Um a um, os heróis foram chegando guiados pelo pajem Pidgen Eagle, um jovem elfo mal saído da puberdade. O pajem ia indicando aos convidados seus assentos na imensa mesa localizada na ampla plataforma suspensa entre as árvores da Grande Floresta. Chegava-se ali pelas pontes suspensas por cordas que saíam dos extremos, muito embora não houvesse mais movimento ali do que duas dúzias de elfos verdes, já que guardas, sentinelas e a maior parte dos demais habitantes tinham outros afazeres.
Sentado em uma das cabeceiras da mesa, Falcon Eagle recebeu Kaliandra Boaventura com um largo sorriso, posicionando-a imediatamente ao seu lado esquerdo. A embaixadora elfa buscou não dar mais atenção do que o necessário à cortesia do velho patriarca elfo, embora toda aquela celebração élfica trouxesse uma certa saudade de casa, mesmo com um ar mais rústico. A drow Dzariah, olhadas por todos com no mínimo desconfiança, no máximo ódio mortal, sentou-se ao lado de Boaventura, tendo Sérgio Reis, Braad e Derdeil Óphoda após ela. Do lado direito, de frente para eles estavam Rufus Lightfoot e Jorge da Capadócia. Além dos heróis convidados, estavam muitos dos parentes do líder dos elfos verdes, com um certo ar mal-humorado que parecia característica geral. As mulheres eram de uma beleza seca e decidida, os homens feios, mas austeros.
- Permitam apresentá-los, meus parentes, nobres convidados, caríssima embaixadora Kaliandra. Ao lado do paladino está a destemida Ravena Eagle, minha sobrinha, seguidora de Daphne, uma guardiã de todos os deuses muito precisa no arco. Ao lado dela está minha prima Swan Eagle, renomada diplomata, que já esteve na corte de Encontro Eterno com a rainha Amídalas Ancalimon. Ao lado dela está o irmão gêmeo de Ravena, Raven Eagle, também um excelente arqueiro guardião. Adiante está Condor Eagle, meu tio, um sábio clérigo de Bibiana, pai de Swan e Cuckoo. A jovem ao lado dele é Crane Eagle, minha filha, estudante dos mistérios arcanos, mesmo nesses tempo tão complicados. O forte rapaz ao lado dela é meu filho mais velho Woodpecker Eagle, que tem ao lado dele Mockingbird, meu neto, desses jovens um tanto rebeldes de hoje. Ao lado dele, meu primo Cuckoo, um feiticeiro, de quem já falei. Quase na ponta, temos Penguin Eagle, meu sobrinho que é guerreiro. A dama na outra cabeceira é Hawk Eagle, clériga de Bibiana, Senhora da Vila, mãe de Woodpecker e Crane. Ao lado direito dela está meu irmão Merlin Eagle, nosso mais poderoso mago e pai dos gêmeos. Flamingo é a mulher ao lado dele, minha cunhada, esposa de meu irmão Owl. O rapaz ali é Crow, meu outro filho. Aquele é Owl, meu irmão mais novo, responsável por nosso comércio. Entre ele e o mago de Halruaa estão seus filhos Parrot, jovem bardo, e Rumingbird, guardiã da deusa dos elfos que serve a John Falkiner, o escolhido de Bibiana.
- É um enorme prazer conhecer a todos, nossa rainha Amidala Ancalimon, filha de Goellis Ancalimon, Senhora do Oeste, Dama da Esperança teria grande prazer em se reunir aos mais proeminentes membros do clã Eagle, entendendo como quer Bibiana que somos um só povo em um só mundo - disse Kaliandra com uma reverência, enquanto todos prestavam atenção. A única exceção era o monge Braad, que após virar o próprio copo de hidromel, fizera o mesmo com as teças de Sérgio e Derdeill, já cheio que estava do rum dos anões.
- Estão cuidando de nosso conforto meu primo Vulture Eagle e minha sobrinha neta Secretarybird, além de Pidgen, que os recebeu. Espero que as ervas, folhas e legumes estejam do vosso agrado. Nosso molho verde é muito famoso. Eu mesmo recomendo a sopa de espinafre com tofu, é uma das especialidades do chef Francis Eagle.
