- O que estamos fazendo aqui? - questionou John Falkiner que havia se tornado uma versão aperfeiçoada do homem que era antes. Além de elfo renascido, ele parecia agora mais próximo dos deuses.
- Aqui eu poderei cumprir as promessas que lhes fiz. - disse o arquimago élfico Rhange Hesysthance Sorrowleaf. - Depois disso seguiremos para as ruínas de...
- Meu familiar? Marissa? - questionou Rock.
- Annia? Meus poderes? - fez coro Sirius Black
- Assim, como restituí a alma do gnomo Arnoux para sua esposa, cumprirei minha palavra com vocês. Venham comigo, até o conforto de meu palácio.
- Eu não confio em você, estranho elfo barbudo - protestou Ryolith Fox. O regente da cidade continuou a lidar com o paladino e seus colegas com a lábia de quem já vivera muitos séculos. Ele lembrou-lhes que era o regente da cidade e a havia reconstruído, enquanto caçava incansavelmente os phaerimms em busca da alma da rainha Querdalla. Foi assim que encontrou a alma de Arnoux Suarzineguer. Ele também abraçaria e receberia a nova deusa Bibiana Crommiel, Senhora de Todos os Elfos, como divindade de seu povo e dele mesmo.
Logo que entraram, viram surgir correndo a mais bela mulher que seus olhos já haviam contemplado. Todos os homens, elfos e meio-elfos ali presentes sentiram o coração disparar e o sangue correr mais rápido. Ela era como uma ninfa, uma musa ou até mesmo uma deusa. Annia correu apaixonadamente e abraçou Rhange Hesysthance Sorrowleaf. Ele a separou dele e disse olhando fundo nos olhos dela:
- Este é seu amado, Annia Evalandriel, Sirius Black. É ele o seu novo dono.
- Sim, é tudo que eu queria!.. - ela disse passando aos braços espectantes de Sirius Black. O amor explodiu entre eles que não se acanharam em afundar um nos lábios do outro, trazendo certa inveja ou saudade ao coração de todos ali.
O arquimago Sorrowleaf mandou uma mensagem para Marissa Stardust solicitando sua presença. Sirius Black aproveitou que teriam algum tempo e foi pro quarto com Annia. Já que teriam de aguardar, John Falkiner preferiu ir até o templo, ter com os sacerdotes dos deuses. O servo dos deuses e Ryolith Fox foram caminhando até a basílica de Corellon. Muadib também saiu mas só para melhor apreciar a beleza daquela lugar que o atraia tanto. Os demais preferiram aguardar, Úrsula polindo seu rubi e Ehtur pensando em Alissah e no reino das fadas.
Francisco Xavier, que desenvolvera uma estranha corcunda dando um aspecto mais sinistro ao mago da Fortaleza da Vela, tentou tirar mais informações do regente Rhange Hesysthance sobre os tais cinco artefatos que governavam a existência. O arquimago contou novamente do tomo, do olho, da pedra, do cálice e do cetro, que se reunidos teriam poder para governar toda a realidade. Quatro dos quais já haviam cruzado o caminho deles.
Para Xavier, eles deviam ir na direção de Lorde Byron que carregava dois deles. Ele ainda sentia a frustração com a revelação de que seu sonho era verdadeiro, pois eles haviam entregue o cálice de Amaunthor ao Primeiro Leitor. Isso não era problema, mas sim ele o ter enganado. Rhange, no entanto, lembrou-lhe que o inimigo deles não eram as trevas e sim a luz que haviam ajudado a criar. Para isso, o que eles precisavam estava nas ruínas da Cidade das Sombras.
Longe dali, conforme caminhava, John Falkiner viu surgirem um a um, mais e mais elfos e meio-elfos, que haviam antevisto sua chegada em sonhos. Eles se colocavam de joelhos e aos serviços do arauto da nova deusa. John Falkiner os mandava levantar e pedia que caminhassem ao seu lado, rumando com ele para anunciar o novo tempo. Eles encontraram o belo templo completamente lotado. Uma enorme árvore era circundada por cinco grandes torres, das mais altas da cidade, que se ligavam por passarelas e escadas formavam a Basílica do Deus dos Elfos. Cada uma das torres, cor de ouro, cor de prata, cor de cobre, cor de platina e cor de madeira, representava uma das cinco raças élficas, assim como a árvore ao centro remetia à união de todos eles. Foi naquele local sagrado, que John Falkiner foi recebido como o escolhido de Bibiana Crommiel e foi onde anunciou a nova deusa ao antigo povo.
Muadib foi passear e viu-se pensando em como sua vida mudara e ele fora parar ali. Lembrou-se de que nunca conhecera seu pai. Ele morreu na noite em que sua mãe descobriu que estava grávida: os sacerdotes que realizaram o funeral de seu pai - Hogan, o Carvalho Negro (epíteto por conta de seu tamanho, força e pele negra) - identificaram a gravidez da meio-elfa, Lady Atreides. Hogan e Atreides desafiaram suas tribos para viverem juntos. Ele, um dos maiores guerreiros da tribo das Bestas do Trovão, casando com uma meio-elfa da tribo do Fantasma da Árvore. Os anciões pensaram em expulsar a mulher do convívio de seu povo por ter se apaixonado por um humano de uma tribo rival. Por fim, no entanto, os líderes da tribo do espírito da grande árvore cederam pelo prestígio de Hogan e o simbolismo de sua morte se dar no mesmo dia em que a gravidez foi descoberta. Essa perda permitiu que Mua D'ib nascesse dentre os bárbaros e que sua mãe vivesse com eles, mesmo após a morte de seu amado.
