Sem perder mais tempo, depois que os embaixadores de Invernunca partiram, Daphne se transformou em em uma enorme águia dourada de penas de aço. Embora Ryolith Fox ainda ansiasse por resgatar sua amada Palas Atenas e John Falkiner ainda estivesse desacordado, ambos não poderiam fazer muito ali sozinhos. Todos os demais subiram nas costas da druida das muitas formas levando os servos dos deuses com eles e ela voou para o norte. Sirius Black repetia as palavras de sua amada deusa Selune de que deviam garantir a segurança do mythal. Ehtur e as guardiãs da natureza, no entanto, ainda lembravam-se da ideia de Timothy Hunter de levar o mythal para a Grande Floresta.
Muito longe dali em direção ao norte, aos pés do picos gelados da Grande Geleira, Rock dos Lobos lutava contra a neve para avançar em busca dos bárbaros perdidos. Ele buscava o lugar que vira em seus sonhos. Sacrificou mais de sua constituição para invocar magias que aumentassem sua resistência e movimentação, mas mesmo assim a tarefa era árdua. Apenas a vastidão branca sem fim era o que ele encontrava.
Após horas de vôo, os heróis deixaram o mar verdejante da floresta pelos campos cinzentos dos vales do norte. Assim como as montnhas Nether ficavam cada vez mais próximas, o rio Rauvin surgia magestoso descendo rumo ao vasto Pântano Perpétuo à oeste. No caminho do rio estava Everlund, já toda reconstruída. Haviam barcos no porto, carroças das estradas e trabalhadores no campo, mostrando que ali a vida tentava voltar ao normal.
Seguindo por mais um par de horas, os heróis avistaram as ruínas de Lua Prateada aos pés da antiga cordilheira. Mesmo arruinada e despovoada, a cidade sagrada de Selune mantinha sua beleza alva e élfica. Era como uma estrela cintilante entre os campos e as rochas.
Ainda do alto, Daphne e Ehtur perceberam as formas gasosas e róseas que rondavam os prédios em ruínas da cidade. Nishruus, seres extraplanares que se alimentam de magia em suas mais diferentes formas. Grandes como nenhum outro que tivessem notícia. Estavam se alimentando da energia abundante do mythal nesse novo tempo da magia. As criaturas vagavam a esmo, mas próximas às ruínas do palácio de Alustriel, onde repousava o mythal da lua. Ryolith Fox invocou sua montaria sagrada e passou a voar em separado dos demais.
Resolveram se aproximar diretamente, mas antes de se aproximarem do palácio, eles esconderam seus itens mágicos nas bolsas mágicas. Concentraram-se e sacrificaram seu vigor para ativar as bolsas e garantir a segurança de Gungnir, Avenger, Negativa, Dikaioo Ensis e Evorel, além das demais armas. Só então desceram, com armas sem magia para não dar ainda mais poder aos inimigos. Porém, bastou chegarem na área da cidade, para que a mais próxima das criaturas se movesse na direção deles. Sem perder tempo, Ehtur Telcontar saltou em carga e investiu contra o monstro. Ele viu que a maior parte do golpe esvaiu-se na forma gasosa do nishruu. Ainda assim, ele ficou na entrada do caminho para o palácio combatendo um, enquanto seus aliados avançaram. Concentrado na batalha, Ehtur não vira que mais dois nishruus se aproximavam, enquanto o primeiro já roubava o magia de sua bolsa.
Daphne, Jacke, Úrsula, Sirius, Falkiner e Ryolith venceram as escadas, mas encontraram as poderosas portas que guardavam o salão do mythal ainda fechadas. O santo paladino de Tyr cuidou de rompê-las dando-lhes a visão do grande salão subterrâneo. Com paredes espelhadas e circular, o salão do mythal parecia transbordar as forças mágias do artefato. O mythal era uma grande esfera prateada de mais de dois metros de diâmetro, que flutuava no centro do salão acima de uma pequenina piscina de água. Porém, envolvendo a esfera, havia o maior dos nishruus. Este era enorme, ocupando a maior parte do aposento.
Sem exitar, os servos de Selune correram em direção ao artefato sagrado consagrado à senhora da esperança. Úrsula percebeu a magia de sua bolsa ser sugada pelo nishruu, assim como as garras e presas gasosas ferirem seu corpo, mas tocou o mythal. Sirius Black, o escolhido de Selune, não teve a mesma sorte. A criatura passou a absorver a magia da lua do escolhido de Selune, que tombou catatônico. O nishruu parecia aumentar ainda mais com aquela nova fonte de energia. A criatura avançou ainda mantendo o mythal em seu interior, enquanto Ryolith aguardava montado em seu cavalo alado. Jacke e Daphne não tinham certeza do que fazer diante do destino de Sirius e tendo Falkiner caído com elas.
