21 de dez. de 2013

Szaas Tam, o novo deus da magia ou Ações do STJD


As garras e presas do Tarrasque caíram sobre Ryolith Fox, o santo paladino de Tyr, como uma avalanche. Nem mesmo o servo do deus da justiça foi capaz de suportar tudo aquilo e tombou massacrado entre os dentes do monstro. Os demais percebiam a impotência deles diante de tal ameaça. A matadora de magos Úrsula Suarzineguer perdeu de vez a coragem com a queda do paladino e recuou, escondendo-se atrás de Ehtur Telcontar, que também afastava-se sem saber o que fazer. Rock dos Lobos tentou usar seus poderes de chave dos planos para excomungar o tarrasque de volta para o plano material, mas foi como uma gota tentar apagar o sol. John Falkiner tentou esconjurá-lo como faria com um fantasma, mas a criatura resistiu facilmente. Usou, então, de suas bençãos aceleradas para implodí-lo, mas novamente o tarrasque resistiu. Restou a Rock ordenar que seu familiar dragão usasse seus poderes celestiais para envolver a todos com uma aura sagrada.
Um dos guerreiros de Thay atirou-se em carga sobre o lich Szaas Tam, atingindo-o, mas sem grandes consequências. No entanto, Sirius Black, que chegara com Selune, aproveitou para mesclar-se com as sombras e atingir o zulkir da necromancia pelas costas. Aceitando a dor de verter o próprio sangue em sacrifício, o ladino conseguiu trazer enorme dor ao arquimago morto-vivo de Thay. Percebeu, no entanto, que parte da magia de seus itens foi absorvida. Sem esperar para ver o resultado, Sirius mesclou-se novamente e reapareceu ao lado da deusa da lua, sentindo além da dor auto-infligida, as queimaduras do fogomágico que envolvia o lich. Furioso e farto daqueles insetos, Szaas Tam despejou o fogomágico sobre o guerreiro que restara diante dele, fazendo com que não restassem nem as cinzas, como se dera com o zulkir Yaphyll. Ele conjurou uma épica necromancia, mas o zulkir da abjuração Lallara o impediu com um grande dispelar magia. 
Todos os outros magos e arquimagos vermelhos de Thay presentes, pouco mais de uma dezena que não havia fugido, fulminaram o lich traidor e golpista com dezenas de magias. Todos agiam agora que sabiam que mais que intenções imperialistas ou crueldade amoral, sua motivação era guiada por interesses particulares e pessoais, onde todos perderiam suas preciosas existências. Desintegrar, grandes gritos, gaiolas de força, raios prismáticos, explosões solares, implosões e aprisionamentos foram algumas das magias invocadas. Alguns efeitos até chegavam a acontecer, mas mesmo estes acabavam absorvidos pela aura de fogomágico do mais antigo dentre os magos vermelhos. Assim como o fogomágico que crescia e queimava. Szaas Tam apenas parecia cada vez mais destrutivo e furioso.
Selune não tardou mais e lançou sua benção sobre os heróis e os de bom coração, aumentando seus poderes, em especial de Sirius Black, seu escolhido, e de Úrsula Suarzineguer, cujas preces a trouxeram para cá. A deusa da lua e Senhora da Esperança também abençoou as armas mágicas que seus campeões traziam nas mãos, alçando-as com um milagre ao nível épico, após convocá-los a apoiarem-na. As bençãos atraíram a atenção dos golens ainda ativos, que partiram para cima da dama do luar e seu escolhido. O ataque psiônico do golem de cérebros foi devastador, mas a jovem deusa resistiu, enquanto o golem de ferro e o grisgol se moviam ainda.