- Carne? Cogumelos recheados? Bacon? - Dizia Rufus provando o que havia nas travessas que alcançava. - Algo sem tantos verdinhos?
- Justo Tyr, abençoe esta comida que temos diante de.. - ia dizendo o paladino murmurando uma prece.
- Deja la garrafa, chico.. - disse Braad entornando a bebida.
- Espero que esteja tudo do seu agrado, Kaliandra - disse Falcon se aproximando. - Farei tudo que estiver ao meu alcance para que chegue até Evereska e cumpra sua embaixada. Talvez possamos aproveitar esse tempo para nos conhecer melhor. Posso lhe contar de minhas façanhas como aventureiro.
- Espero que não me entenda mal, patriarca Eagle. Mas o único caráter de minha viagem é representar a rainha e cuidar de que a vontade dela e de Bibiana funcionem em uníssono - Kaliandra afastou-se um pouco dele.
- Acredito que possamos estreitar os laços.. - Falcon esticou um braço por sobre o encosto da cadeira. - A rainha e Bibiana gostariam disso...
- Solta essa língua Boaventura, Kaliandra - debochou Sérgio Reis percebendo a saia-justa. Ele pegou o berrante e deu um sopro entusiasmado para trazer furor aos corações.
- Love is in the air... everywhere i look around... - começou a cantar o bardo Parrot Eagle tocando uma cítara.
- Love is in the air... every sight and every sound... - continuou Sérgio com um longo falsete, o que pareceu animar Falcon Eagle.
- Eu posso te levar até Everska, Kali... mas posso te levar até as estrelas antes... - ele disse tentando envolvê-la.
- Talvez você devesse se lembrar de onde está e de sua obrigações, Falcon Eagle - gritou em advertência Hawk do outro extremo da mesa. - Lembre-se que Bibiana diz que somos um só povo agora, mas não temos de aguentar velhos tolos e babões, que não sabem cuidar dos próprios filhos.
- A sabedoria de Bibiana requer um distanciamento reflexivo... - esquivou-se Kaliandra concordando com Hawk. Mas a atenção de todos foi atraída pelo baque surdo que se seguiu. Todos viram Braad tombar inconsciente e completamente embriagado, derramando algumas travessas, espalhado comida.
- Se me dão licença, acho que meu amigo tá precisando deitar.. - disse Derdeil, que conjurou uma magia que lhe daria a capacidade de carga proporcional à de uma formiga do seu tamanho. Sentia a força do mythal, que não saía de seu pensamento a alimentar sua magia. - Eu irei levá-lo até o quarto e retornarei.... - antes que o mago de Halruaa, no entanto, saísse dali com o mestre da bebedeira o ataque começou.
Rufus Lightfoot ainda mastigando uma cenoura crua foi quem viu melhor o que estava acontecendo. Ele se afastara alguns segundos antes para dar uma volta tranquila com Azuzu, já que estavam todos reunidos no jantar talvez houvessem lugares onde passear sem barreiras. O furtivo hobbit viu os mortos-vivos escalando pelas árvores e sitiando o banquete. Eram dos mortos-vivos drows sem pele e que expeliam ácido encontrados anteriormente. Dessa vez, no entanto, eram dezenas. Lá embaixo, um caos ainda maior se espalhava por toda a vila.
As criaturas movidas por energia negativa saltaram sobre a plataforma, gotejavam suas secreções ácidas e usavam seus olhares sinistros contra os Eagles e seus convidados. Falcon Eagle vitimou o primeiro com uma saraivada de flechas certeiras, enquanto seu falcão Pardal ganhou os ares. Kaliandra sacou da sua espada longa recém-adquirida em troca do equipamento drow e investiu em carga contra os mortos-vivos que ameaçavam Derdeil e o inconsciente Braad. Sérgio e Parrot mudaram o tom da cantoria para que esta animasse seus aliados na batalha. Dzariah saltou sobre a mesa e disparou um raio de luz de sua varinha, sacrificando seu vigor já que não podia se vincular ao mythal da Grande Floresta como os demais. Jorge da Capadócia invocou os poderes da justiça para esmagar aquele mal profano. Sem exitar, Rufus disparou com Azuzu em direção ao arsenal onde esperava encontrar algo de útil contra a horda morta-viva.
