Ehtur Telcontar sentia o aroma doce do mel e dos frutos silvestres. Alissah tinha uma dieta bastante frugal depois que se tornou uma fada. Mesmo grávida, isso não a fazia querer carne de qualquer animal, mesmo com a insistência dele de que seria bom para o bebê. Apenas vegetais, nozes e néctar. Ele trazia também um par de coelhos para si. Sentia a brisa agradável que assobiou entre as árvores até ver a mulher que repousava na choupana de traços élficos que erguera para eles não muito distante da Árvore do Grande Pai na Grande Floresta. Sentia uma felicidade ímpar, como se finalmente os problemas do mundo não fossem capazes de abafar sua satisfação. Tinha consideração pelos amigos e uma certa saudade da adrenalina das batalhas, mas nada era melhor do que cuidar de sua mulher e e esperar pela chegada de seu primogênito.
Ele viu sua esposa, a feiticeira dríade Alissah Eagle, deitada esperando por ele. Ehtur chegou e beijou a amada na testa e depois nos lábios. Fez um carinho na barriga dela que já estava grande para seu corpo pequenino e delicado. A gestação dos elfos poderia durar até 2 anos. Não faltavam mais que 5 meses agora, ele calculava. "Você demorou...", ela disse deixando a saudade subentendida.
No entanto, um arrepio súbito, como um presságio ruim, o alertou que havia algo de errado. Ele viu seu equipamento de aventureiro agitar-se e de dentro de sua bolsa mágica, a que encontrara com seus companheiros quando do confronto com o lich de Thay Szaas Tam, tremeu e caiu no chão.
Do interior do espaço mágico da bolsa, escapou um espectro negro, como uma aparição morta-viva de olhos vermelhos. No entanto, o experiente guardião de Mielikki sabia que aquilo só podia ser o espírito do lich necromântico que almejou ser o deus da magia. Ehtur Telcontar puxou a inseparável Gungnir, empaladora de deuses, e investiu contra o inimigo para destruí-lo uma vez mais.
Dessa vez, no entanto, o poder da épica arma, capaz de acertar seres intangíveis do plano etéreo, pareceu nulo, pois o guardião atravessou o espectro sem nenhum mal causar. O espírito de Szass Tam seguiu sem se perturbar até Alissah, que invocou um santuário mágico para protegê-la e ao seu filho. Mesmo assim, a alma sombria desencarnada invadiu-a, alojando-se em sua barriga.
- Ehtur... socorro... - disse a elfa aterrorizada para o marido.
Ehtur abriu os olhos abruptamente despertando do pesadelo. Mais um sonho. Ou seria mais um presságio? Ele já ouvia a voz de Ryolith Fox que conversava lá fora com John Falkiner. Ele vestiu-se sentindo-se ainda enfraquecido pela energia drenada pelos avatares de Shar e saiu.
- ... por isso devo me apressar, Falkiner - ponderava o paladino. - Eu sonhei com uma menina.. ela estava colhendo lenha junto a uma floresta. Estava sendo observada por drows, elfos negros e furtivos. Ela lembrou-me muito a regente de Cormyr.. a mãe do rei que desaparecera, sendo dada como morta. Preciso seguir a orientação de Tyr que recebi ontem.
- Eu irei levá-lo, Ryolith, mas antes devemos cuidar de recuperar suas energias, de Ehtur e Rock. O regente Aspirah prometeu que faria isso hoje logo cedo. Depois disso, eu o levarei...
- Eu também vou.. - interviu Úrsula que também chegou, mas sem falar de seu sonho com o filho Arnouxzinho. A gnoma disfarçava a preocupação com a visão pós apocalíptica que tivera de seu filho.
- Eu levarei vocês dois e voltarei... - completou Falkiner. - Também tive um preocupante sonho com um terrível dragão vermelho, coberto de itens mágicos e sentado em um trono. Ele ameaçava seus servos, que o cultuavam como a um deus. Ele usava um tipo de símbolo sagrado da deusa dos dragões, mas que valorizava o vermelho.