Mesmo com a destruição do primeiro dentre os guerreiros, os demais chegaram em carga atacando o lich com toda a força e sem medo. Eram nobres da etnia mulan como os magos, ainda que talhados por outros caminhos menos gloriosos nessas terras do leste, mas não menos cruéis. Todos deixavam clara a vontade há muito reprimida de destruir o tenebroso zulkir morto-vivo. Quantos deles não teriam sido vítimas das maquinações de Szaas Tam no passado ou tinha de submeter suas vontades aos seus caprichos? Os ataques acertavam o manto vermelho do lich, partiam ossos e castigavam-no com todo o poder. Ainda assim, isso não parecia incomodá-lo realmente. Szaas Tam absorveu mais magia e fazia o fogomágico crescer ainda mais.
John Falkiner orou por uma folia divina, espalhando energia positiva que removeria a fadiga de seus aliados, bem como impediria qualquer tentativa de controle mental sobre eles. A magia afetou o tarrasque, que subitamente retornou à forma de Daphne. Ela parecia confusa e atordoada, como se um controle mental intenso houvesse sido retirado de sua mente. Isso removeu o medo do coração de Úrsula, que passou a procurar entre os magos que restavam o rosto daquele que a violara. Ehtur olhou na direção do lich e preparou sua lança, mas os magos vermelhos seguiam fustigando inutilmente o zulkir com magias e aumentando o fogomágico. Com tantas magias de nível alto em tão pouco tempo, a aura de fogomágico parecia um tsunami incontrolável, que entrou em colapso e explodiu. Todos os presentes no plano material foram fortemente afetados, sendo atirados ao chão e queimados por algo pior que o fogo ou o ácido mais forte. Os demais zulkiris pareciam nos limites de suas vitalidades. Selune resistiu como pode, enquanto Sirius esquivou-se como podia. Os golens foram desativados como se drenados do que os movia.
Ao final, nenhum sinal restava do zulkir da necromância Szaas Tam. Restava apenas uma aura residual do fogomágico.
O espaço tempo, por outro lado, rasgou-se como se a realidade fosse uma folha de papel. De lá emergiram quatro inevitáveis.
- Rock dos Lobos, você é convocado ao Tribunal Dimensional Astral dos Hiperespaço para responder por seus crimes - disse a voz mecânica do primeiro homem mecânico extra-dimensional.
- Aquela que respondia por seus crimes não mais existe e, portanto, já não o livra de sua pena - continuou outro com a mesma voz e mesmo tom. O feiticeiro bárbaro tentou argumentar como de costume, enquanto pensava numa solução para escapar.
O escolhido de Bibiana procurava pelo lich ou por seu espírito, usou um dos pergaminhos de aprisionar a alma, mas sem qualquer resultado. Voltaram, então, ao plano material e Ehtur avançou rapidamente para o corpo caído do Grisgol para pilhar os itens mágicos que compunham a criatura. Úrsula tentou orientar Daphne que ainda parecia aturdida sem entender, de cabeça baixa e com a mão sobre a testa, enquanto o corpo de Ryolith Fox seguia esparramado pelo chão.
Os magos vermelhos e sua elite guerreira ainda se recuperavam e punham-se de pé, sem esconder uma certa satisfação pela vitória. No entanto, a voz de Szaas Tam ecoando pelo salão mudou suas expressões.
- Vocês se julgam vencedores, mortais? Acreditam mesmo que seu poder pueril seria capaz de me destruir. Na verdade, vocês apenas abasteceram meu poder para que eu ascendesse ao meu lugar de direito.. como novo Deus da Magia eu posso comandar a existência como é devido - bradava a voz fria e cruel do lich, enquanto onde restava a aura do fogomágico seu corpo tomava forma novamente. Szaas Tam parecia ainda mais poderoso agora, derramando fogomágico a cada gesto. - Todos vocês cumpriram seu papel, mas já não são mais necessários. São como vermes. Pequenos vermes inúteis.
Com essas palavras, o novo deus da magia removeu a magia de todos eles. Até mesmo Selune, deusa da lua, viu-se alijada de todos os seus poderes. Tudo ali que dependia do tecido mágico de Faerun, como seus itens mágicos, seus pergaminhos, suas magias e preces, suas resistências e proteções, nada restava. Todos aqueles poderosos magos de vermelho ao redor deles eram como meros camponeses feridos agora, que fugiam como ratos de um navio. O deus lich avançou para a direção de Selune, enquanto os golens se reativavam dando mostras de que ele era o único a conservar seus poderes. Os únicos que pareciam inalterados eram os inevitáveis e seu portal.
- E você, pequena deusa, será minha mensagem para o mundo. Sinto privar sua irmã desse privilégio, mas penso que matar a deusa da esperança mostrará bem a todos como governa seu novo líder!
- Eu não temo você, Tam. A esperança não pode ser destruída!
- Isso é o que veremos.. - ele disse esticando seu indicador para fulminá-la com todo o seu poder. Até mesmo Kiriani, já que sem poderes ela pouco tinha de Selune agora, fechou os olhos pensando sobre como fora breve sua carreira como deusa. No entanto, isso não se deu. Sirius Black sem exitar pulou na frente de sua amada deusa e amante. Ele recebeu diretamente em seu peito, do lado esquerdo, todo o assalto do poder incomensurável do deus da magia. Seu corpo mortal dobrou-se e envergou como se fosse se partir ao meio, mas ao fim de tudo, o ladino restava de pé, vivo e sem ferimentos.