Mua D'ib conheceu pouco da cultura élfica, pois os Fantasmas da Árvore são em sua maioria meio-elfos, já filhos e netos de outros meio-elfos, afastados da cultura do belo povo. Tudo que soube foi por intermédio da sua mãe, que lhe ensinou a importância de saber conviver com as diferenças. Na tribo, o sangue de Hogan e das Bestas do Trovão fazia dele um paria e via a sensível diferença para os demais: enquanto as crianças recebiam treinamento com armas e para caçadas, a ele cabia ajudar os sacerdotes e os bardos da tribo. Diziam que nunca conseguiria dominar a força e a fúria necessária para ser um verdadeiro guerreiro de Uthgar. Assim sendo, nunca recebeu verdadeiro treinamento para combate.
Coube à Atreides ensiná-lo. A mãe, ainda de meia-idade, guardava a experiência de seus tempos de aventureira com Hogan. Ela era uma guerreira que dominava a arte de luta com duas cimitarras. Ela ensinou a técnica para seu filho, que treinava a noite, longe dos olhos dos demais, aos sons dos tambores das cerimônias religiosas. Essa prática, fez com que Mua D`ib desenvolvesse uma forma diferente de lutar: misturava os movimentos da dança tribal, com golpes rápidos e precisos que suas cimitarras desferia.
Aos 18 anos Mua D'ib teve a chance de provar seu valor, em um ritual de iniciação, onde se destacou entre todos os jovens. Enfrentaram os orcs das montanhas, eternos inimigos e ameaça constante para todos os bárbaros. A luta precisa e ágil do meio-elfo se mostrou mais eficiente do que os golpes grosseiros e furiosos desferido pelos outros bárbaros.
O jovem meio-elfo conseguiu, sozinho, ceifar sete dos orcs, assustando a dezena restante com a dança mortal das suas espadas. Porém, no mesmo dia de sua acensão, ele viu sua mãe perder a vida. Atreides acabou sendo morta por uma flecha desferida pelos inimigos. Mua D'ib viveu pelos 5 anos seguintes com sua tribo, sendo reconhecido, finalmente, como um valoroso guerreiro e digno de engrandecer a herança de seu pai como herdeiro de Hogan.
O jovem meio-elfo conseguiu, sozinho, ceifar sete dos orcs, assustando a dezena restante com a dança mortal das suas espadas. Porém, no mesmo dia de sua acensão, ele viu sua mãe perder a vida. Atreides acabou sendo morta por uma flecha desferida pelos inimigos. Mua D'ib viveu pelos 5 anos seguintes com sua tribo, sendo reconhecido, finalmente, como um valoroso guerreiro e digno de engrandecer a herança de seu pai como herdeiro de Hogan.
Ao fim dessa época, na primavera seguinte, Mua D'ib conheceu a experiente arqueira Ravena Eagle, uma elfa verde da Grande Floresta. Foi ela quem o apresentou a Thorak Hammerfall, um velho anão clérigo de Moradin, na cidade de Everlund. Os dois se aventuravam pelas estepes do norte à procura de itens mágicos do deus anão. Desde a chamada Benção do Trovão, enviada pelo Senhor dos Anões, era preciso recolher as relíquias que simbolizavam a prosperidade da raça anã e levá-las à Citadela de Adbar sob as Montanhas de Gelo. Assim, os três se tornaram bons amigos. Sua equipe foi completada por Raz Al'Goul, um misterioso feiticeiro de Calimshan, e Guybrush Treepwood, um pirata humano do Mar das Estrelas Caídas. Se aventuraram por diversas regiões de Faerun, sempre sob a liderança de Thorak. Destruíram mortos vivos, expulsaram goblinóides e gigantes, reuniram itens e tesouros. Eles viajaram juntos por 10 anos.
Ele foi despertado de seus devaneios por um elfo do sol. O sujeito era alto e pálido, com olhos cheios de mistério. Ele convidou o guardião bárbaro para uma conversa mais reservada, onde poderia conhecer os verdeiros inimigos desse mundo. Inimigos cuja poluição chegara ao sangue dele mesmo. Sem entender muita coisa, Mua D'ib agradeceu e despediu-se sem a intenção de encontrá-lo na taverna do Cisne Altivo. Logo depois que o elfo partiu, quem teve com ele foi uma elfa verde, chamada Sparrow Eagle e cujos traços lhe eram familiares. Ela o alertou do perigo dos Eldreth Veluuthra, uma ceita que as autoridades vinham combatendo por desejarem eliminar todos os humanos. Ele agradeceu e resolveu voltar para o palácio do regente vendo-a partir no encalço do elfo.
