A benção para achar o caminho de John Falkiner indicava que deviam descer o Vulcão semi-adormecido. Os heróis viam os enormes dragões vermelhos caírem sobre eles cuspindo fogo. Úrsula buscou o corpo de Arnoux tirando o anel que viera de Rhange Hesysthance anos atrás. Ao invés de ficar invisível, no entanto, ela recebeu um tremendo choque que a derrubou catatônica. Sirius Black urgiu para ajudá-la, mas ao gastar uma de suas poções sem pensar duas vezes, percebeu que o estado da gnoma não se alterara.
Ehtur Telcontar partiu em carga, enquanto Ryolith Fox tornou a invocar seu pégaso celestial para carregá-lo para a batalha. Rock dos Lobos deixou-se tomar pela fúria, enquanto Daphne transformou-se em uma enorme criohidra de doze cabeças. A druida das muitas formas cuspiu doze baforadas gélidas contra os inimigos, deixando-os feridos.
Quando a clériga Jack chegou para ajudar Úrsula, Sirius Black usou seu poder de fundir-se às sombras para flanquear os dragões vermelhos que o guardião de Miellikki atacara, fazendo valer o flanco de forma sangrenta. Percebeu que o poder de sua adaga de ferir mortos-vivos foi ativado, roubando seu sangue para tanto. A clériga gnoma invocou a fé em todas as divindades para remover a maldição sobre sua colega de raça, mas percebeu que o poder que a derrubara era forte.
A proximidade permitiu a Ehtur Telcontar perceber que aqueles dragões, apesar de parecerem tão inteiros eram também mortos-vivos, provavelmente dracolichs recém-criados numa idade jovem. Zumbi dos Palimares golpeou uma das criaturas, enquanto John Falkiner usava sua fé para trazer a destruição às abominações mortas-vivas.
Ainda que fossem um tanto jovens e recém amaldiçoados, não se tratavam de inimigos quaisquer. Os dracolichs vermelhos investiram com fúria e fogo. Seus múltiplos ataques foram suficientes para tombar a criohidra Daphne antes que ela pudesse mudar de forma e se recuperar. Zumbi dos Palimares também foi vitimado. O restante do grupo intensificou os ataques para proteger seus aliados, enquanto Jacke Linne usou uma benção mais forte, expulsando o anel da mão de Úrsula e fazendo-a despertar.
O próximo passo da senescal de Daphne, foi curar sua orientadora. Enquanto isso, as cargas de Ehtur, as adagas de Sirius, a espada de Ryolith, o machado de Rock, as setas de Úrsula e as magias de Falkiner fizeram com que, um a um, os dracolichs fossem sendo derrotados pelo poder combinado.
Após recolherem os itens mágicos que os dracolichs traziam consigo, identificando um amuleto que servia para facilitar o controle sobre os mortos-vivos dracônicos, os heróis decidiram continuar seguindo o rumo indicado pela magia do servo de Bibiana. Enquanto avançavam, Ehtur Telcontar contou ao menos quatro grandes crateras, como se meteoritos recentes tivessem caído sobre a montanha do vulcão. Haviam fragmentos do que quer que tenha caído, parecendo serem as mesmas rochas firmes, uma forma de casca, mas que haviam sido recolhidas. Havia alguns rastros de dragões vermelhos e o guardião percebeu dois rastros diferentes, de dragões menores e que não eram do mesmo tipo.
Eles acompanharam esses rastros até uma caverna estreita, onde os maiores tiveram sérias dificuldades e algumas escoriações. Chegaram por fim a um túnel maior, mas que se tornava abruptamente vertical. A maioria voou, os outros foram ajudados e logo viram o que o cheiro já denunciava. Lá embaixo, ao menos seis grandes dragões jaziam mortos. Suas escamas eram de um tom de alaranjado claro. Haviam dois menores, um do tamanho de um cavalo e outro pequeno como um cachorro, que estavam cruxificados no centro do salão. Os maiores traziam sinais de uma sangrenta batalha.
Uma rápida inspeção mostrou que os dois estavam vivos, que a sala fora pilhada e uma outra saída dali, que ia para o interior do vulcão. Os dragões de latão foram curados e soltos.
- Obrigado pela ajuda.. eu sou Alazphraxion.. esse é meu irmão Vultsubai. Seremos eternamente gratos por nos salvarem - ele disse na língua dos dragões.
- O que houve aqui? - Quis saber Ehtur.
- Nossa família.. estávamos tentando nos proteger da Estrela Vermelha.. da loucura dracônica, quando os servos do Culto do Dragão nos atacaram. Eles profanaram o vulcão.. tentamos nos esconder, mas eles nos acharam. Deixaram sua necromancia para que viessemos todos de volta como zumbis ou esqueletos para eles...
- Eu irei consagrar a área para que seus parentes descansem em paz! - Disse Jacke já tecendo uma prece para as divindades da morte e da proteção.
- Venha pequenino.. também sei o que é perder uma família... - disse Rock aproximando do pequenino Vultsubai.
- Temos de andar logo.. - lembrou Sirius.
- Há um outro caminho.. - disse Úrsula.
- O que há para lá? - Indagou Ehtur.
- O interior do vulcão... - respondeu o dragão Alazphraxion. - Muito quente, depois pequenos túneis...
- A magia indica que devemos sair.. - lembrou Falkiner. - Ela indica o caminho mais curto...
- Mas não o melhor.. - acrescentou o guardião inspecionando o caminho, que mesmo assim parecia arriscado.
- Nós precisamos chegar ao Culto do Dragão e libertar Selune.. - acrescentou Ryolith Fox.
- Nós desejamos vingança! - Deixou o ódio transparecer Alazphraxion.
- O que são as crateras recentes lá fora? - Perguntou Ehtur retornando.
- São os ovos dos deuses dragões... foram enviados como uma benção... mas caíram nas mãos do Culto do Dragão. Que Bahamut tenha piedade de suas almas. Nós iremos com vocês... - disse o dragão de latão seguindo ao lado do paladino de Tyr.
Eles deixaram novamente a montanha, mas não demorou para serem novamente atacados. Dessa vez, não eram verdadeiros dragões, mas criaturas dracônicas sem asas, como grandes tiranossauros vermelhos, que exalavam calor e cospiam fogo.
Mais uma vez tiveram de se atirar à batalha, derrotando quase uma dezena de criaturas e tendo Jacke e Falkiner de recorrer a mais cura divina para restaurar a força de todos.
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