérigo, fez a magia que o elfo ainda trazia em si aflorar, mesmo com o silêncio de Bibiana. A força encantada passou de um indivíduo élfico ao outro, expurgando a maldição de seus corpos e abençoando-os para a vida novamente. Não restou sinal que fosse do mal que chegara com a energia da Grande Floresta. Até mesmo a jovem meio-elfa Lilinea se levantou.
- Esse poder... eu nunca vi nada igual.. - disse Zoristro Glorien caindo de joelhos diante de Derdeil. - Esse é o verdadeiro deus... Rhange Hesysthance é a verdade... e Derdeil Óphodda é seu profeta...
- Levante-se, servo da magia. Nós somos apenas os instrumentos dessa vontade incontornável.. venha comigo, pois temos de dar conta do ritual para ligar todos ao mythal e fazer o poder de Myth Drannor crescer, em nome do grande Rhange Hesysthance! - Disse Derdeil triunfante e mostrando-se a todos os ali presentes, que não podiam conter o entusiasmo.
- Pois eu creio que devamos aguardar a rainha.. e Kaliandra.. - interviu o mago Heldalel Evalandriel deixando claro sua desconfiança.
- Kaliandra precisa participar disso... - concordou Trina Blair.
- Não há tempo a perder.. - disse Derdeil.
- Você não decide as coisas aqui, humano.. - proclamou Shei Long.
- Eu irei chamá-las.. - disse o mago subindo a torre.
- Quantos vocês são?
- Cinco.
- Cara, eu tô vendo vinte.
- Somos vinte.
- Mais gente?
- Não... err... sim.. fora da floresta.
- Pois vocês acharam Myth Drannor.. quer dizer.. não são mais ruínas, agora é cidade de Myth Drannor.. aconteceram algumas coisas sabe... por que vocês tão vindo pra cá?
- Err.. é uma looonga história... - tentou enrolar Coiote.. - Mas você deve ser muito poderoso. Você reconstruiu tudo isso...
- Vamos lá encontrar seus amigos logo então pra eu explicar isso só uma vez... - disse Rufus um tanto impaciente.
Primeiro, eles surpreenderam Garibaldo Livre, o outro hobbit que avançara furtivamente pelo outro lado do parque da cidade.
- Chacal, você está indo pro rumo errado..
- Eu não tô sozinho, Garibaldo..
- Como assim? - Foi quando ele viu Rufus sair da invisibilidade. - Um drow? Estamos perdidos... eles já chegaram aqui!
- Calma, rapaz.. eu sou o incrível hobbit-aranha.. nada de drow.. como disse pro seu amigo Chacal, vocês chegaram a Myth Drannor, que está reconstruída.
- Lince Pintado vai gostar de saber.. - disse Garibaldo aliviado...
- Vamos lá conversar com seus amigos... - disse Rufus levando os dois.
Quando se reuniram aos outros 18 hobbits. depois que Garibaldo e Chacal fizeram sinal para baixarem as fundas e bestas, Rufus Lightfoot rapidamente viu quem era o líder, um bárbaro vestindo peles encantadas de animais e com pinturas de guerra. Era o maior e mais forte entre os ali presentes.
- Eu sou Lince Pintado, poderoso hobbit-aranha. Mim desejar trazer povo sua cidade.
- Incrível hobbit-aranha. Mas o que os trouxe pra cá? - Disse Rufus usando o poder mágico de seu chapéu para ficar maior.
- Clériga de Yondalla, Maristela Vestrela ter sonho. Ela ver terra livre. Livre dos drows. Drows devastar florestas. Destruir toda floresta. Destruir oeste com mortos. Velhos não acreditar. Poucos acreditar. Nós que acreditar fugir...
- Quanto vocês são?
- Nós ser muitos... - disse Lince Pintado.
- Cerca de 120 com as mulheres e crianças... - disse Garibaldo Livre.
- Pois sejam bem-vindos a Myth Drannor.. vão buscar o povo. Meus aliados que governam essa cidade os receberão sob a proteção do mythal mágico... - disse Rufus satisfeito em estar com hobbits novamente depois de todos esses meses.