Quando Marissa finalmente chegou, ela deu um abraço longo e fraterno em Rock dos Lobos, demonstrando a enorme saudade. Ela trouxe para ele um tressyn, um gato élfico, para que servisse de familiar ao bárbaro. Eles conversaram, enquanto Xavier e Sorrowleaf ainda ponderavam sobre as estratégias que imaginavam. A elfa das estrelas conversou com o amigo que Netherill tinha ajudado a todos eles, mantido Sildeyuir e Evereska a salvo. Foram eles que foram atacados pela luz. Mesmo que o bárbaro não concordasse, ela pediu por mais privacidade e eles saíram dali.
Do lado de fora do palácio, diante dos passantes, Marissa aproximou-se de Rock:
- Preciso pedir uma coisa.. é que..
- Eu sei.. - disse Rock sem mais esperar e indo abraçar Marissa para beijá-la. No entanto, antes que a envolvesse, ele viu o próprio ar se rasgar como quando o tecido da realidade é desfigurado por um portal extra-planar Do rasgo, célere como um raio, emergiu sua antítese, sua sombra desgarrada, o terrível Kcor. O monstro agarrou Marissa e a tragou. As pessoas em volta corriam assustadas, enquanto o bárbaro agarrou apenas o vazio e urrou enfurecido. Ele correu para o palácio, enquanto Falkiner, Ryolith e Muadib que já voltavam, foram atraídos mais rapidamente pela confusão.
Sirius Black foi o último a se reunir a eles. Annia havia se revelado em todo seu esplendor para ele. Mesmo um sujeito experienciado como Black, nunca experimentara nada parecido com a última hora. Não só o amor transbordou e pareceu transformar o mundo em ecos distantes e sem sentido ante a magnificência de Annia Evalandriel. O corpo dela açoitou, dobrou-se, lambeu, envolveu, sugou, prendeu, atendeu, impediu, vibrou, imprensou, correu e, por fim, morreu sobre a carne do ladino. Ao fim, com os olhos fixos nos olhos apaixonados de Sirius Black, ela acariciou a barba dele antes de dizer:
- Confie sempre em Rhange, meu amor. Proteja-o.. sempre!!! Sem ele estaríamos perdidos! Condenados!!!
- Condenados... - ele ainda repetia,, enquanto terminava de ajeitar a roupa já chegando ao escritório do regente da cidade. Encontrou todos os colegas lá. Rock gritava sobre a necessidade de uma viagem planar. Todos os demais concordavam que já não havia tempo a perder. Com um sorriso cansado e descabelado, Sirius Black lembrou ao regente de que ainda esperava por seus poderes.
- Você já os tem.. - disse Rhange Hesysthance antes de novamente teleportar a todos.
Eles surgiram em meio às areias do deserto. Ao longe, ao norte, uma montanha não era senão a pilha formada pela outrora imensa e terrível cidade voadora de Nova Netherill. Avançaram sem temer, já percebendo as formas sombrias que lá se moviam. Aproximaram-se com cautela, percebendo que as criaturas não deixavam a área de magia morta que envolvia as ruínas e escombros.
Sem conter seu ódio pelos mortos-vivos de trevas, Ryolith Fox avançou em carga contra eles. Acabou ferindo-os, mas sentindo suas forças serem sugadas, assim como um pouco de sua vida. Seus aliados atacaram e permitiram que ele e Mua D'ib recuassem. Eram Sombras da Noite, os mais terríveis dentre os mortos-vivos. Neste momento, suas armas começaram a falar em suas mentes.
- Esmague o mal e a escuridão, meu campeão da justiça. Esses mortos-vivos serão expurgados pela nossa pura verdade! - Insistia Dikaioo Ensis, a espada justa que Ryolith Fox herdara de sua finada esposa Palas Atenas.
- Calma, Sirius. Se esconda.. é arriscado.. não, não seja tão ousado, rapaz. Assim, vai dar tudo errado.. - disse a adaga Negativa, a cortadora de sombras, que tremia na mão de Sirius Black.
- ESMAGUE TODOS!!! AHHHHHHHHHHHH!!! UHHHHHHHHHH!!! ESMAAAGAAAR!!! - gritava Ruidoso, o furioso, machado de Rock dos Lobos.
- Prepare seus poderes necromânticos, Xavier.. é preciso deter estas Sombras da Noite. - alertou Batina, a veste de Oghma, que envolvia o corpo corcunda de Francisco Xavier.
- Pela glória eterna dos elfos e um novo tempo. Que nossos inimigos fiquem paralisados de medo. - disse Evorel, a alvorada dos elfos, a espada bastarda empunhada por John Falkiner.
- Raios e trovões, vão destruir o mal! HA! Eu garanto o sucesso, meu velho! HA! Raios e trovões! - disse Mahdi, a dançarina dos trovões, cimitarra principal empunhada por Mua D'ib dos Fantasmas da Árvore.
Atendendo às orientações de suas roupas encantadas, Francisco Xavier chamou pelos poderes que governam a morte e invocou um verme morto-vivo que emergiu da terra e devorou as sombras inimigas que os ameaçavam.
fritei!
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