16 de jan. de 2012

Vamos salvar a donzela indefesa..


Syrius foi o último a acordar no dia seguinte. Deparou-se com o próprio Falcon Eagle ali a vigiá-lo. O líder daquela família de elfos verdes parecia aguardar para ver como ele estava..
- Como se sente? - foram as primeiras palavras dele.
- Bem melhor.. mais leve.. obrigado por perguntar.
- É visível sua mudança, humano. Vão buscar Gaios.. ele deseja ver como Black está..
- Estou pronto a continuar a salvar quem passa pelo meu caminho, senhor Eagle. Não se deixe enganar pelo pouco que viu antes.. e pelo que insistem em dizer de mim. Parece que algo do além afeta o modo como as pessoas me entendem. Se me permite.. irei pegar de volta minhas coisas.. - Siryus passou a conferir atentamente e ver que tudo que possuia anteriormente continuava ali. Percebia, que sua visão sensível na escuridão desaparecera. Quando terminou de vestir-se viu Gaios chegar acompanhado de um ansioso Yorgói.
- Vejo que está recuperado, Siryus. Agora que não é mais um senescal de Shar, sua presença deixou de representar uma chaga na existência. No entanto, ainda existe uma cicatriz em sua alma.. uma marca que se for negligenciada poderá tornar a dar caminho para a Senhora das Sombras até sua vontade.
- Tenho certeza que não irá acontecer, bom druida. Estou prevenido e melhor preparado dessa vez..
- Eu insisto que deves acautelar-se e escutar-me. Tenho um presente para ajudá-lo a resistir em sua redenção. - O velho druida entregou cinco pequenos cristais para Siryus. - Basta que passe uma hora em meditação para os deuses da natureza e receberás em troca sabedoria para guiá-lo na perpétua batalha contra o mal que o habita.
- É um presente por certo poderoso demais.. valioso demais.. é demais pra mim, bom Gaios..
- É um presente.. o equilíbrio da natureza está na troca.. o valor está simplesmente no olhar...
- Sábias palavras.. permite-me tomar nota delas?
- Se isso é tudo.. devemos partir. - finalmente interrompeu Yorgói.
- A pressa não é uma aliada, mestre gnomo. Insisto que devem avançar com cuidado e deve levar mais companhia. Conversei a pouco com Daphne e ela irá acompanhá-los como nossa representante, pois precisamos saber o que se passa na vila de Brasillis. Mestre Falcon também conversou com Ehtur e Ryolith e ambos também seguirão com sua pequena comitiva em favor das defesas da Grande Floresta.
- Eu agradeço a todos.. por tudo.. mas se nos derem licença então.. - Yorgói e Siryus retiraram-se, deparando-se com os demais que os aguardavam do lado de fora da cabana formada por galhos e folhas.
- Agradeço a vocês por virem conosco. O talento de vocês é imprescindível... e por isso mesmo, não irei mentir. Meu intuito é libertar Deborah custe o que custar. Se for impossível saberei recuar, mas não é com esse objetivo que saio daqui.
- Eu imagino como se sente, Yorgói. Prometo ajudá-lo da melhor forma possível, se prometer que me acompanhará quando eu pedir sua ajuda em troca.
- Eu não poderia fazer um negócio melhor.. - sorriu o gnomo.
- Como não.. comigo fizeste a melhor das negociações! - interviu Siryus.
- Você pode estar diferente e eu não sentir mais o mal em você, mas eu continuo de olho em você.. Black. - cortou-o Fox. O paladino usava um novo símbolo sagrado de Tyr, que lhe fora entregue por Falcon Eagle.. um presente de um antigo camarada chamado Bahr Kokhba, campeão de Tyr e de Cormyr, assim como ele. O líder dos elfos verdes também entregara a
Telcontar um par de botas élficas. - Era o destino de Alissah recebê-las.. e entrego-as a você, pois sei que você irá entregá-las a ela. Serás o guardião dessa missão. - E assim eles seguiram. Primeiro ficou para trás a vila dos elfos verdes.. depois a Grande Floresta. Seguiram para noroeste, cortando a planície.