Ainda nas torres de Myth Drannor, a killorien Mari'bel tentava manter sua mente concentrada, mesmo com o barulheira do bardo Sérgio Reis, do monge Braad, da barda Volcana Boaventura e os outros na outra torre. Ela buscou comungar com as forças da natureza que a habitaram e partiram para o reino de Silvanus, deus da natureza.
- Descanse seu coração, aspecto dos antigos. Seu jovem deus e de todas as fadas está à salvo, assim como as boas energias da Primeira Floresta, a Grande Floresta. Com o tempo, o zelo do Pai e a candura da Mãe terminarão de recuperá-lo da enfermidade e ele pisará o solo, respirará o ar e beberá da água viva. Sois abençoada por seu papel e sua determinação em tudo isso. As sementes em ti germinarão em breve - soou a voz de Silvanus durante um curto transe, como os que teve enquanto as forças a integraram à floresta de Cormanthor que cercam Myth Drannor.
O transe dela foi interrompido pela mensagem mágica que chegou:
- Filha da natureza, sou Heráclito de Cormanthor, druida dessa floresta. Minhas palavras vão com o vento guiado por Silvanus que nos diz que és quem pode nos salvar...
- Venha para Myth Drannor, Heráclito de Cormanthor. Traga o teu círculo druídico, pois Myth Drannor e seu mythal vivem novamente...
- Discutiremos isso com todos acomodados, caro escolhido do deus da magia, Derdeil Óphodda - respondeu a rainha Amídala Ancalimon.
- Claro, majestade - concordou Derdeil com uma leve reverência.
- Vamos, minha rainha. Temos que cuidar do povo de Bibiana - disse Kaliandra Boaventura indicando a todos os elfos que deviam segui-las, mas foi um casal que se destacou da multidão quem falou.
- Com licença, vossa alteza, mas desejo saber se já existem acomodações dignas de nos receber.. - falou a mulher.
- Não me parece que haja responsáveis à altura de tomar tais providências por aqui... - Kaliandra reconheceu que eram Leia Organa e Shei Long os que falavam com a arrogância costumeira.
- As acomodações serão providenciadas para todos os elfos, mestre arqueiro arcano Long... - respondeu a rainha.
- Todos receberão a benção de Bibiana, boa comida e boas camas, nobres... - completou Kaliandra.
- Nos bons tempos de Corellon Larethian não tínhamos de lidar com a inexperiência divina.. - alfinetou Leia Organa.
- Os tempos são outros.. - retrucou Derdeil.
- Tristes tempos em que a magia jaz nas mãos de alguém tão desprezível com Rhange Hesysthance... - provocou Shei Long fustigando Derdeil com os olhos.
- Esse almofadinha elitista carola lutou junto com seu deus e Azrael Sulivan no passado... - avisou a barda Volcana Boaventura pelo elo mental.
- Eu sei que o nobre Shei Long teve a honra de combater ao lado do grande Rhange Hesysthance e sabe que ele lida com o poder como ninguém! - Afirmou decidido o humano de Halruaa.
- Rhange Hesysthance é a verdade e o caminho e Derdeil é seu profeta! - Gritou Edgar, o corvo.
- Eu combati ao lado do grande Azrael Sulivan. O arquimago apenas nos traiu e envergonhou! - Retrucou Shei Long.
- Não temos assuntos com humanos.. - desdenhou Leia seguindo com o marido.
Kaliandra Boaventura não tinha boas lembranças do casal de nobres, mas sabia que tinham muita influência na corte. Ela ficou feliz quando reconheceu uma voz amiga que se destacou da multidão:
- Kaliandra! Kaliandra Boaventura! De embaixadora a capitã e salvadora do povo élfico... - disse uma mulher que vinha trazendo um belo arco.
- Trina Blair - regozijou-se Kaliandra indo abraçar a antiga amiga e iniciada da ordem do arco. - Que bom ver um rosto amigo... - elas se abraçaram, enquanto os milhares de elfos convergiam para as torres.
