20 de set. de 2014

Enquanto Freud explica, Shun Iksea dá os toques...


- Onde está a pedra, pequenino? – Quis saber o elfo Açougueiro pressionando Rufus Lightfoot, que ele agarrara antes que Ra’s Al Ghul completasse o teleporte.
- Que pedra? – Desconversou Rufus.
- A gema vermelha com o espírito aprisionado... eu vi você falar para a elfa Kaliandra que tinha encontrado a pedra!
- Ah, a pedra... xiiiii... pois é... ficou com a Kaliandra...
- Não tente me enganar, hobbit! – Disse o Açougueiro cerrando os punhos.
- Se você tivesse perguntado antes de sair de lá... – Rufus reconhecia o aposento onde estavam, que ficava no primeiro andar da primeira torre do palácio, onde havia a plataforma de levitação em que foram atacados pelo fantasma do beholder.
- Teremos de voltar e encontra-los então... – disse o elfo visivelmente contrariado.
Eles tomaram o caminho da plataforma, carregando Rufus e Azuzu com eles. Odisseu de Varlan era o mais adiantado deles e foi o primeiro a subir na plataforma, sendo seguido pelos demais. Ele também foi o primeiro a ser atacado pelo beholder espectral quando chegou ao terceiro andar. Os demais se refugiaram no segundo andar, justamente quando começaram a sentir suas energias vitais serem drenadas pelo campo de energia negativa épico que envolvia o castelo. Odisseu tentou escapar, assim como Açougueiro e Ra's Al Ghul.
Rufus aproveitou para se esconder com Azuzu, enquanto o trio combatia a aberração morta-viva, que lançava seus raios contra o clérigo de Halruaa e o elfo entre o abrir e fechar do olho de antimagia. Isso acabou revelando que o feiticeiro Ghul não era humano, pois sua pele era estranhamente azul. Foi ele quem conseguiu resgatar os dois companheiros, pois Odisseu foi paralisado e Açougueiro estava sob o efeito de uma lentidão, levando ambos para além do alcance do beholder. O hobbit e seu cão aproveitaram para seguí-los escondidos, tendo tempo de ouvir a discussão.
- Não temos condições de ficar aqui! - Protestou Ra's.
- Eu preciso da pedra! Partir sem ela não é opção! - Gritou Açougueiro.
- Eu estou partindo! Não vou morrer por essa maldita pedra!
- Nós temos um acordo! - Disse o elfo com dedo em riste. - Lembre-se bem disso.. você me deve!
Sem mais discutir, o feiticeiro tentou um novo teleporte ao qual Rufus se juntou. Surgiram diante do palácio, onde encontraram Cameron Noites quase já se forças, que tentava carregar sozinho os corpos de Kaliandra e Mari’bel, além do corvo Edgar. O elfo trovador da espada retirara-os do palácio com sua última porta dimensional, mas isso não os levara além do campo de energia negativa, que já derrubara as duas acompanhantes e o familiar. 
O misterioso Ra’s Al Ghoul usou de seu última magia de teleportação, que dessa vez salvou a todos. Eles surgiram no extremo da caverna, onde haviam encontrado os Escondidos, sentindo que ali estavam além do alcance do campo de energia negativa, muito embora não além das limitações sobre a magia. Rufus aproveitou para adentrar no esconderijo dos drows refugiados, mas encontrou lá apenas uns restos de moedas e gemas-de-sangue.

Derdeil Óphodda, Braad e Sérgio Reis haviam sido resgatados por Shun Iksea, escolhido de Sune, a deusa do amor e da beleza, que surgira com seu bolsão dimensional. Ele carregou os três para lá e se dispôs a recuperar parte de suas energias vitais através de seus métodos pouco ortodoxos. Shun virou o bardo de bruços, incomodado com o pequeno instrumento do músico, e passou a invadi-lo com sua poesia mais melodiosa, fazendo Sérgio dançar o miudinho, enquanto dedilhava sua energia vital. Verdadeira felicidade, o paladino de Sune encontrou ao debruçar-se sobre a longa firmeza do monge Braad, que tentava burlar aquilo com muita bebedeira, enquanto Shun Iksea galgava o máximo das forças morenas e tatuadas do mestre da bebedeira. Finalmente, Derdeil parecia mais conformado que seus camaradas com os métodos lascivos de Shun Iksea, entendendo aquilo como necessário à sobrevivência de todos ali e percebendo que as barreiras entre homo e heterossexualidade eram tão limitadoras quanto as fronteiras entre bem e mal.
Retornando ao plano material, ainda próximos do castelo, mas já do lado de fora das torres, eles voaram agarrados a Shun Iksea. Derdeil enviou uma mensagem mágica, recebendo a resposta de Rufus sobre onde estavam.