- Precisamos conversar.. - interviu Ehtur. - Quem irá carregar as gemas de sangue com o espírito do lich? - Ele estendeu a pequena bolsa para que todos vissem.
- Eu achei que estavam divididas entre nós todos? - Estranhou John Falkiner.
- Não! Estavam comigo... - insistiu o guardião de Mielikki.
- Eu não desejo tê-las comigo.. - disse Daphne que chegava acompanhada de Jacke Linne.
- Tive um sonho estranho.. - falou Rock dos Lobos que chegou pela entrada do corredor, vindo de fora do templo de Bibiana, junto com ele, de mãos dadas, vinha Marissa Stardust, ambos com sorrisos bobos nos rostos.
- Temos de ir cuidar da grande restauração de vocês três.. enquanto o regente Aspirah invoca as preces, discutiremos... - falou o escolhido de Bibiana já conduzindo todo para a nave do templo.
- Ei.. ei.. - veio chegando Sirius Black. O escolhido de Selune ainda lembrava-se da voz de Annia, que se intitulava magistrada agora. Depois de abusar de seu corpo, a elfa o expulsara de seu quarto e bradou suas ameaças arrogantes. "Vocês não entendem nada. Você não sabe de nada, Sirius Black. A magia agora voltou a ser poderosa como nunca. Ainda que tenha um preço, ela não tem mais limites! Mais uma vez, cidades voarão. O grande deus da magia Rhange Hesystance devolverá mesma grandeza que devolveu a Evereska. Isso fora a alta magia élfica".
- Eu sonhei com os deuses... todos eles.. reunidos. - Disse Sirius, sem contar o sonho que tivera antes. Sirius adentrava um quarto escuro que clareava à medida que entrava. No centro, uma criança sentada de costas para ele, com manchas negras nas costas e a pele rasgada, vertendo sangue. Sirius então tentou ficar de frente para o garoto, mas sempre que caminhava, a criança girava e só suas costas podiam ser vistas. Então, tentou mergulhar nas sombras para se posicionar de frente para a criança, mas quando
emergiu o menino explodiu em luz. Depois, ele acordou entre os deuses.. - Eu via através dos olhos de Selune. Vi Bibiana.. vi Tyr.. vi deuses elementais, eu acho.. não vi a prostituta de Satã. Todos estavam ao redor de Rhange Hesystance, que parecia bem convencido.
- Eu acho que devemos partir para o norte... ajudar alguns bárbaros que estão sendo atacados. As últimas duas tribos.. eu acho. Matar uns orcs, que tal?
- Pois eu vi muito além, Rock dos Lobos, servo do senhor do Abismo! - Falou mais alto Daphne da Grande Floresta. - Mais uma vez estive com Dendar. Em suas escamas, pude ver nossa realidade e três dos artefatos basilares em todas as existências. Eu vi um pântano perto de Invernunca onde uma velha senhora.. uma velha elfa, mais velha do que jamais julguei possível para um elfo. Ela tinha um dragão preto gargântico ao seu lado e conversava com o avariel Gabriel, que julgávamos ter se perdido no reino dos elfos da estrela, quando da batalha contra os rakshasas. Ao lado dela estava o tomo.. o Tomo de Mystra.. não pude vê-lo bem, mas o reconheci.. aquele que Byron usou para trazer-nos do Cetro de Lathander. Também vi o vulcão onde estivemos lutando contra Shar entrando em erupção. Havia uma concentração absurda de energia negativa causando aquilo. Acredito que o artefato.. o Cetro de Bibiana tenha sido destruído...
A druida de todos os deuses olhou para John Falkiner, que não parecia haver sentido nada a respeito, nem sido avisado por Bibiana. Mas os deuses estavam ocupados agora reunidos com o novo deus da magia. Ela continuou:
- Vi também um estranho mago. Ele tinha várias pedras mágicas que giravam ao seus redor. Ele não precisava se concentrar ou era penalizado para dar suas magias. Ele tinha a gema negra de Telamont, o imperador de Nova Netherill. Esse mago batalhava com estranhos hominídeos.. tinham algo de humano, mas nada sei sobre eles. Eram albinos e atarracados...