Ainda longe dali, após horas vagando pela imensidão gélida sem fim, Rock dos Lobos tocava o amuleto psionico que Marissa lhe dera. Talvez não fosse tão fácil quanto pensou reunir os que restavam de seu povo. Ele sacrificou mais de seu vigor para enviar uma mensagem mágica:
- Aqui é Rock da tribo dos Lobos, aquele que irá guiá-los e recuperar os povos bárbaros! Sigam para a Grande Floresta!
- Ó grande enviado de Ughtar, eu sou Groo, filho de Gruu, neto de Grou, que era filho de Gruo, da tribo dos... - o mau uso da resposta a fez findar antes de completa.
Assim sendo, aquele que era a chave dos planos escolheu teleportar-se para junto de seus camaradas na Grande Floresta.
O terrível nishruu não exitou e avançou sobre Daphne e Jacke atraído pela magia no corpo de John Falkiner. No interior da forma enevoada do monstro, a mente de Úrsula sucumbiu ao controle da criatura. A gnoma sacrificava sua vitalidade para ativar os itens mágicos e alimentar o nishruu. Daphne transformou-se em uma enorme hidra, mas seus ataques foram de pouca eficácia. Ryolith Fox partiu em carga levando Jacke consigo, enquanto o nishruu passou a sugar toda a energia mágica élfica que havia no corpo inerte de John Falkiner, escolhido de Bibiana. Daphne tentou uma nova forma, transmutando-se em um observador. No entanto, viu que o nishruu absorvia a magia de seu olho central antes que o campo de antimagia se formasse.
No entanto, o santo paladino certificou-se de que a gnoma Jacke Linne seria capaz de teleportar-se com o mythal agora que a criatura o deixara e estava mais concentrada nos corpos de Sirius Black e John Falkiner. Deixando-a no artefato, Ryolith Fox sacrificou seu vigor, conjurou uma magia e atraiu a atenção do monstro para si, que o encurralou. Daphne aproveitou a deixa para mudar novamente para a enorme águia de penas de aço e carregar o mythal dali com sua aliada gnoma. Assim que ganharam o céu, a druida das muitas formas mudou para uma fênix e partiu para o plano astral.
Foi quando Rock dos Lobos surgiu como resultado de seu teleporte. Ele viu seus aliados dominados ou caídos. Quando percebeu a ameaça real do nishruu, este apenas atravessou-o, sugando a magia de seu machado Ruidoso. Ryolith Fox resistiu enquanto pode com sua graça divina, mas também acabara sucumbindo ao domínio mental do nishruu. A enorme criatura, por sua vez, deixou o subterrâneo e flutuou até o ponto em que Daphne e o mythal desapareceram para o outro plano. Abaixo, os demais nishruus aglomeravam-se, mas sem deixar o nível do chão.
Ehtur Telcontar avistou tudo e pode retirar-se, já que estava cercado por outros nishruus, tendo a muito custo ferido um deles. O guardião sabia que o mythal fora tirado de lá e esperava uma chance de ver o que se dera com seus colegas. Ele refugiou-se nas árvores próximas da cidade e esperou. Já Rock dos Lobos aproveitou que o monstro partira para reunir seus aliados. Como estava fechada a escadaria pelos nishruus no topo, sacrificou o que lhe restava de vigor para teleportar todos dali. O feiticeiro bárbaro buscou a segurança da Grande Floresta.
Tão logo chegou ao plano astral, onde as leis do espaço e do tempo não se aplicavam, Daphne sentiu as forças mágicas que ali fluíam sem as restrições da teia mágica de Faerun. Alguns efretis, que acreditava, poder apoderar-se do mythal tentaram intimidá-la, mas bastou que a druida se tornasse uma criohidra para dar conta do problema.
Ela tornou à forma de fênix, usando os poderes extraordinários da criatura mágica para retornar à Faerun. Ao voltar para o plano material, ela surgiu acima da Grande Floresta como esperava, mas muitas milhas ao sul. Estava no interior de uma colossal caverna, cujo calor escaldante logo lhe indicou tratar-se de um vulcão. Daphne da Grande Floresta soube que estava na Montanha da Estrela, mais precisamente em um covil de dragão colossal e quente.
- Seja bem vinda, Daphne da Grande Floresta, ainda que não tenha sido convidada ao meu lar - disse a voz retumbante e estrondosa do dragão Imvaernarho, mais conhecido como Inferno pelos não-dragões.