- Ninguém.. rela.. a mão na minha mulher.. minha deusa.. - Sirius Black falou com ódio sem saber como tinha feito aquilo.
- Você... você fez de mim um monstro... um monstro como você.. - começou a falar Daphne.
- Eu fiz você poderosa, minha criança.. - disse Szaas ainda tentando entender como aquele mortal sobrevivera ao seu poder divino. - Esmague todos.
- Não!!! - Disse Daphne transformando-se em Tarrasque novamente e partindo pra cima do deus lich com todo o seu poder de mestre das muitas formas.
Rock dos Lobos aproveitou a distração e invocou seus poderes de chave dos planos. Com fúria e concentração, ele conseguiu expulsar os inevitáveis de volta para o plano de Mecannus e fechar o portal. No entanto, Ehtur Telcontar acabou paralizado pelo grisgol. O golem psiônico obteve o mesmo com um ataque mental em Sirius Black. O golem de ferro golpeia Selune com violência. As flechas de Úrsula não tem qualquer sucesso contra o lich, mas Daphne o engole entre suas presas colossais. A satifação é mínima, pois um segundo depois, é Szaas Tam quem está de pé diante deles tendo uma mosca entre seus dedos cadavéricos.
- Nada pode me deter, tolos. Nada!!! Eu sou o poder!!! Tudo começa e termina em mim!!! Estou farto de suas tentativas de prolongar suas parcas existência patéticas. O destino da vida é terminar!!! - Novamente a energia explodiu ao redor do novo deus da magia.
Dessa vez, no entanto, um outro rasgo, muito maior, na realidade, impediu aquela energia de se propagar. Da fissura no espaço-tempo, surgiu uma quantidade maior e de maior status de inevitáveis. Rock recuou um metro e meio já pensando se teria forças para expulsar tantos. As criatura, no entanto, dessa vez, se dirigiram para Szaas Tam:
- Arquimago que Veste Vermelho Szaas Tam, zulkir da necromância da magocracia de Thay, autointitulado novo deus da magia de Abeir-Toril, você está sendo denunciado por usar seus novos poderes para impedir outras criaturas e entidades de terem acesso ao tecido mágico desse plano numa clara violação do domínio e portifólio da magia - disse o primeiro.
- Uma vez que tal falta é responsável por desvincular uma divindade de seus seguidores e suas funções, além de o acusado ser convocado a comparecer ao Superior Tribunal da Justeza Divinal para responder por suas faltas, deve ter imediatamente suspenso seus poderes e acesso ao plano de deus da magia até que as devidas providências sejam tomadas.
- Eu não reconheço qualquer autoridade acima de mim! - Protestou o deus da magia.
- Não havendo espaço, tempo ou razão para recurso, ficam assim tomados os procedimentos! - E assim como chegaram, os inevitáveis partiram. Szaas Tam parecia pela primeira vez surpreso. O fogomágico desaparecera e ele não parecia mais que um lich ancestral arquimago vermelho de Thay.
Todos sentiram suas magias e poderes voltarem, assim com as bençãos da deusa Selune. Desparalizados e reanimados, os heróis não perderam tempo e lançaram seus mais poderosos ataques contra a zulkir da necromância. Szaas Tam tentou em vão recuperar-se para resistir, mas não estava preparado para o que se seguiu. Aquelas armas épicas feriram-no como nunca tinha acontecido e foi Gungnir, a certeira, que ao final trespassou seu crânio, eliminando o mais poderoso morto-vivo que já cruzara seu caminho.
John Falkiner tomou um pergaminho e concentrou todo seu poder para aprisionar a alma do lich. Selune pediu a todos sua fé e lançou mão de mais um milagre. A alma do lich não pode resistir, acabando finalmente aprisionada na pequena gema vermelha que o escolhido de Bibiana trazia nas mãos.


- Nossa missão está cumprida aqui, Sirius, meu amado escolhido. Devemos partir...
- Não podemos recolher as lembranças primeiro, querida?
- Mas quem será o deus da magia? - Questionou Rock.
- Assuma esse poder, Selune - indicou Ehtur.
- Eu.. eu já tenho responsabilidades mais do que consigo entender, guardião. - Disse a deusa da lua esquivando-se da responsabilidade.
- Onde está Daphne? - Disse John Falkiner usando seu poder de achar o caminho para perceber que ela já estava fora da fortaleza e se afastando. 