Eles foram ao encontro dos demais, justamente no momento em que estes foram confrontados com o surgimento dos fantasmas atormentados de Chuck Norris e Swam Eagle. O fantasma do druida, no entanto, lutou contra o controle inimigo e conseguiu escapar com os outros para o refúgio no plano de Shun Iksea. Já Swam, que gritava como um banshee, foi abandonada à própria sorte.
Uma vez lá, eles usaram da água do mythal para recuperar Odisseu de Varlan, que pode invocar seus poderes para recuperar alguns deles, como Mari'bel e Kaliandra, mas que ainda precisava de descanso para recuperar a todos. O Açougueiro, por sua vez, insistia na devolução da pedra:
- Onde está a pedra, Kaliandra?
- Que pedra? - Disse a elfa sem nada entender.
- O hobbit me disse que a entregou a você... eu preciso libertar a alma de uma poderosa sacerdotisa que se encontra aprisionada nela - o Açougueiro disse em um tom que mostrou a todos como era justa sua busca.
- Não adianta romper a pedra aqui no plano de Shun Iksea, pois a alma não encontrará o caminho para o corpo - alertou Derdeil com seus conhecimentos mágicos. - Deixe-me ver a pedra, Rufus...
- Xiiii... - desconversou o hobbit.
- Você tem minha palavra que a devolverei a você... - completou o mago, recebendo a pedra e analisando-a. - É prudente que espere nosso retorno para o plano material, quando todos estivermos descansados e recuperados.
- Quem é essa sacerdotisa? - Quis saber Mari'bel.
- Seu nome é Sarya Dlardrageth - disse o Açougueiro.
- Dlardrageth? - Ponderou Sérgio Reis coçando as ancas latejantes. - Mas esse é o nome da líder dos fey'ri... uma família de elfos que se misturou com demônios.
- Isso não importa mais... - disse Açougueiro revelando sua verdadeira forma, deixando crescer os chifres, as asas e o rabo de demônio. - Me deem logo a pedra.
- No.. nada desso.. - Braad entrou na frente dele.
- Vocês são como os malditos drows! - Disse Mari'bel sacando o arco.
- Nós servimos a Bibiana... somos todos um agora! - Disse o elfo demoníaco fazendo o sinal da senhora dos elfos, o que conteve o ímpeto de todos.
- Não briguem.. não briguem... que tal uma partidinha de cubol pra relaxar... - disse Shun Iksea despertando.
No entanto, o paladino da beleza recebeu uma mensagem de sua deusa Sune, que convocou seu preferido e o mandou seguir para o Vale das Névoas na Terra dos Vales ao redor da floresta de Cormanthor. Ela o alertou de que lá os ataques dos drows e dos mortos-vivos começavam a causar grande mal e ele devia defender os seguidores do amor e da beleza.
Sem mais demora, eles retornaram ao plano material, mesmo que Derdeil e Odisseu ainda precisassem terminar de descansar. Shun Iksea partiu na frente, deixando-os guardando os companheiro ainda naquele fim de manhã. O Açougueiro mais uma vez reclamou a gema de Rufus:
- Dê-me a pedra, Rufus!
- Xiiii... esqueci lá no plano do Shun... - desconversou o hobbit montando em Azuzu.
- Eu estou farto de suas brincadeiras!!! - Apelou o elfo demoníaco, mas mais uma vez os camaradas de Rufus se colocaram entre os dois.
- Espere até encontrarmos com Shun e você terá a pedra - disse Mari'bel.
- Beba un poco e fica traquilo, hombre.. - disse Braad abrindo um dos tonéis que enchera do líquido mágico do plano de Shun Iksea.
- Acalme-se, Açougueiro - interviu Ra's Al Ghul. - Que diferença fará isso agora?
Mesmo contrariado, Açougueiro aceitou e quando os dois clérigos de Halruaa acordaram, eles seguiram. Foram para a cidade do Forte de Asheben, onde foram impedidos de entrar, mas Shun Iksea surgiu e os levou para dentro até o belíssimo templo de Sune. Lá haviam três belas clérigas, umas das quais auxiliou Odisseu a ressuscitar Chuck Norris. A líder delas, no entanto, Giselle Bundchen, recebeu de Rufus a gema e considerou que seria mais sábio entregá-la ao sacerdote de Bibiana da cidade e não a Açougueiro, o que o deixou ainda mais contrariado com o hobbit. Ainda assim, ela lembrou que logo chegaria a noite e, com ela, chegariam os mortos-vivos.


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