- Também não sei quem são... podem ser humanos das profundezas. - Ponderou Ehtur, depois de ser liberado da magia e já recuperado. - E quanto às pedras?
- Eu vi uma clériga.. uma clériga de Gilgeam.. um deus morto do sul.. de Mulhorand. Ele roubou uma cabeça de uma pirâmide... a cabeça de uma múmia...
- Não as quero... - disse Daphne sorrindo para sua seguidora. - Nem eu, nem Jacke.
- Vamos dividí-las... - falou Falkiner.
- Vamos destruí-las... - disse Ehtur. - Me dê uma bolsa mágica, Sirius. Jogamos uma na outra e resolvemos o problema. Uma explosão mágica e as pedras ficam presas em outro plano.
- Não necessariamente.. - ponderou Rock.
- Querido, você tem de falar para eles... - interviu Marissa.
- Ah sim.. bom pessoal.. é que.. bom... como eu vou dizer... vocês sabem que já tem um tempo que...
- O que o Rock quer dizer é que nós vamos nos casar. Ele vai deixar a vida de aventureiro e de viajante entre os planos e nós ficaremos aqui em Evereska para construir nosso futuro juntos. Nós vamos ter um filho, pois percebi que apesar de tantas tragédias, esse é um momento de semear a esperança, de abraçar a vida, com a graça de Bibiana. Por isso, iremos nos unir de acordo com as tradições élficas, teremos a cerimônia no templo de Bibiana, mãe dos elfos, ao longo de dez dias como se deve.. da meditação até a comunhão total... - falou Marissa com um largo sorriso.
- Deixe as gemas comigo então.. - disse John Falkiner pegando a bolsa mágica. - Vocês tem a benção de Bibiana, Marissa. Juarez cuidará de tudo. Agora que Aspirah terminou com as restaurações, creio que podemos partir.
- Pode ficar... - disse Sirius.
- Pode ficar... - disse Sirius.
- Eu também cuidarei das gemas para que o amaldiçoado lich não retorne - disse o santo paladino Ryolith Fox. - Mas não vamos perder mais tempo...
- Vamos logo com isso... - disse Úrsula se aproximando dos dois. - Passa umas pra cá. - Em um instante, a matadora de magos, o santo de Tyr e o escolhido de Bibiana sumiram.
Os demais despediram-se de Rock dos Lobos, Marissa Stardust e Aspirah Ébrius e preferiram partir voando para a Grande Floresta. Daphne transformou-se em um enorme hipogrifo para carregar Sirius, Jacke e Ehtur. Iam atentos para dragões ou qualquer outra ameaça.
Ryolith Fox, John Falkiner e Úrsula Suarzineguer surgiram entre as árvores de uma floresta temperada próximos a um rio. Imediatamenteperceberam que seus itens estavam desativados após deixarem Evereska. Havia muita gente reunida ali, além de barracas e tendas leves de fácil remoção. Eram cerca de cento e vinte pessoas. A multidão ficou alvoroçada com a chegada do trio vindos do nada. Embora alguns tenham se assustado, a maioria parecia estar esperando por algo. Eram todos muito jovens. Humanos, embora houvesse um ou outro meio-elfo. Haviam espadas, arcos e machado, mas dificilmente poderiamos chamar aquilo de tropa.
- Eu sou Ryolith Fox, servo de Tyr e filho de Cormyr. O senhor da justiça designou que eu viesse..
- É ele mesmo...
- Como no sonho...
- Pensei que ele fosse mais jovem...
- Um bardo me disse que ele era casado com Palas Atenas...