14 de dez. de 2013

Encontro marcado



Lá estava Daphne da Grande Floresta. Finalmente eles tinham encontrado a druida, serva de todos os deuses, mas certamente não como esperavam. Ela estava exatamente na direção indicada pela magia de achar o caminho do escolhido de Bibiana.
Depois de viajarem vários dias por Thay, escondidos no plano etéreo, tendo suplantado as defesas mágicas dessa fortaleza escondidas entre os picos do centro do reino dos magos vermelhos, enfrentado todo tipo de almas atormentadas, extra-planares e seres etéreos, Ehtur Telcontar, John Falkiner, Úrsula Suarzineguer, Ryolith Fox e Rock dos Lobos viam o salão tomado por todas as figuras de destaque em Thay. Todas as atenções estavam concentradas em Szaas Tam, o lich e zulkir da necromância, cujo poder já os multilara no passado. Ao redor dele havia um forte brilho prateado. Eles reconheceram o fogomágico que um dia haviam visto em Leila Diniz. Era ele quem falava para os demais zulkiris posicionados cada qual em um flanco da mesa octogonal, sentados em grandes tronos, cada qual com suas próprias expressões de concordância ou não.
- ... magos, chegou finalmente o tempo pelo qual existo há mais de 300 anos. O motivo pelo qual nos emancipamos de Mulhorand. O motivo pelo qual bebemos na herança dos Imaskari. Chegou o tempo em que o mundo dobrar-se-á de joelhos ante o verdadeiro poder. Não é mais um reino que serve aos Magos Marcados Pelo Vermelho, mas sim todas as terras ao leste, oeste, sul e norte. O destino inevitável do poder  supremo subjugando a fraqueza concretizou-se e, hoje, estamos aqui reunidos para celebrar nossa conquista. Vocês, concidadãos, sào todos, de algum modo, artífices dessa construção. Cada um aqui  que açoitou seus escravos, fustigou nossos inimigos, envenenou as resistências ou financiou nossas conquistas comerciais. Agora, escolhidos da magia, sois verdadeiros senhores desse mundo. Caros magos, o Vermelho é pouco para marcar tal ascenção. Os Magos Marcados Pelo Vermelho estão acima até mesmo dos deuses. Sois os instauradores de uma nova ordem à vossa imagem e semelhança.
Daphne estava posicionada alguns passos atrás de Szaas Tam, assim como outra mulher, que eles reconheceram como Siath Led Ocaith. Daphne não estava amarrada ou presa de qualquer forma. Ela parecia prestar uma atenção devotada às palavras do lich. Ela trajava roupas pretas provocantes, que destoavam do seu jeito usual, mas não trazia posses. Pensaram que podia estar dominada, sentiam magias nela, mas não conseguiam ter certeza. Ela não estava longe deles que saíram a alguns metros da parede atrás do centro daquela reunião. Havia, no entanto, quatro grande guardiões ao redor da mesa de conclave e seus ocupantes: dois golens de ferro, uma outra criatura que parecia feita de cérebros e a mais próxima deles, uma estranha múmia. Além destes, assim como as duas mulheres, haviam outros vigilantes: uma maga, um guerreiro, um grande minotauro e um homem lagarto. Também haviam guardas espalhados pelo aposento.


- Pois chegou a hora de sabermos como dividiremos esse nosso mundo, meu caro zulkir da necromância! - Interviu a mulher que estava diretamente oposta a Szaas Tam. - Sabemos muito bem, antigo, que suas intenções são sempre maiores...
- Tenho certeza, que ao fim desse encontro, Lauzoril, você não terá qualquer dúvidas sobre minhas verdadeiras intenções - disse o lich sem alterar-se, enquanto a energia mágica bruta pulsava ao redor dele.
Enquanto os líderes de Thay disputavam pela diplomacia e intimidação, os heróis percebiam que o salão amplo ainda contava com três outras mesas ao redor da central. Na mais próxima deles, estavam sentadas mais de 30 pessoas. Estavam todas elegantemente vestidas, com muito luxo, jóias e itens mágicos. Muitos eram magos vermelhos, com as cabeças carecas tatuadas e os trajes rubros típicos. Foi entre eles que Úrusla Suarzineguer reconheceu o rosto de Cumulus Nimbus, seu deflorador. A gnoma sentiu o sangue ferver, enquanto Avenger gritava em sua cabeça pela tão desejada vingança.
Do lado oposto, após a mesa central, havia uma mesa retangular com cerca de 20 pessoas, todas em trajes leves e escuros, as quais pareciam as menos confortáveis naquele ambiente. À esquerda da mesa central estava a menor das mesas retangulares, onde cerca de 10 sujeitos armadurados estavam sentados em grandes cadeiras, apenas menores que as dos zulkiris. Haviam apenas duas mulheres, que usavam roupas, uma maga vermelha e uma aristocrata. Ao fundo, nessa mesma direção, junto à parede, haviam alguns guardas na porta e dus arquibancadas, cada qual com mais de 30 magos vermelhos, que assistiam a tudo com devotado interesse.
Ainda refugiados no plano etéreo, os heróis tentavam pensar em um meio, mas todas as ideias pareciam arriscadas demais. John Falkiner sabia que as proteções mágicas os impediriam de se teleportar dali e também havia uma área de profanação mágica em todo aposento. Ehtur propôs que tomassem Daphne e fugissem o mais velozmente possível, enquanto Ryolith acreditava em um ataque direto contra o mal maior que estaria a dominá-la. A troca de ideias murmuradas foi interrompida pela discussão dos zulkiris que se acalorou.
- Nós sabemos muito bem que seu interesse é ser o ditador único e perpétuo de Thay, Szaas Tam! - Protestou um zulkir que tinha traços demoniacos e sentava-se à esquerda de Lauzoril.
- Nevron tem razão, arquimago Tam - disse mais diplomaticamente outra zulkir. - Nós temos tempo, tropas e escravos suficiente para colocar os Magos Vermelhos, como se diz nos dias de hoje, como os devidos regentes de tudo e todos, além de nós como seus líderes, cada qual com a mesma importância como tem sido aqui há décadas e décadas.
- Nevron e Lauzoril tem mais razão que você, Mythrellaa... assim como suas ilusões, você é uma tola... - disse o lich levantando-se e tirando de uma bolsa mágica, uma estranha esfera negra, grande como um melão. Os três magos vermelhos citados por ele se assustaram com aquela visão e recuaram em seus tronos. Os três mais próximos do lich pareceram se animar, enquanto o mago vermelho restante, o mais velho mortal que parecia haver ali, não se alterou de modo algum, embora pareça ter olhado na direção dos heróis. - Esse novo tempo que se anuncia não é o do governo dos vivos pelos Magos Marcados Pelo Vermelho apenas, mas o tempo dos verdadeiros escolhidos, os Magos Marcados Pela Morte governarem, magos não vivos, os verdadeiros escolhidos dentre os aptos ao arcano.