- Perdoe-me pela chegada abrupta e sem aviso, ó mais antigo e poderoso dentre todos os dragões, Imvaernarho - disse Daphne pondo-se de joelhos, usando sua máxima diplomacia, enquanto tornava à forma normal. Jacke não conseguia articular nenhuma sílaba, pois sua mente não julgava possível a uma dragão ser tão grande, a menos que estivesse vivo há muitos milênios.
- Vejo que resgataram o mythal de Lua Prateada. Ele deve garantir a segurança de minha grande floresta, druida. Você e seus guardiões da natureza devem garantir que a magia flua por esse ecossistema. Não deve aqui se pagar o preço vil cobrado por esse novo deus da magia - o desprezo era nítido no dracônico clássico dele.
- Este é nosso intento, magnânimo Imvaernarho. Pretendemos garantir a segurança do mythal e o equilíbrio nesse tempo desequilibrado. Também não corroboramos com o novo deus da magia e suas tramóias!
- Eu servi a Mystrul, a verdadeira divindade da magia e sei que este aventureiro inconsequente não sabe o que lhe espera ao tentar ser maior que o jogo. Ainda assim, é hora de mover as peças para posições estratégicas antes que todas as forças se apresentem. Venha comigo.. eu irei levá-las até a Árvore do Grande Pai!
Mesmo para Daphne, aquela foi uma experiência única. Nas costas de Imvaernarho, ela cruzou o céu rápida como um raio. O dragão colossal percorria em minutos o que ela demoraria horas, mesmo em sua forma mais veloz. Ela sentia sob seus dedos as escamas milenares daquele ser mais antigo que muitos dos deuses. Ela sentia sua forma e até mesmo sua essência, enquanto percebia que como druida das muitas formas estava pronta para o desafio final, transformar-se em dragoa, em uma dragoa colossal.
Quando chegaram ao destino, os druidas e elfos lá embaixo se espantaram, mas ela logo os tranquilizou com a visão do mythal. Imvaernarho partiu sem demora deixando para a druida as explicações. Ela preferiu transformar-se em um espírito da natureza, enviando telepaticamente pelas árvores a notícia de sua chegada para seus amigos.
Ehtur recebeu a mensagem e voltou às ruínas da cidade de Lua Prateada. Ele cuidou de esperar que o nishruu ferido se afastasse dos demais. Só então o atacou e destruiu, fazendo da lança que empunhava um item mágico. Os outros ouviram a notícia e voaram rumo ao norte, já sobre a Grande Floresta. Apenas os escolhidos dos deuses, catatônicos, como se mortos, nada escutaram.
Ainda longe dali, após horas vagando pela imensidão gélida sem fim, Rock dos Lobos tocava o amuleto psionico que Marissa lhe dera. Talvez não fosse tão fácil quanto pensou reunir os que restavam de seu povo. Ele sacrificou mais de seu vigor para enviar uma mensagem mágica:
- Aqui é Rock da tribo dos Lobos, aquele que irá guiá-los e recuperar os povos bárbaros! Sigam para a Grande Floresta!
- Ó grande enviado de Ughtar, eu sou Groo, filho de Gruu, neto de Grou, que era filho de Gruo, da tribo dos... - o mau uso da resposta a fez findar antes de completa.
Assim sendo, aquele que era a chave dos planos escolheu teleportar-se para junto de seus camaradas na Grande Floresta.
O terrível nishruu não exitou e avançou sobre Daphne e Jacke atraído pela magia no corpo de John Falkiner. No interior da forma enevoada do monstro, a mente de Úrsula sucumbiu ao controle da criatura. A gnoma sacrificava sua vitalidade para ativar os itens mágicos e alimentar o nishruu. Daphne transformou-se em uma enorme hidra, mas seus ataques foram de pouca eficácia. Ryolith Fox partiu em carga levando Jacke consigo, enquanto o nishruu passou a sugar toda a energia mágica élfica que havia no corpo inerte de John Falkiner, escolhido de Bibiana. Daphne tentou uma nova forma, transmutando-se em um observador. No entanto, viu que o nishruu absorvia a magia de seu olho central antes que o campo de antimagia se formasse.
No entanto, o santo paladino certificou-se de que a gnoma Jacke Linne seria capaz de teleportar-se com o mythal agora que a criatura o deixara e estava mais concentrada nos corpos de Sirius Black e John Falkiner. Deixando-a no artefato, Ryolith Fox sacrificou seu vigor, conjurou uma magia e atraiu a atenção do monstro para si, que o encurralou. Daphne aproveitou a deixa para mudar novamente para a enorme águia de penas de aço e carregar o mythal dali com sua aliada gnoma. Assim que ganharam o céu, a druida das muitas formas mudou para uma fênix e partiu para o plano astral.