A maioria dos Eagles disparou seus arcos contra os inimigos, mesmo que sem tanto sucesso quanto o patriarca deles. Condor invocou uma proteção, enquanto Merlin descarregou uma saraivada de relâmpagos contra as criaturas, sem ferí-las em nada. Hawk Eagle ergueu os braços e clamou pela força vital de Bibiana.
- Que a senhora do elfos transborde a vida de mim... - A energia positiva e pulsante partiu de Hawk e correu quase 20 metros para além dela, o dobro do que seria normal, alcançando a maior parte da plataforma. Os vivos que tocava recuperavam os danos sofridos, sumiam-lhes as feridas como se nunca estivessem existido. Já os mortos-vivos sentiam sua carne ser queimada e expurgada, quase que de uma só vez destruídos. Ainda assim, eles resistiram e mesmo cambaleantes continuaram a atacar.
- Por Oghma, clérigo Derdeill... você é capaz de fazer isso? - Gritou Sérgio, que parava de cantar e pegava seu arco, subindo na mesa, como iam fazendo os outros sobreviventes. - Exploda em energia positiva para nos ajudar.
Além disso, uma nova leva de mais de trinta mortos-vivos chegou e os mais jovens, fracos e inexperientes dentre os Eagle iam tombando ante a força nefasta das criaturas. Secretary, Pidgen, Mockingbird, Crane e Flamingo tombaram, alguns mortos em definitivo. Para surpresa de todos, pequenos portais dimensionais se abriam e os corpos dos elfos tombados foram sequestrados antes que alguém pudesse reagir.
Kaliandra se dirigiu para o outro extremo da mesa para proteger a clériga de Bibiana, que explodiu em luz novamente destruindo os mortos-vivos que ferira anteriormente. Isso, no entanto, não deteve as criaturas recém-chegadas, que investiram mesmo fulminadas por flechas. Derdeil tentava escapar com Braad, mas acabou encurralado antes de chegar à saída, fazendo com que Braad recebe os ataques dos monstros.
Jorge, Dzariah e Sérgio usavam seus poderes como podiam, mas a situação não parecia melhorar. Apenas Falcon derrubava sempre um inimigo por ataque. Rufus tentava retornar carregando as armas que conseguira amarrar em Azuzu. Via que o caos só piorara lá embaixo.
Findado o ritual e sentindo-se um só com aquele círculo, Chuck viu aproximar-se dele a druida Felicia Eagle, serva de Bibiana. A elfa verde sorria como uma irmã mais velha, sem a feição sisuda tão típica dos elfos verdes.
- Espero que represente bem o amalgama equilibrado que foi Daphne entre nós, Chuck. Vi muito humanos passarem por esse posto nos últimos anos.
- Espero não desapontá-los... - disse o rapaz com humildade. - Eu tenho umas boas ideias, na verdade. Podíamos pegar o mythal e fazer pequenos amuletos com a energia, para termos poderes fora da Grande...
- Você terá muito tempo para me contar... - disse a elfa. - Agora temos de seguir para o jantar com os viajantes que você e Mari´bel trouxeram. Meu tio Falcon está recebendo a todos com um grande banquete... - e tendo dito isto, a druida levou Chuck consigo e eles mergulharam em uma árvore, surgindo na plataforma.
Os recém-chegados, deixando o círculo sagrado dos druidas, descobriram aterrorizados o que se passava na vila dos elfos verdes. Cercados pelos mortos-vivos drows sem pele, Penguin, Cuckoo, Vulture, Parrot e Rumingbird também caíam antes o poder corrosivo dos monstros. Chuck conjurou uma luz brilhante como a do dia, o que causou certo incômodo aos inimigos. Mesmo assim, os heróis e os Eagle iam sendo encurralados sobre a mesa, enquanto novos portais trouxeram drows que levaram os que tombaram em combate.
Para piorar, o chão começou a tremer e um enorme clarão antecedeu o rugido que vinha do horizonte ao sul. O vulcão da Montanha das Estrelas explodiu e jorrou lava, fazendo toda a Grande Floresta tremer. As árvores chaquoalharam, exigindo do equilíbrio de todos e desestabilizando os mortos-vivos que atacavam como uma horda.