Depois de muitas horas, avistaram as construções que se elevavam à frente. Aproximaram-se com cautela e sob uma esfera de invisibilidade conjurada por Yorgói. Primeiro avistaram a torre que marcava o centro de Brasillis. Antes da cidade, viam a enorme favela formada por barracos improvisados, uns apoiados sobre os outros. Um pouco mais perto sentiram o cheiro horrível que o vento trazia de lá, assim como perceber o pouco movimento entre as vielas. Aquele inabitável aglomerado formava-se entre o ângulo reto formado pelos muros da cidade. Ehtur partiu no reconhecimento da região, enquanto os demais aguardavam.
Percebeu serem 3 acampamentos em volta da cidade. Um de orcs, o maior, um de bugbears, o menor, e um de hobgoblins, o unico alguma organização. A cidade tinha forma de cruz e um
portão em cada extremo. Três dos portões estavam abertos e havia um movimento de gnomos
escravizados e de capatazes orcs. A fonte de água subterrânea devia vir do norte ponderou analisando o relevo. Reuniu-se com os demais.
Yorgói explicou que os dois grandes prédios que Ehtur vira eram a prisão, ao norte, em forma de H, e a prefeitura, ao sul, o maior da cidade, perdendo em altura apenas para a torre. Foi a vez de Daphne varrer as imediações tornando-se um corvo e vagando por algumas horas. Na cidade, ela descobriu gnomos e orcs aprisionados na prisão além de sinistras aberrações. Após ser atacada, ela preferiu voar até o norte, onde encontrou um vasto pantâno, os Pântanos Eternos, que os druidas diziam um dia ter pertencido à Grande Floresta.. ali devia se formar o rio subterrâneo que alimentava a cidade. Daphne retornou e informou que o caminho até a prisão parecia simples, com alguns capatazes e alguns bugbears no local.
Ante os apêlos de urgência de Yorgói, seguiram agrupados e invisíveis, mas como temiam, não tardaram a ser descobertos pelos mestres dos orcs. Os capatazes orcs que vigiavam os gnomos, concentrando neles sua mecânica crueldade, subitamente pararam e dirigiram olhar na direção
da intrépida trupe. Uma saída rápida pela direita deu início à perseguição. Precisaram dar uma volta maior para chegar ao prédio da prisão. Lá, os guardas bugbears já vinham em sua direção. Nova curva, dessa vez para esquerda, pois pretendiam dar a volta pelo vão sob o centro do prédio. Por ali, porém, depararam-se com um troll.
- Sigam.. - falou Ehtur.. - Nós cuidamos dele. - E o guardião atacou o monstro gigante, quando este ficou ao alcance de sua lança. Ryolith partiu em carga contra o troll. Sirius posicionou-se e atacou-o por trás, todos os demais seguiram ainda invisíveis. A surpresa do troll confirmou que os mestres devoradores de mente podiam indicar onde eles estavam, mas ainda assim não podiam ser vistos. O troll acertou o guardião, mas bastou mais um ataque de Telcontar para tombar a besta, ainda a tempo de escapar da turba que chegava.
Daphne, Rock e os gnomos entraram na prisão, mas haviam dois outros bugbears ali dentro. David passou por eles sem demora rumando para o fundo do aposento. Ehtur, Ryolith e Sirius que vinham logo atrás entraram atacando e fecharam a porta, testando suas forças contra os orcs que desejavam entrar. Foi então que deu-se outra das explosões de energia mental, paralisando Arnoux, Úrsula, Daphne, David e o paladino. Para piorar, Marley, o furão familiar que Yorgói enviara para espionar a patrulha do devorador de mentes, alertou-o que o grupo já estava próximo da prisão.
Assim sendo, Ehtur e Sirius apressaram-se em derrubar os bugbears e mantiveram a defesa da porta com a ajuda de Rock, que enviou seu cachorro piscante averiguar o andar de cima, Yorgói invocou cães celestiais que mandou em seu auxílio. O cão que pisca encontrou uma gnoma parecida com a descrição dada por Yorgói, o que reanimou a todos. Ehtur subiu, Sirius e Rock derrubaram os orcs da porta, pois descobriram que a maioria deu a volta e entrou pelo outro lado.
Felizmente, a paralisia mental findou e todos puderam lutar (ou recolher pertences). No segundo andar, com as forças concentras puderam vencer quase uma dezena de bugbears e mais um punhado de orcs. Estavam prestes a libertar Deborah...


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