Foi quando Rock dos Lobos surgiu como resultado de seu teleporte. Ele viu seus aliados dominados ou caídos. Quando percebeu a ameaça real do nishruu, este apenas atravessou-o, sugando a magia de seu machado Ruidoso. Ryolith Fox resistiu enquanto pode com sua graça divina, mas também acabara sucumbindo ao domínio mental do nishruu. A enorme criatura, por sua vez, deixou o subterrâneo e flutuou até o ponto em que Daphne e o mythal desapareceram para o outro plano. Abaixo, os demais nishruus aglomeravam-se, mas sem deixar o nível do chão.
Ehtur Telcontar avistou tudo e pode retirar-se, já que estava cercado por outros nishruus, tendo a muito custo ferido um deles. O guardião sabia que o mythal fora tirado de lá e esperava uma chance de ver o que se dera com seus colegas. Ele refugiou-se nas árvores próximas da cidade e esperou. Já Rock dos Lobos aproveitou que o monstro partira para reunir seus aliados. Como estava fechada a escadaria pelos nishruus no topo, sacrificou o que lhe restava de vigor para teleportar todos dali. O feiticeiro bárbaro buscou a segurança da Grande Floresta.
Tão logo chegou ao plano astral, onde as leis do espaço e do tempo não se aplicavam, Daphne sentiu as forças mágicas que ali fluíam sem as restrições da teia mágica de Faerun. Alguns efretis, que acreditava, poder apoderar-se do mythal tentaram intimidá-la, mas bastou que a druida se tornasse uma criohidra para dar conta do problema.
Ela tornou à forma de fênix, usando os poderes extraordinários da criatura mágica para retornar à Faerun. Ao voltar para o plano material, ela surgiu acima da Grande Floresta como esperava, mas muitas milhas ao sul. Estava no interior de uma colossal caverna, cujo calor escaldante logo lhe indicou tratar-se de um vulcão. Daphne da Grande Floresta soube que estava na Montanha da Estrela, mais precisamente em um covil de dragão colossal e quente.
- Seja bem vinda, Daphne da Grande Floresta, ainda que não tenha sido convidada ao meu lar - disse a voz retumbante e estrondosa do dragão Imvaernarho, mais conhecido como Inferno pelos não-dragões.
- Perdoe-me pela chegada abrupta e sem aviso, ó mais antigo e poderoso dentre todos os dragões, Imvaernarho - disse Daphne pondo-se de joelhos, usando sua máxima diplomacia, enquanto tornava à forma normal. Jacke não conseguia articular nenhuma sílaba, pois sua mente não julgava possível a uma dragão ser tão grande, a menos que estivesse vivo há muitos milênios.
- Vejo que resgataram o mythal de Lua Prateada. Ele deve garantir a segurança de minha grande floresta, druida. Você e seus guardiões da natureza devem garantir que a magia flua por esse ecossistema. Não deve aqui se pagar o preço vil cobrado por esse novo deus da magia - o desprezo era nítido no dracônico clássico dele.
- Este é nosso intento, magnânimo Imvaernarho. Pretendemos garantir a segurança do mythal e o equilíbrio nesse tempo desequilibrado. Também não corroboramos com o novo deus da magia e suas tramóias!
- Eu servi a Mystrul, a verdadeira divindade da magia e sei que este aventureiro inconsequente não sabe o que lhe espera ao tentar ser maior que o jogo. Ainda assim, é hora de mover as peças para posições estratégicas antes que todas as forças se apresentem. Venha comigo.. eu irei levá-las até a Árvore do Grande Pai!
Mesmo para Daphne, aquela foi uma experiência única. Nas costas de Imvaernarho, ela cruzou o céu rápida como um raio. O dragão colossal percorria em minutos o que ela demoraria horas, mesmo em sua forma mais veloz. Ela sentia sob seus dedos as escamas milenares daquele ser mais antigo que muitos dos deuses. Ela sentia sua forma e até mesmo sua essência, enquanto percebia que como druida das muitas formas estava pronta para o desafio final, transformar-se em dragoa, em uma dragoa colossal.
Quando chegaram ao destino, os druidas e elfos lá embaixo se espantaram, mas ela logo os tranquilizou com a visão do mythal. Imvaernarho partiu sem demora deixando para a druida as explicações. Ela preferiu transformar-se em um espírito da natureza, enviando telepaticamente pelas árvores a notícia de sua chegada para seus amigos.
Ehtur recebeu a mensagem e voltou às ruínas da cidade de Lua Prateada. Ele cuidou de esperar que o nishruu ferido se afastasse dos demais. Só então o atacou e destruiu, fazendo da lança que empunhava um item mágico. Os outros ouviram a notícia e voaram rumo ao norte, já sobre a Grande Floresta. Apenas os escolhidos dos deuses, catatônicos, como se mortos, nada escutaram.
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