Kaliandra irrompeu e abriu caminho até Derdeil, matando um dos mortos-vivos que o ameaçava. O mago aproveitou para fustigar o outro com três mísseis mágicos que acabaram por repelir a criatura.
- Use seus poderes, Derdeill - conclamou a elfa, antes de se virar e retornar para a batalha. Tão logo ela deu as costas para voltar a proteger a clériga de Bibiana, o mago de Halruaa largou o mestre da bebedeira no chão e leu um pergaminho de invisibilidade superior, sumindo da vista de todos.
A clériga Hawk explodiu uma vez mais com sua energia positiva divina, empunhando o nome de Bibiana e destruindo grande parte da ameaça. Dos que restaram próximos, Merlin exterminou um com mísseis mágicos e Condor outro com um raio de luz. Raven e Ravena mataram cada qual um com suas flechas. Os mortos-vivos sem pele ainda tinham forças para vitimar a drow Dzariah, bastante debilitada na constituição pelo uso prolongado da varinha mágica sem o acesso ao mythal.
Chuck salvou Dazriah matando o cadáver que a atacara, o druida conjurou um leopardo sobre ele. Jorge da Capadócia esmagou o mal que tinha diante de si, enquanto Falcon Eagle exterminou mais um. Sérgio disparou uma flecha que quase acertou uma folha na árvore mais próxima. Mesmo derrotados, os corpos não se desfaziam em cinzas ou dissolviam, continuavam ali a tremer. Lá debaixo, ainda vinha o som da destruição.
- É um enorme prazer conhecer a todos, nossa rainha Amidala Ancalimon, filha de Goellis Ancalimon, Senhora do Oeste, Dama da Esperança teria grande prazer em se reunir aos mais proeminentes membros do clã Eagle, entendendo como quer Bibiana que somos um só povo em um só mundo - disse Kaliandra com uma reverência, enquanto todos prestavam atenção. A única exceção era o monge Braad, que após virar o próprio copo de hidromel, fizera o mesmo com as teças de Sérgio e Derdeill, já cheio que estava do rum dos anões.
- Estão cuidando de nosso conforto meu primo Vulture Eagle e minha sobrinha neta Secretarybird, além de Pidgen, que os recebeu. Espero que as ervas, folhas e legumes estejam do vosso agrado. Nosso molho verde é muito famoso. Eu mesmo recomendo a sopa de espinafre com tofu, é uma das especialidades do chef Francis Eagle.
- Carne? Cogumelos recheados? Bacon? - Dizia Rufus provando o que havia nas travessas que alcançava. - Algo sem tantos verdinhos?
- Justo Tyr, abençoe esta comida que temos diante de.. - ia dizendo o paladino murmurando uma prece.
- Deja la garrafa, chico.. - disse Braad entornando a bebida.
- Espero que esteja tudo do seu agrado, Kaliandra - disse Falcon se aproximando. - Farei tudo que estiver ao meu alcance para que chegue até Evereska e cumpra sua embaixada. Talvez possamos aproveitar esse tempo para nos conhecer melhor. Posso lhe contar de minhas façanhas como aventureiro.
- Espero que não me entenda mal, patriarca Eagle. Mas o único caráter de minha viagem é representar a rainha e cuidar de que a vontade dela e de Bibiana funcionem em uníssono - Kaliandra afastou-se um pouco dele.
- Acredito que possamos estreitar os laços.. - Falcon esticou um braço por sobre o encosto da cadeira. - A rainha e Bibiana gostariam disso...
- Solta essa língua Boaventura, Kaliandra - debochou Sérgio Reis percebendo a saia-justa. Ele pegou o berrante e deu um sopro entusiasmado para trazer furor aos corações.
- Love is in the air... everywhere i look around... - começou a cantar o bardo Parrot Eagle tocando uma cítara.
- Love is in the air... every sight and every sound... - continuou Sérgio com um longo falsete, o que pareceu animar Falcon Eagle.
- Eu posso te levar até Everska, Kali... mas posso te levar até as estrelas antes... - ele disse tentando envolvê-la.