Graças aos poderes de escolhidos de Bibiana e Malkyzid, Falkiner e Rock perceberam o intenso poder nefasto que havia naquele item mágico, que parecia uma esfera de aniquilação. O bárbaro feiticeiro não perdeu tempo e clamou por todos os seus poderes mágicos conjugados à fúria mais primitiva que habitava seu ser. Rock dos Lobos partiu em carga contra o lich Szaas Tam. No entanto, no caminho, ele acabou atingido por Daphne, que não só o acertou, como ingressou no plano etéreo já transformada em um cronotyryn. O ataque dele não impediu o bárbaro feiticeiro de seguir empunhando Ruidoso. 
Os demais preparam-se para lutar com a aliada que vieram resgatar, enquanto o machado de Rock dos Lobos atingiu o zulkir da necromância. Embora poderoso e furioso, o ataque não foi capaz de impedir Szaas Tam de continuar a sua magia necromântica, além de devolver a chave dos planos para o plano material. Rock percebeu que a aura de fogomágico ia absorvendo um a um todos os seus feitiços e crescendo. O fogomágico o queimava. Já o lich Szaas Tam invocou uma magia épica que consumiu a esfera e criou uma hecatombe de energia negativa sobre toda a região. Todos que estavam no plano material caíram instantaneamente mortos. Do menor inseto ao maior grifo, tudo que era vivo pereceu. Mesmo os quatro heróis restantes, sentiram a força da magia no plano etéreo, fazendo o santo Ryolith Fox, John Falkiner e Úrsula Suarzineguer sucumbirem e apenas Ehtur, no limite de seu vigor, encarando Daphne em forma de corvo extraplanar humanóide. Rock dos Lobos, no entanto, permaneceu parecendo ter sido afetado em menor grau. Além dele restavam os quatro golens, Siath Led Ocaith e o zulkir mais velho. Szaas Tam olhava para este com seus olhos vermelhos num misto de ódio e surpresa:
- Como é possível, Yaphyll?
- Eu já sabia de seus plano, Tam. E por isso mesmo irei impedí-los... - disse o vermelho arquimago vermelho de Thay, que conjurou uma magia que rasgou o tecido do tempo. Num piscar de olhos, todos se viram de pé, vivos 6 segundos antes de Szaas Tam completar sua necromância épica, restituídos de sua forças, mas sabedores do que iria acontecer, sabedores de que iriam ser mortos. O pânico se espalhou entre a maioria, que debandou em fuga caótica, enquanto os mais destemidos ou idiotas partiram para cima do zulkir da necromância, talvez por saberem que a distância não os salvaria. - Você não é o único que aprendeu a se preparar com os anos, Tam! - Tendo dito isso, o arquimago vermelho Yaphyll, que já estava contígue ao lich, tocou a esfera negra que desapareceu, interrompendo a invocação de Szass Tam.
No plano etéreo, no entanto, nada se dera. Com seus três aliados caídos, Ehtur opotou por usar de suas ervas para tentar levantar o clérigo, enquanto Daphne ainda estava aturdida com a confusão no plano material.
- Velho maldito e decrépito! Você pagará por isso!!! - Urrava o lich com uma voz abissal. Tomado pela fúria e frustração, Szaas Tam derramou todo fogomágico sobre o zulkir da divinação. Yaphyll nada pode fazer e não restou nada além de uma mancha prateada no chão depois disso.
Os dois golens de ferro se moveram para atacar o lich. O golem de cérebros lançou um ataque psiônico que paralizou o zulkir da necromancia, enquanto o minotauro partiu em carga, pulando sobre a mesa e atingindo Szaas Tam com violência no peito. 
O escolhido de Bibiana acordou e logo teceu uma oração de cura em massa, espalhando a área profana com energia positiva. Todos foram afetados, mesmo os que estavam no plano material. A vida voltou a todos ao alcance, mas ao invés de ferir o lich, acabou sendo absorvida e criando uma nova aura de fogomágico nele. O golem que parecia ser uma múmia, um grisgol, na verdade, percebia agora Ehtur, desativou um dos golens de ferro. Algumas flechas atingiram o golem de cérebros, quebrando seu ataque psiônico.
Szaas Tam não perdeu tempo e conjurou uma nova necromância épica. O efeito, no entanto, não pareceu atingir os presentes, pois emergindo das sombras do outro lado do aposento, Úrsula viu suas preces atendidas e Selune surgir junto de Sirius Black. Tão logo se levantaram, a gnoma e Ryolith atacaram com novo ânimo. Rock dos Lobos buscou escapar novamente para o plano etéreo. O grisgol aproveitou para desintegrar o minotauro e o homem lagarto.
As flechas de Avenger atingiram Daphne, enquanto Ryolith partia contra o mal supremo que corrompia tudo ao seu redor. Ehtur partiu em carga contra Daphne, trazendo grandes danos à druida de muitas formas. Foi então que eka mudou de forma novamente, virando algo que o guardião jamais julgara possível. Um ser lendário. Único...