- Com licença, santo paladino - disse uma jovem mulher chegando e afastando os demais adolescentes. - Eu sou Sherazade e tenho liderado essa resistência. Estamos cercados por drows, zhentarianos e sembianos. Os drows tomam conta da floresta, os zhentarianos dominam o norte e os vales e Sembia tem o oeste de Cormyr e o vale das batalhas, embora Estagund esteja sob domínio dos servo de Fzoul Chembril. Temos reunidos todos que podemos e desejam lutar pela justiça e pela liberdade. Todos estamos seguindo os desejos de Tyr de reconstruir Cormyr.
- Parece que temos camponeses, escudeiros, lenhadores e carroceiros - resmungou Úrsula olhando em volta. - Isso não é um exército para salvar um reino ou Palas Atenas.
- Devemos seguir até sua esposa, Ryolith? Preciso de alguns minutos para localizá-la. - Quis saber Falkiner já pensando na nova benção que possuía e diria a localização exata da serva de Tyr.
- Antes eu devo prepará-los... - disse o paladino, enquanto a jovem Sherazade enlaçava o braço dele.
- Como você é alto... e tem essa beleza madura... - a jovem disse deixando o encantamento suplantar a diplomacia.
Falkiner começou a tecer a invocação, já sentindo o preço em vigor para acessar o tecido mágico.
Após voarem por oito horas, Daphne da Grande Floresta, Ehtur Telcontar, Sirius Black e Jacke Linne sabiam que ainda estavam a algumas horas da porção sudeste da Grande Floresta. Logo que deixaram o perímetro de Evereska, seus itens mágicos deixaram de funcionar. Pelo caminho, nenhum perigo e nada além de um par de ursorujas praticando os rituais do acasalamento. Porém, quando a metamorfa em forma de hipogrifo aumentava a altitude para passar pela Montanha dos Picos Cinzentos, o servo de Miellikki percebeu cerca de quatro dragões na entrada das cavernas do topo de alguns picos. Eram brancos e havia um enorme.
Sem demora, Ehtur preparou Gungnir, a certeira, e Sirius Black tomou Negativa, ambos lançando-se sobre o maior dos dragões brancos. A criatura, que parecia confusa e perdida, pouco pode fazer e tombou antes mesmo que Daphne e Jacke auxiliassem os aliados. Resolveram inspecionar o interior da caverna, quando alguém dirigiu-se à druida da Grande Floresta, que guardava a entrada, enquanto os colegas já chegavam ao tesouro do finado dragão.
- Vocês são os justiceiros carniceiros que vem ceifar a vida dos recém despertos? - Disse o sujeito ruivo e de olhos castanhos avermelhados em dracônico.
- Nós evitamos que o seu desequilíbrio perturbe a Grande Floresta - falou a diplomacia de Daphne.
- Quer dizer que vocês caçam aqueles que apenas cuidam de seus refúgios? Aqueles que buscaram salvar-se da estrela vermelha sem ceder ao Culto do Dragão. Onde está a estrela vermelha que enlouquece os dragões?
- Ela partiu há algumas semanas.
- Algo nos despertou de nosso sono protetor.
- E quem é você verdadeiramente? - Disse Ehtur retornando com Sirius, já certo de se tratar de um dragão que mudara de forma.
- Eu sou Drachenflagrion, mas vocês podem chamar-me de Flamarion com suas línguas símias. Não é interesse dos dragões dessa montanha tê-los como inimigos.. nosso inimigo é o Culto do Dragão e seus servos necromânticos.
- Eles também são nossos inimigos.. - concordou Daphne. - Somos os Guardiões da Natureza, protetores da Grande Floresta e do equilíbrio.
- Creio que possamos selar um pacto de auxílio mútuo contra o Culto e de não agressão. Nosso interesse é apenas voltar para o mundo após a loucura.
- E que garantia nós temos? - Quis saber Sirius com sua lábia.
- Talvez eu posso dar outro tipo de garantias a um belo humano como você.. - disse o dragão demonstrando especial atenção pelo escolhido de Selune, que esquivou-se para trás do guardião.
- Nos parece um bom acordo.. - Daphne disse se interpondo.
- O pacto está selado desde que partam agora desses picos e deixem em paz seus habitantes assim como farão todos daqui - assegurou-lhes Flamarion antes de vê-los partir.