- Talvez você devesse se lembrar de onde está e de sua obrigações, Falcon Eagle - gritou em advertência Hawk do outro extremo da mesa. - Lembre-se que Bibiana diz que somos um só povo agora, mas não temos de aguentar velhos tolos e babões, que não sabem cuidar dos próprios filhos.
- A sabedoria de Bibiana requer um distanciamento reflexivo... - esquivou-se Kaliandra concordando com Hawk. Mas a atenção de todos foi atraída pelo baque surdo que se seguiu. Todos viram Braad tombar inconsciente e completamente embriagado, derramando algumas travessas, espalhado comida.
- Se me dão licença, acho que meu amigo tá precisando deitar.. - disse Derdeil, que conjurou uma magia que lhe daria a capacidade de carga proporcional à de uma formiga do seu tamanho. Sentia a força do mythal, que não saía de seu pensamento a alimentar sua magia. - Eu irei levá-lo até o quarto e retornarei.... - antes que o mago de Halruaa, no entanto, saísse dali com o mestre da bebedeira o ataque começou.
Rufus Lightfoot ainda mastigando uma cenoura crua foi quem viu melhor o que estava acontecendo. Ele se afastara alguns segundos antes para dar uma volta tranquila com Azuzu, já que estavam todos reunidos no jantar talvez houvessem lugares onde passear sem barreiras. O furtivo hobbit viu os mortos-vivos escalando pelas árvores e sitiando o banquete. Eram dos mortos-vivos drows sem pele e que expeliam ácido encontrados anteriormente. Dessa vez, no entanto, eram dezenas. Lá embaixo, um caos ainda maior se espalhava por toda a vila.
As criaturas movidas por energia negativa saltaram sobre a plataforma, gotejavam suas secreções ácidas e usavam seus olhares sinistros contra os Eagles e seus convidados. Falcon Eagle vitimou o primeiro com uma saraivada de flechas certeiras, enquanto seu falcão Pardal ganhou os ares. Kaliandra sacou da sua espada longa recém-adquirida em troca do equipamento drow e investiu em carga contra os mortos-vivos que ameaçavam Derdeil e o inconsciente Braad. Sérgio e Parrot mudaram o tom da cantoria para que esta animasse seus aliados na batalha. Dzariah saltou sobre a mesa e disparou um raio de luz de sua varinha, sacrificando seu vigor já que não podia se vincular ao mythal da Grande Floresta como os demais. Jorge da Capadócia invocou os poderes da justiça para esmagar aquele mal profano. Sem exitar, Rufus disparou com Azuzu em direção ao arsenal onde esperava encontrar algo de útil contra a horda morta-viva.
A maioria dos Eagles disparou seus arcos contra os inimigos, mesmo que sem tanto sucesso quanto o patriarca deles. Condor invocou uma proteção, enquanto Merlin descarregou uma saraivada de relâmpagos contra as criaturas, sem ferí-las em nada. Hawk Eagle ergueu os braços e clamou pela força vital de Bibiana.
- Que a senhora do elfos transborde a vida de mim... - A energia positiva e pulsante partiu de Hawk e correu quase 20 metros para além dela, o dobro do que seria normal, alcançando a maior parte da plataforma. Os vivos que tocava recuperavam os danos sofridos, sumiam-lhes as feridas como se nunca estivessem existido. Já os mortos-vivos sentiam sua carne ser queimada e expurgada, quase que de uma só vez destruídos. Ainda assim, eles resistiram e mesmo cambaleantes continuaram a atacar.
- Por Oghma, clérigo Derdeill... você é capaz de fazer isso? - Gritou Sérgio, que parava de cantar e pegava seu arco, subindo na mesa, como iam fazendo os outros sobreviventes. - Exploda em energia positiva para nos ajudar.
Além disso, uma nova leva de mais de trinta mortos-vivos chegou e os mais jovens, fracos e inexperientes dentre os Eagle iam tombando ante a força nefasta das criaturas. Secretary, Pidgen, Mockingbird, Crane e Flamingo tombaram, alguns mortos em definitivo. Para surpresa de todos, pequenos portais dimensionais se abriam e os corpos dos elfos tombados foram sequestrados antes que alguém pudesse reagir.