Pode-se então ouvir alguém gritar ao fundo:
- Ai, ai, ai... um tarrasque...

6 de dez. de 2013

Melhor uma Selune na mão, que alguns amigos voando...


John Falkiner avistava as árvores que divisavam os limites da Grande Floresta. Ele usou as bençãos de Bibiana para curar a deusa da lua e reacender sua positividade.
- Si.. Sirius? - disse a mulher que já fora Kiriani, recuperando a onisciência e despertando nos braços do clérigo elfo.
- Está segura.. estamos na Grande Floresta...
- Eu sei! Não posso mais perder tempo e me arriscar por aqui.. preciso ir para o lugar onde estarei mais segura.. - foi tudo que Selune, Senhora da Lua, disse antes de sumir, deixando só John Falkiner, que já via os elfos verdes e guardiões da natureza que se aproximavam. Ele ainda não sentia Daphne, que não devia estar nesse plano.


No plano Etéreo, Rock dos Lobos juntou-se aos demais numa fuga apressada para longe dali. No caminho, Ehtur Telcontar chegou a encontrar os rastros do assassino etéreo, mas viu que eles sumiam subitamente muitos metros à frente. Eles tinham pressa pois a batalha entre Shar e Tiamat catalizava o vulcão, que estava prestes a cuspir fogo. Mesmo que estivessem protegidos no Plano Etéreo, as consequências das reverberações da erupção podiam ser complicadas. Seguiram para o noroeste, onde não demorariam a chegar à Grande Floresta.


Também no plano etéreo, mas em outro lugar, Ryolith conseguiu enfim se desvencilhar do assassino etéreo que carregara ele e Daphne, além de engolir Sirius e Jacke. Com a fé em Tyr, ele tentava não ter o mesmo destino do ladino e da clériga, mas parecia impossível escapar. Para piorar, a criatura viajou para outro plano, levando consigo o paladino santo e a druida pura.
Sem saber que estava no plano astral, Ryolith viu uma grande bola de fogo explodir no monstro. Isso foi o suficiente para o assassino etéreo pular para outro plano, deixando o servo da justiça para trás, mas levando a serva da natureza.
Os olhos do santo paladino de Tyr Ryolith Fox logo avistaram o homem-tigre vestido em mantos esvoaçantes e sentiu o mal profundo que havia nele.


John Falkiner pediu que os Guardiões da Natureza o guiassem até o deus das fadas e dos meio-elfos, Timothy Hunter.
-... por isso, senhor das fadas, se faz necessário que resgate Ehtur e os demais. - Explicou o clérigo, enquanto o garoto parecia prestar mais atenção ao gordo gato que tentava equilibrar-se sobre um bola.
- Eu lembro de Ehtur... o marido de Alissah... servo de Miellikki.. mas você tem que pedir ao Grande Nojento.
- Será que vossa eminência poderia nos ajudar? - Disse Falkiner dirigindo-se para o gato que se lambia  Com a concordância do familiar divino, após cair da bola. Timothy Hunter abriu um enorme portal entre o coração da Grande Floresta e o plano etéreo trazendo todos de volta. 
Ehtur Telcontar se reuniu novamente à sua esposa, que aguardava entre as árvores com a mesma paixão amável de sempre. Úrsula Suarzineguer, por outro lado, preferiu ir ter com o deus das fadas.
- Ei garoto.. você é um deus.. eu preciso que você ressucite meu marido Arnoux... eu estou com a alma dele nesse rubi. E o corpo dele está aqui na minha bolsa mágica. 
- Eu não posso garantir a ressurreição, pois ele não é uma alma devotada a mim.. - disse o garoto coçando o topo da cabeça.
- Também falta um diamante único para ser consumido no processo... - disse em tom de consultor o escolhido de Bibiana.
O gato Nojento parou de se lamber e se esgueirou até as pernas de Timothy Hunter, que pareceu lembrar-se de algo: 
- Já sei - e dito isso, o jovem deus lançou seus poderes sobre o cadáver de gnomo à sua frente. Em poucos segundos, os olhos tremiam e espasmos percorriam o corpo de Arnoux Suarzineguer. Ali perto, Deborah tampava os olhos do pequenos Arnouxzinho, enquanto Yorgoi registrava todos os acontecimentos. Para surpresa de todos, no entanto, mais do que simplesmente retornar dos mortos, o corpo de Arnoux começou a crescer e ganhar um tom esverdeado. Em menos de um minuto, a mutação se completou e diante de todos, um orc se punha de pé.
- Ú.. Úr... Úrsula?!?