Após recuperarem seu itens mágicos, conjurarem as magias necessárias, Falkiner e Ryolith despediram-se dos seguidores da mensagem de Tyr deixando-os preparados para eventuais ameaças, mas motivados para o amanhã. Todos pareciam fascinados pela figura do santo paladino de Tyr. Ainda que John Falkiner já tivesse sacrificado parte de sua constituição para abastecer as magias, uma benção de resistência de urso permitiu que prosseguisse para conjurar um teleporte. Porém, nada aconteceu. Bastou um instante para perceber que haviam proteções mágicas no palácio de Fzoul Chembril, onde estava Palas Atenas. Com um novo sacrifício e concentração, o escolhido de Bibiana carregou todos para o norte de Cormanthor, sul do Mar da Lua, região que havia percorrido com Ryolith Fox, quando da ameaça de Aldebaran Atenas.
A planície que conduziria-os até o Forte de Zhentil estava livre, embora pudessem avistar sítios e fazendas tanto a leste quanto a oeste. Para norte, viam uma estrada com pouco movimento de carroças, mas onde perceberam um grupo avançando. Com a aproximação perceberam se tratar de onze indivíduos. Dez deles estavam com armaduras negras pesadas, sendo que cinco tinham maças com espinhos e símbolos sagrados de Bane. Os outros cinco traziam espadas e o restante parecia ser mago, para delírio de Avenger.
- Eu sou Ryolith Fox, servo de Tyr e filho de Cormyr. O senhor da justiça designou que eu viesse..
- É ele mesmo...
- Como no sonho...
- Pensei que ele fosse mais jovem...
- Um bardo me disse que ele era casado com Palas Atenas...
- Com licença, santo paladino - disse uma jovem mulher chegando e afastando os demais adolescentes. - Eu sou Sherazade e tenho liderado essa resistência. Estamos cercados por drows, zhentarianos e sembianos. Os drows tomam conta da floresta, os zhentarianos dominam o norte e os vales e Sembia tem o oeste de Cormyr e o vale das batalhas, embora Estagund esteja sob domínio dos servo de Fzoul Chembril. Temos reunidos todos que podemos e desejam lutar pela justiça e pela liberdade. Todos estamos seguindo os desejos de Tyr de reconstruir Cormyr.
- Parece que temos camponeses, escudeiros, lenhadores e carroceiros - resmungou Úrsula olhando em volta. - Isso não é um exército para salvar um reino ou Palas Atenas.
- Devemos seguir até sua esposa, Ryolith? Preciso de alguns minutos para localizá-la. - Quis saber Falkiner já pensando na nova benção que possuía e diria a localização exata da serva de Tyr.
- Antes eu devo prepará-los... - disse o paladino, enquanto a jovem Sherazade enlaçava o braço dele.
- Como você é alto... e tem essa beleza madura... - a jovem disse deixando o encantamento suplantar a diplomacia.
Falkiner começou a tecer a invocação, já sentindo o preço em vigor para acessar o tecido mágico.
Após voarem por oito horas, Daphne da Grande Floresta, Ehtur Telcontar, Sirius Black e Jacke Linne sabiam que ainda estavam a algumas horas da porção sudeste da Grande Floresta. Logo que deixaram o perímetro de Evereska, seus itens mágicos deixaram de funcionar. Pelo caminho, nenhum perigo e nada além de um par de ursorujas praticando os rituais do acasalamento. Porém, quando a metamorfa em forma de hipogrifo aumentava a altitude para passar pela Montanha dos Picos Cinzentos, o servo de Miellikki percebeu cerca de quatro dragões na entrada das cavernas do topo de alguns picos. Eram brancos e havia um enorme.
Sem demora, Ehtur preparou Gungnir, a certeira, e Sirius Black tomou Negativa, ambos lançando-se sobre o maior dos dragões brancos. A criatura, que parecia confusa e perdida, pouco pode fazer e tombou antes mesmo que Daphne e Jacke auxiliassem os aliados. Resolveram inspecionar o interior da caverna, quando alguém dirigiu-se à druida da Grande Floresta, que guardava a entrada, enquanto os colegas já chegavam ao tesouro do finado dragão.