Kaliandra se dirigiu para o outro extremo da mesa para proteger a clériga de Bibiana, que explodiu em luz novamente destruindo os mortos-vivos que ferira anteriormente. Isso, no entanto, não deteve as criaturas recém-chegadas, que investiram mesmo fulminadas por flechas. Derdeil tentava escapar com Braad, mas acabou encurralado antes de chegar à saída, fazendo com que Braad recebe os ataques dos monstros.
Jorge, Dzariah e Sérgio usavam seus poderes como podiam, mas a situação não parecia melhorar. Apenas Falcon derrubava sempre um inimigo por ataque. Rufus tentava retornar carregando as armas que conseguira amarrar em Azuzu. Via que o caos só piorara lá embaixo.
Findado o ritual e sentindo-se um só com aquele círculo, Chuck viu aproximar-se dele a druida Felicia Eagle, serva de Bibiana. A elfa verde sorria como uma irmã mais velha, sem a feição sisuda tão típica dos elfos verdes.
- Espero que represente bem o amalgama equilibrado que foi Daphne entre nós, Chuck. Vi muito humanos passarem por esse posto nos últimos anos.
- Espero não desapontá-los... - disse o rapaz com humildade. - Eu tenho umas boas ideias, na verdade. Podíamos pegar o mythal e fazer pequenos amuletos com a energia, para termos poderes fora da Grande...
- Você terá muito tempo para me contar... - disse a elfa. - Agora temos de seguir para o jantar com os viajantes que você e Mari´bel trouxeram. Meu tio Falcon está recebendo a todos com um grande banquete... - e tendo dito isto, a druida levou Chuck consigo e eles mergulharam em uma árvore, surgindo na plataforma.
Os recém-chegados, deixando o círculo sagrado dos druidas, descobriram aterrorizados o que se passava na vila dos elfos verdes. Cercados pelos mortos-vivos drows sem pele, Penguin, Cuckoo, Vulture, Parrot e Rumingbird também caíam antes o poder corrosivo dos monstros. Chuck conjurou uma luz brilhante como a do dia, o que causou certo incômodo aos inimigos. Mesmo assim, os heróis e os Eagle iam sendo encurralados sobre a mesa, enquanto novos portais trouxeram drows que levaram os que tombaram em combate.
Para piorar, o chão começou a tremer e um enorme clarão antecedeu o rugido que vinha do horizonte ao sul. O vulcão da Montanha das Estrelas explodiu e jorrou lava, fazendo toda a Grande Floresta tremer. As árvores chaquoalharam, exigindo do equilíbrio de todos e desestabilizando os mortos-vivos que atacavam como uma horda.
Kaliandra irrompeu e abriu caminho até Derdeil, matando um dos mortos-vivos que o ameaçava. O mago aproveitou para fustigar o outro com três mísseis mágicos que acabaram por repelir a criatura.
- Use seus poderes, Derdeill - conclamou a elfa, antes de se virar e retornar para a batalha. Tão logo ela deu as costas para voltar a proteger a clériga de Bibiana, o mago de Halruaa largou o mestre da bebedeira no chão e leu um pergaminho de invisibilidade superior, sumindo da vista de todos.
A clériga Hawk explodiu uma vez mais com sua energia positiva divina, empunhando o nome de Bibiana e destruindo grande parte da ameaça. Dos que restaram próximos, Merlin exterminou um com mísseis mágicos e Condor outro com um raio de luz. Raven e Ravena mataram cada qual um com suas flechas. Os mortos-vivos sem pele ainda tinham forças para vitimar a drow Dzariah, bastante debilitada na constituição pelo uso prolongado da varinha mágica sem o acesso ao mythal.
Chuck salvou Dazriah matando o cadáver que a atacara, o druida conjurou um leopardo sobre ele. Jorge da Capadócia esmagou o mal que tinha diante de si, enquanto Falcon Eagle exterminou mais um. Sérgio disparou uma flecha que quase acertou uma folha na árvore mais próxima. Mesmo derrotados, os corpos não se desfaziam em cinzas ou dissolviam, continuavam ali a tremer. Lá debaixo, ainda vinha o som da destruição.