- Quem é você, servo do mal?
- Meu nome é Ruathym, servo de Tyr e da justiça. Eu o salvei daquele monstro.
- Isso não me torna menos vigilante para com o mal que sinto vindo de você!
- Eu sou um rakshasa, meu caro. Um arcano poderoso. E vejo que está perdido... eu posso ajudá-lo a voltar pra casa se estiveres disposto a aceitar minha ajuda.
- Eu não preciso de sua ajuda... - e dando as costas ao mal, Ryolith Fox seguiu voando pelo plano astral, sem fazer a mínima ideia de onde estava.
Ele seguiu por aquele lugar vazia, sem gravidade ou orientação sentindo-se mais perdido do que nunca. Em sua mente, ele orou para o Senhor da Justiça, Tyr. 
- Siga em frente, espada sagrada de Tyr. Você verá oito portais pelo caminho após uma hora e o último será o portal para Abeir-Toril. Siga pelo Plano Astral confiante, mas não refute a ajuda do extraplanar que a oferecer.
Curioso com a recomendação de seu deus, Ryolith seguiu em frente até ser atacado por criaturas flamejantes. Não teve dificuldades contra elas, mas novamente viu o rakshasa Ruathym surgir em seu auxílio. Buscando evitá-lo e sair dali, o santo paladino acabou atirando-se em um vórtice próximo.