- Fico feliz em vê-la também, velha amiga... parece que você tem muitas histórias para contar desde que partiu de Encontro Eterno. Confesso que tenho o coração passado desde que vi o triste fim que teve a Grande Floresta, lar de meus ancestrais.
- Terei prazer em contar tudo, minha cara... inclusive da tristeza do que houve por lá, mas devo me apressar e chegar antes nas torres para que tudo esteja preparado como se deve... - disse Boaventura partindo na frente, pois tinha que levantar seu amado Cameron Noites e prepará-lo para como quer que a rainha quisesse julgá-lo.
Lá, como de praxe entre os elfos, os membros das famílias mais importantes foram acomodados nos melhores aposentos das torres, mobiliados pela poderosa magia de Heldalel Evalandriel. Os demais foram acomodados nas construções mais próximas. Kaliandra cuidou disso, depois de deixar Cameron em segurança, já que ele permanecia fraco, mesmo com as magias. Por isso, foi a última a ir descansar.
Rufus Lightfoot manteve a vigília esperando o retorno dos hobbits.
Mari'bel sonhou com a Grande Floresta bela e regenerada, como se nunca tivesse sido devastada. Quando despertou quatro horas depois, foi para sul aguardar junto a Rufus, sentindo a esperança crescer em seu coração.
Derdeil Óphoda sonhou com a um grande círculo de luz:
- Derdeil Óphodda, é chegada a hora de seu retorno ao lar, filho de Halruaa. O Mago maior Zalathorm, o visionário, já não mais governa tendo caído, seu poder se faz necessário em nome da nação.
- Ainda não posso voltar.. tenho que terminar meus deveres para com o deus da magia ant... - mas o pensamento se perdeu ao ver a grande cidade de Halaraa, capital do maior reino mágico de Faerun em ruínas.
Kaliandra Boaventura sonhou com vastas planícies cinzentas. Vagou perdida sem ter qualquer referência que fosse até que um espectro cinzento com uma máscara espelhada no lugar do rosto. Ao se dirigir a ele, ela percebeu uma linda elfa presa em teias de aranha. A elfa foi degolada por uma aranha enorme e seu sangue tingiu a teia de vermelho.
Quando Derdeil Óphodda se levantou, manteve seu lacaio drow ali em segurança, temendo principalmente que os nobres elfos arrogantes pudessem agir contra ele. O escolhido do deus da magia foi logo reunir-se ao clérigo de Bibiana Zoristro Glorien, que deveria levantar a todos os vitimados pelas energias nefastas que assolaram a cidade no dia anterior. Com suas magias preparadas, Derdeil Óphodda, mago e clérigo de Halruaa, derramou todo o poder do fogomágico. Isso engrandeceu o poder do clérigo, fez a magia que o elfo ainda trazia em si aflorar, mesmo com o silêncio de Bibiana. A força encantada passou de um indivíduo élfico ao outro, expurgando a maldição de seus corpos e abençoando-os para a vida novamente. Não restou sinal que fosse do mal que chegara com a energia da Grande Floresta. Até mesmo a jovem meio-elfa Lilinea se levantou.
- Esse poder... eu nunca vi nada igual.. - disse Zoristro Glorien caindo de joelhos diante de Derdeil. - Esse é o verdadeiro deus... Rhange Hesysthance é a verdade... e Derdeil Óphodda é seu profeta...
- Levante-se, servo da magia. Nós somos apenas os instrumentos dessa vontade incontornável.. venha comigo, pois temos de dar conta do ritual para ligar todos ao mythal e fazer o poder de Myth Drannor crescer, em nome do grande Rhange Hesysthance! - Disse Derdeil triunfante e mostrando-se a todos os ali presentes, que não podiam conter o entusiasmo.
- Pois eu creio que devamos aguardar a rainha.. e Kaliandra.. - interviu o mago Heldalel Evalandriel deixando claro sua desconfiança.
- Kaliandra precisa participar disso... - concordou Trina Blair.
- Não há tempo a perder.. - disse Derdeil.
- Você não decide as coisas aqui, humano.. - proclamou Shei Long.
- Eu irei chamá-las.. - disse o mago subindo a torre.
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