- Vocês são os justiceiros carniceiros que vem ceifar a vida dos recém despertos? - Disse o sujeito ruivo e de olhos castanhos avermelhados em dracônico.
- Nós evitamos que o seu desequilíbrio perturbe a Grande Floresta - falou a diplomacia de Daphne.
- Quer dizer que vocês caçam aqueles que apenas cuidam de seus refúgios? Aqueles que buscaram salvar-se da estrela vermelha sem ceder ao Culto do Dragão. Onde está a estrela vermelha que enlouquece os dragões?
- Ela partiu há algumas semanas.
- Algo nos despertou de nosso sono protetor.
- E quem é você verdadeiramente? - Disse Ehtur retornando com Sirius, já certo de se tratar de um dragão que mudara de forma.
- Eu sou Drachenflagrion, mas vocês podem chamar-me de Flamarion com suas línguas símias. Não é interesse dos dragões dessa montanha tê-los como inimigos.. nosso inimigo é o Culto do Dragão e seus servos necromânticos.
- Eles também são nossos inimigos.. - concordou Daphne. - Somos os Guardiões da Natureza, protetores da Grande Floresta e do equilíbrio.
- Creio que possamos selar um pacto de auxílio mútuo contra o Culto e de não agressão. Nosso interesse é apenas voltar para o mundo após a loucura.
- E que garantia nós temos? - Quis saber Sirius com sua lábia.
- Talvez eu posso dar outro tipo de garantias a um belo humano como você.. - disse o dragão demonstrando especial atenção pelo escolhido de Selune, que esquivou-se para trás do guardião.
- Nos parece um bom acordo.. - Daphne disse se interpondo.
- O pacto está selado desde que partam agora desses picos e deixem em paz seus habitantes assim como farão todos daqui - assegurou-lhes Flamarion antes de vê-los partir.
Após recuperarem seu itens mágicos, conjurarem as magias necessárias, Falkiner e Ryolith despediram-se dos seguidores da mensagem de Tyr deixando-os preparados para eventuais ameaças, mas motivados para o amanhã. Todos pareciam fascinados pela figura do santo paladino de Tyr. Ainda que John Falkiner já tivesse sacrificado parte de sua constituição para abastecer as magias, uma benção de resistência de urso permitiu que prosseguisse para conjurar um teleporte. Porém, nada aconteceu. Bastou um instante para perceber que haviam proteções mágicas no palácio de Fzoul Chembril, onde estava Palas Atenas. Com um novo sacrifício e concentração, o escolhido de Bibiana carregou todos para o norte de Cormanthor, sul do Mar da Lua, região que havia percorrido com Ryolith Fox, quando da ameaça de Aldebaran Atenas.
A planície que conduziria-os até o Forte de Zhentil estava livre, embora pudessem avistar sítios e fazendas tanto a leste quanto a oeste. Para norte, viam uma estrada com pouco movimento de carroças, mas onde perceberam um grupo avançando. Com a aproximação perceberam se tratar de onze indivíduos. Dez deles estavam com armaduras negras pesadas, sendo que cinco tinham maças com espinhos e símbolos sagrados de Bane. Os outros cinco traziam espadas e o restante parecia ser mago, para delírio de Avenger.
nao seria:
ResponderExcluirEu vi umA clérigA.. umA clérigA de Gilgeam.. um deus morto do sul.. de Mulhorand. ElA roubou uma cabeça de uma pirâmide... a cabeça de uma múmia...
::nao sei se foi:::
ResponderExcluire Daphne perguntou pra Sirius: "vc vai ficar com as gemas do lich??" "nao" disse ele... mas né, q o sirius se pronuncie oficialmente pra ficar aqui no registro oficial....
O registro da Daphne é correto. Não quero nem pegar nesse treco!
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