Entre as árvores da Grande Floresta, enfim tendo algum descanso, Ehtur Telcontar, Úrsula e Arnoux Suarzineguer, Rock dos Lobos, Zumbi dos Palimares e John Falkiner tiveram todos o mesmo sonho. Eles dormiam após a longa discussão entre a gnoma e seu esposo em meio à comunidade gnômica. Todos onharam com o paladino de Tyr, Ryolith Fox, derretendo como se fosse líquido, evaporando como se fosse gás e mudando de forma, cor e tamanho todo o tempo. Ele se dividia ou multiplica ininterruptamente, enquanto um grito de horror perpétuo parecia ecoar em todas as direções. 
Ao acordarem, Rock já sabia que aquele era o plano do caos. Concentrou-se em seus poderes de chave dos planos e o feiticeiro bárbaro foi atrás de Ryolith Fox. Ele retornou em menos de um minuto, mas todos ficaram novamente surpresos ao ver o velho homem com os a armadura e as armas de seu santo colega. Ryolith Fox parecia ter agora mais de cinco décadas de vida, apoiando-se exausto sobre o corpanzil de Rock dos Lobos.
Sabiam que ainda havia outros por buscar.
- Meu poder de achar o caminho diz que Daphne está muito para o leste...
- Antes que partam devo dizer que não irei acompanhá-los, meus amigos. Morpheus espera outras coisas de mim agora, que já os ajudei com a Senhora da Lua. Eu devo levar o corpo de Kavernan para ser enterrado sob as árvores que ele sempre protegeu! - Disse Zumbi dos Palimares se despedindo.
- E você, Arnoux.. vai ficar aqui cuidando do Arnouxzinho... nada de deixar o menino cair no chão, nem tomar friagem ou comer porcaria. Já abusamos demais da doutora Deborah e você ficou aí nessa gema descansando esse tempo todo, enquanto eu tava aqui na jornada dupla né... mas eu sou uma gnoma moderna e vou com o pessoal resgatar a Daphne, enquanto você cuida das coisas aqui.
- Eu agradeço pelo resgate, meus caros, mas creio que irei ficar aqui em companhia do deus das fadas e dos guardiões da natureza.. - disse o dragão Alazphraxion.
- Eu quero ir.. - disse o jovem irmão Vultsubai pousando no ombro de Rock, com quem formara um laço especial.
- Sigamos então... preciso ter certeza de algumas coisas... - disse John Falkiner teleportando-se dali com Ehtur, Ryolith, Úrsula e Rock. Primeiro, ele levou a todos para as planícies de Cormyr, ainda devastadas, sentindo que a distância ainda era grande para o leste. Um novo teleporte os levou para Velprintalaar, a capital do reino de Aglarond, governado pela arquifeiticeira Símbul.
Eles viram uma cidade sitiada, o céu tomado de dragões e grifos, magos vermelhos e guardas, caos e destruição. Um novo teleporte os levou para Thay, no extremo leste, no mesmo celeiro onde Úrsula concebera seu filho sozinha há mais de um ano atrás. Rapidamente, Rock cuidou de levar todos para o plano etéreo, o que permitiu ver os campos tomados de escravos no plano material, assim como tomados de fantasmas agonizantes no plano etéreo.
Cientes dos capatazes e magos vermelhos, optaram por seguir pelo plano etéreo. Embora incontáveis, os fantasmas eram facilmente repelidos ou destruídos, mesmo que temporariamente. Sabiam que aqueles mortos-vivos só podiam ser verdadeiramente destruídos caso o que os prendia fosse resolvido. Aquele lugar amaldiçoado parecia ser o local de sofrimento e agonia de gerações de escravos. A maioria era de humanos e orcs, mas haviam outros. Todos estavam presas àquele solo amaldiçoado e esperavam a noite para assombrar os campos.
Depois de cruzarem as plantações de cereais rumo ao nordeste, para onde a magia indicava, eles encontraram alguns extraplanares chamados xills, seres de quatro braços e notórios mercenários malignos à serviço de quem pagasse mais. Eles pilhavam as almas aprisionando-as em gemas vermelhas usando pergaminhos mágicos. Um rápido ataque esmagou o mal antes que pudessem reagir e os heróis encontram centenas de gemas em um grande saco, mais de uma centena da qual estava ocupada por espíritos. John Falkiner usou seus poderes de guia do destino para conversar com um dos cadáveres.
- O que estavam fazendo aqui?
- Trabalhando.
- Para quem?
- Malkiziid!
- Para que as almas?
- Ressucitar Orcus.
- Isso é uma mentira... - protestou Rock. - Malkiziid destruiu Orcus e vai pacificar o Abismo.
- Os mortos não mentem, bárbaro, você sabe disso.. - disse o clérigo dispensando o que restava de ciência naquele corpo.
Os heróis seguiram evitando os campos e buscando as estradas livres das almas atormentadas. Mesmo assim, tiveram outros encontros com três demoníacas bruxas da noite montadas em pesadelos. Depois de vencê-las, perceberam que ainda restava muito o que voar, já haviam combatido por duas vezes e preferiram descansar.
Nessa noite, cada qual teve um sonho.
Úrsula sonhos com sua família feliz. Arnoux, como um gnomo robusto carregando o filho no colo. Ele abria a porta para Yorgoi e Deborah, que chegavam com uma criança e bebida. Arnoux tirava uma fornada de biscoitos do forno e todos pareciam felizes, desfrutando de uma vida tranquila e bucólica. Apenas ela não estava lá.
Falkiner sonhou com Lorde Byron e Paulo Mota cercados por yuan-ti em algum lugar quente. Ele sentia que já vira aquele sonho antes. O servo de Morpheus tinha o tomo de Mystra e o cetro de Lathander, enquanto o líder dos homens-serpente tinha um gema escura sinistra e um grande olho murcho e gosmento. Acoados, Byron teleportou-se, levando Paulo com ele para um lugar onde prédios e navios voavam.
Ryolith sonhou com sua amada Palas Atenas. Sua esposa estava presa e acorrentada. Ela era açoitada todo o tempo por Fzoul Chembril, o escolhido de Bane, o senhor da tirania.
Rock sonhou com Malkizid. O anjo caído informou sobre seus planos de consagrar as almas dos condenados com o fortalecimento dos impedimentos para o retorno de Orcus.
Ehtur sonhou com Sirius Black. Ele estava deitado em um divã, como um bon vivant, descansando placidamente. Uma mulher o pageava como uma cortesã. Ela acariciava-lhe o rosto e servia uvas em seus lábios. Era Kiriane, que agora era Selune. Enamoravam-se, enquanto ela dizia que estavam seguros para a eternidade.
Embora Rock tenha pedido pelas pedras, os outros preferiram mantê-las afastadas dele. Uma nova magia de John Falkiner revelou que a direção de Daphne havia mudado. Eles seguiram por esse caminho, rumo ao planalto central de Thay. No caminho, eles encontraram um bando de cães piscantes, que revelou que algo terrível se dava no alto das montanhas. Os seres bons que restavam em Thay fugiam e partiam, pois forças necromânticas se reuniam nas fortalezas dos magos vermelhos de Thay.
Eles logo encontraram Aparições Nefastas, que pareciam povoar todas as imediações. Também destruíram um devorador, que trazia um cadáver em seu interior. Essa alma não revelou muito ao escolhido de Bibiana, mas eles sabiam que algo terrível se passava lá em cima.